sexta-feira, 26 de maio de 2023

CRÔNICA - Luz (TL)

 LUZ
Totonho Laprovitera*

 

“A luz é especialmente apreciada após a escuridão.” (Textos Judaicos)

 

 

Na vida, o tempo nos mostra diversas vezes o que não alcançamos em determinados momentos. Curiosamente, ao inteirar meus 60 anos, de uma hora para outra, deu-se um estalo na minha cabeça, em reflexões a respeito da leitura da história de minha existência.

 

Quando há pouco o número do meu telefone era um milhar, lembro da vovó Marianna – muito apegada a mim – diversas vezes, tomando-me o rosto inquieto e, para ler as minhas feições com o quase nada de sua vista e as mãos trêmulas e curtidas de tantas fornadas de saborosos manjares que preparava. Eu, inquieto adolescente, ficava impaciente com aquela vontade dela. Na pressa do nada, eu não alcançava a importância da percepção da minha avó em busca de olhar meu rosto.

 

De uns tempos para cá, dos olhos venho sofrendo mal impiedoso, silencioso e traiçoeiro. Então, valho-me dos saberes dos doutores e da fé em Santa Luzia – incluindo as orações da querida amiga e colega arquiteta Thelma. Daí, eu passei a entender mais do que nunca o valor de ver e enxergar o que nos é mais precioso.

 

Aí, quando dou fé, leio Clarice mostrar-se: “Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros”. Bonito e verdadeiro, né?

 

Como é bom ver! Eu procuro ver tudo e de todos os jeitos. Até no escuro. Sim, já experimentei desenhar no escuro e não me acanho em dizer: foi uma experiência artística das mais intensas. A escuridão nos remete a múltiplos universos. Será por isso que quando se beija, a gente fecha os olhos?


https://youtu.be/KKZXnVZaTjI


Bem, quando menino velho, para mim, “Fiat Lux” era apenas uma marca de fósforos de segurança, bastante famosa e de inesquecíveis propagandas, que passavam na televisão e no cinema – quem não se lembra da marcha dos fósforos, em desenho animado? Mas, graças a Deus, não custou muito para eu aprender que se tratava de uma expressão bíblica, em latim, contida no texto do Génesis, em que Deus pronunciou “faça-se a luz”, e a luz se fez.

 

Pois é, alencarinos e nova-iorquinos, seja noite, seja night, ser de luz, ser de light, ser em toda parte, mas no mundo o bom mesmo é viver com arte! No mais, que venha ao caso, por acaso, à espera do ocaso, até chegar à noite para o dia começar, prestemos bem atenção, em céu de lua clara é difícil chover, e jamais esqueçamos que o bom da vida é o dom da vida.




quarta-feira, 24 de maio de 2023

CRÔNICA - Seis Ponto Oito (RV)

 SEIS PONTO OITO
Reginaldo Vasconcelos*

 

“Seis ponto oito” – dizem os sexa-oitagenários, ao chegarem eles ao ponto da colina em que já vislumbram o número dramático dos setent’anos. Querem suavizar o cardinal que lhes indica a idade, fugindo da realidade com um eufemismo que remete à potência de um motor de automóvel, ou ao calibre de uma arma de fogo, demonstrando o pavor dos “peterpanianos”, que prefeririam a eterna juventude. 

Chega-se de repente a essa marca – sessenta e oito anos – que representa a aproximação do status dos macróbios, remetendo-nos ao trono avoengo. Tornamo-nos antigos. Os mais sábios consideram isso uma vantagem gloriosa sobre os jovens, que ainda conservam a graça das flores, mas também os taninos dos pomos imaturos e a perspectiva terrível de eventualmente não chegarem a envelhecer. 


A SENDA 

 

Um dia desses olhamo-nos de repente eu e uma pessoa do público que, sem dúvida nenhuma, nos reconhecemos. Não nos cumprimentamos porque, certamente, como eu, ele não recordou de onde nós nos conhecíamos. 

Teria sido de um dos três colégios do passado, das operações do Exército, da faculdade de Direito? Difícil, porque não tinha ele o ar superior de um juiz, nem o jeito teimoso que os advogados adquirem. Pode ter sido das artes marciais, o judô, a capoeira? Talvez do Palácio do Governo, dos meus tempos de assessor. Ou da campanha política desse tempo. Sei lá! 

Poderia ter sido também do meu tempo de bancário, ou da Sociedade de Criadores de Pastores Alemães, de que fui diretor... Ou não. Quem sabe (?), da passagem pela Federação do Carnaval, para qual advoguei. Será que nos conhecíamos da militância na imprensa, nas redações de jornais, nos estúdios de TV? Não sei. 

O que sei é que a idade me preenche de vivências, de lembranças, de pessoas que se foram e se vão, na longa senda de passagem na existência, bracejando em mar de sargaços, entre abrolhos, almejando alcançar porto seguro ou praia mansa onde pudesse repousar. São muitas primaveras. Muitos arrebóis. Muitos carnavais.


 A CIDADE E A CASA 

Cresci e vou morrer na mesma cidade em que nasci, o que me parece um privilégio. Pisei outras paragens, outras ainda pisarei, mas nada encontrei e encontrarei que não fosse ou seja humano, ou geológico, ou bestial. Outras raças, outros hábitos, outras línguas, outros climas, outras faunas e floras, mas, enfim, principalmente gente de carne e osso em todo canto, lutando para alimentar o corpo todo dia e sofrendo para entender a alma e contentar o ser anímico. 

E vou morrer na casa alma mater da família em que despontei para a consciência social e para a capacidade civil, em seguida para a responsabilidade penal, e finalmente para a epifania filosófica – e na qual dou sequência aos esforços parentais para a perpetuidade consanguínea. A cada canto da casa, em cada cômodo, em cada parede, em cada piso, através de cada porta o passado sobrevive, edulcorando o presente com sabor de eternidade. 

As ruas, as esquinas, as casas, as praças, os muitos quarteirões, cada ponto da cidade guarda uma lembrança preciosa e rememora alguma crônica da minha vida, desde as jornadas infantis pela mão paterna, passando pelas aventuras juvenis, até os roteiros obrigacionais da profissão. 

Ali um prédio público ou uma igreja em que foi celebrada alguma efeméride memorável; aqui a calçada em que foi beijada a vez primeira uma namorada; acolá o local em que um grupo de rapazes desafiou outra turma para briga, terminando tudo em pacto másculo entre os líderes, com chuva de cerveja festejando a nova paz – isso vivido pessoalmente por mim, ou contado por meu pai, de vinte anos antes, tempo que separava a nossa idade. 

 

OS LIVROS 


Enquanto estou gestando a crônica, encontro de repente e por acaso o poeta Luciano Maia em mesa de bar, que me chama e me mimoseia com exclusivo exemplar numerado e assinado da sua mais nova obra literária, de catita feição gráfica, em tiragem intencionalmente reduzida, livro em que ele documenta, em sonetos e imagens coloridas, suas pisadas pela Grécia, as pegadas que deixou fisicamente entre as letras clássicas que registram a história ensinada pelo mundo antigo ao nosso mundo.

Recebo "Mar Egeu", degusto, e me lembro do primeiro livro que ganhei e que li gostosamente, exatamente sobre o andejo Marco Polo, que saiu do Mediterrâneo para desvendar o Oriente, obra cujo tio que me a deu, Osíris, se tornaria ele mesmo um vira-mundo, a vida toda rodando as lonjuras do Estrangeiro e trazendo para a província a notícia fabulosa das mesmas plagas longínquas que o viajor veneziano desbravou em priscas eras – tudo antes da tecnologia encolher o globo e aproximar a superfície dos hemisférios do planeta.

            

NOTAS ACADÊMICAS - Eventos

 EVENTOS


PRÉVIA NO BS DESIGN

O empresário Beto Studart recebeu membros da ACLJ no Espaço Walter Nogueira do BS Design, no dia 29 de abril, para uma prévia da Assembleia Aniversária da ACLJ do dia 04 de maio, especialmente para o grupo que partiria para a Grécia no dia 30, liderado pela Baronesa Ana d’Dáurea Chaves. 



Durante o encontro, o Prof. Dr. Rui Martinho Rodrigues deu uma palestra sobre a história do país destino da excursão, e o linguista Russo Dmitry Sidorenko fez o lançamento do seu livro “De Khabarovsk a Fortaleza”, com apresentação do Prof. Dr. Pedro Araújo, todos eles membros da ACLJ. 




Os demais acadêmicos presentes eram Reginaldo Vasconcelos, Stênio Pimentel, Totonho Laprovitera, Sávio Queiroz Costa, César Barreto, Arnaldo Santos e Adriano Jorge. 

Ao final da recepção foi projetada no telão a retrospectiva foto-cinegráfica dos 12 anos da ACLJ.

 

PALESTRA NA MARINHA

Dmitry Sidorenko, que veio de São Petersburgo, na Rússia, para o lançamento de seu livro de memórias, “De Khabarovsk a Fortaleza”, foi convidado pelo Capitão de Fragata Daniel Rocha, Comandante da Escola de Aprendizes-Marinheiros, para proferir uma palestra naquela unidade da Marinha, falando sobre sua trajetória da Rússia ao Ceará, desde que se formou em letras na Universidade de Leningrado, com foco na língua portuguesa.






CÉSAR BARRETO EM RECIFE 

O Acadêmico titular da ACLJ César Barreto participou da “XXV Semana de Estudos Linguísticos e Literários – Homenagem a Marcus Accioly”, realizada na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), nos dias 16, 17 e 18 deste mês de maio.


O poeta Marcus Accioly foi professor da Universidade Federal de Pernambuco, membro da Academia Pernambucana de Letras, Presidente do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco por vários mandatos, Secretário Executivo do Ministério da Cultura com os Ministros Antônio Houaiss e Sérgio Rouanet. 


César Barreto, no dia 16, proferiu a conferência de abertura, com o tema “A MÚSICA NO CORAÇÃO DA POESIA”. E, ao final da noite, cantou algumas canções da sua parceria com o poeta (falecido em 2017). Foi uma noite bem interessante. E a ACLJ esteve lá.

Publicou 14 livros (mais dois póstumos) e deixou 30 inéditos. No próximo dia 25 serão relançados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) quatro dos seus livros: "Sísifo", "Ixion", "Narciso" e "Érato". 

Com César Barreto, ele produziu o álbum musical (ainda LP) "Nordestinados – A Poesia de Marcus Accioly com Música de César Barreto", lançado em 1980, pela gravadora Continental/SP. 

Postumamente, na mesma parceria, editou mais dois álbuns musicais, lançados em Pernambuco: "Itamaracanto" (com apoio de Editora Bagaço) e 13 "Poemas/Canções de Histórias+Estórias=HESTÓRIAS" (em edição particular).


Na foto estão, além de César Barreto, o Professor Nestor Accioly, irmão de Marcus, o contrabaixista Zé Carlos e o baterista Carlos Xavier (Nenen), ambos do grupo musical recifense SOM DA TERRA. De blusa preta, o músico, produtor musical e editor Arnaud Mattoso.

terça-feira, 16 de maio de 2023

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (15.05.2023) - SESSÃO DA SAUDADE DE WILSON IBIAPINA

  REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
 (15.05.2023)

SESSÃO DA SAUDADE
WILSON IBIAPINA
  



PARTICIPANTES

Compareceram sete acadêmicos à conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de 40 minutos, e que teve o fito de Sessão da Saudade do confrade Wilson Ibiapina, falecido em 08 de maio, há exatamente sete dias. 

Estiveram presentes o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Médico e Latinista Pedro Bezerra de Araújo, o Professor, o Especialista em Câmbio e Comércio Exterior Stenio Pimentel (Rio de Janeiro-RJ),  o Agrônomo e Poeta Paulo Ximenes, a Advogada e Literata Manoela Bacelar, o Professor, Físico e Genealogista Wagner Coelho, e o Marchand e Publicitário Sávio Queiroz Costa, que foi retardatário  todos Membros Titulares da ACLJ.

Presença especial da confreira  Manoela Queiroz Bacelar, que estreou na sequência de reuniões virtuais da ACLJ, ela que ingressou na confraria por propositura do Ibiapina, tendo sido eleita e tomado posse em dezembro passado, na Cadeira de nº 29, patroneada por Rachel de Queiroz.      

Justificaram ausência o Advogado, Professor, Apresentador de Rádio e TV, Compositor Musical,  Músico e Cantor César Barreto, em viagem a Recife para participar de evento cultural, o Jornalista Arnaldo Santos, participando de reunião profissional,  o Advogado Betoven Oliveira, por conveniência de saúde, e o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos, acompanhando a companheira em internação hospitalar – e portanto estiveram espiritualmente presentes à homenagem póstuma ao confrade.



TEMAS ABORDADOS

Na reunião virtual da ACLJ desta segunda-feira, após os assuntos vicinais relativos aos fatos recentes da vida de cada qual, sua experiência e o seu extrato filosófico, tratou-se principalmente da memória do querido confrade Wilson Ibiapina, falecido em Brasília, aos 80 anos, por falência de múltiplos órgãos, antes que se tivéssemos  notícia antecipada de seu estado de saúde, a não ser por rápida referência do seu colega e amigo Fernando César Mesquita, durante a Assembleia Aniversária da ACLJ, no último dia 04. 

Foi lido por Reginaldo Vasconcelos um trecho do livro "Histórias de Gente da Gente", obra de autoria do Wilson Ibiapina, em que ele presta homenagem à ACLJ, tratando da Embaixada da Cachaça e da Tenda Árabe, locais em que esteve reunido com amigos, inclusive com o compositor Ednardo, por ocasião de sua última estada em Fortaleza, em novembro de 2022. 




Abaixo, o mosaico de imagens dos componentes da reunião virtual anterior, realizada em 27 de fevereiro desde ano, da qual Wilson Ibiapina participou. Claro, todos alegres, ninguém poderia atinar que seria o nosso último encontro com ele nesse ciclo da matéria.  

DEDICATÓRIA

A reunião desta segunda-feira, dia 15 de maio de 2023, por aclamação do grupo virtualmente reunido, foi dedicada ao grande jornalista cearense José Wilson Ferreira Ibiapina. 

Proposto por Fernando César Mesquita, ele foi eleito e tomou posse em 03 de maio 2013, na Cadeira de nº 39 da ACLJ, fundada pelo Professor José Alves Fernandes, tendo como Patrono o publicitário Tarcísio Tavares. 

Ibiapina foi um  dos mais importantes membros da entidade, sempre presente às suas publicações, às suas redes sociais, e às suas reuniões virtuais, e, embora morando em Brasília, sempre que possível comparecia aos seus eventos.

Cronista magnífico, sempre bem humorado, a história de sua vida foi marcada por episódios jocosos e "cronicáveis". Por exemplo, Dona Margarida, consorte do confrade Vicente Alencar, conta que foi sua colega de colégio na infância. 

Diz ela de quando o professor perguntou na sala de aula o nome, a naturalidade e o endereço de cada um dos alunos, e um menino se disse Wilson Ibiapina, natural da cidade de Ibiapina, e residente na Rua Padre Ibiapina, o que provocou a risada dos colegas.

Os que fazemos a Academia Cearense de Literatura e Jornalismo homenageamos a memória do querido e inesquecível confrade Ibiapina, que entra para a imortalidade acadêmica de forma inesperada, deixando a linda família que construiu com a esposa, a goiana Edilma Neiva, também jornalista e escritora,  além de uma bela história de vida e um grande elenco de amigos.  


A Agência Brasil fez o seguinte resumo biográfico de Wilson Ibiapina, ao lhe fazer o necrológio.

O jornalista José Wilson Ferreira Ibiapina morreu nesta terça-feira dia 09 de maio, aos 80 anos, em Brasília. De acordo com amigos e familiares, Ibiapina estava internado havia cerca de 20 dias em um hospital privado, na capital federal, e morreu após "falência múltipla de órgãos". Ibiapina deixa a esposa Edilma Neiva, também jornalista, um casal de filhos e uma neta. 

O velório do jornalista foi na quinta-feira, dia 11, de 9h às 13h, na Casa do Ceará, em Brasília. 

Nascido em 1943, em Ibiapina, município a 300 km de Fortaleza, o jornalista começou a trabalhar aos 14 anos como repórter amador em um jornal da capital cearense e passou por diversos veículos de comunicação, desde então. 

Conforme depoimento dado ao projeto Memória Globo, do grupo Globo de mídia e comunicação, Ibiapina trabalhou na primeira TV do Ceará, aos 19 anos. Foi repórter também dos Diários Associados. Em 1968, foi trabalhar no Rio de Janeiro, no jornal Correio da Manhã e na Rádio Tupi. Em 1970, mudou-se para Brasília. O cearense foi o primeiro repórter da sucursal da TV Globo, em Brasília, em tempos de transmissão de notícias ainda por filme à sede da empresa, no Rio de Janeiro. 

Como repórter na emissora de TV, nos chamados “anos de chumbo”, Ibiapina fez diversas coberturas jornalísticas e apontou como mais históricas o sepultamento do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, em 1976; as primeiras eleições diretas para governador, em 1982, depois do Golpe Militar de 1964; e a morte do presidente eleito e não empossado, Tancredo Neves, em 1985. Na TV Globo, Ibiapina ainda foi editor dos telejornais Bom Dia Brasil e Jornal da Globo. 

No Memória Globo, ele descreveu o ofício do jornalista que trabalha na capital federal: “Se você for trabalhar em Brasília, nunca mais quer trabalhar em outro lugar. Porque lá você vê a notícia surgir, a origem da informação, a origem de tudo. As outras praças vivem de repercussão. Então, você fica viciado em ver as coisas surgirem no meio dos fatos, a origem das coisas. É muito interessante profissionalmente. É muito interessante você viver na origem da matéria, da notícia”. 

Em 1985, no início do governo do ex-presidente José Sarney, Ibiapina deixou a TV Globo para ser assessor do telejornalismo da antiga Radiobrás, empresa pública que comandou os veículos de comunicação do governo federal, até 2007, quando foi sucedida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

Ao todo, Wilson Ibiapina – apelidado de Bibi, por muitos colegas de redação – teve três passagens registradas na Radiobrás e na EBC: maio de 1985 a março de 1990; agosto de 1993 a novembro de 1994 e novembro de 1994 a março de 2018. 

Nesses períodos, Ibiapina desempenhou as funções de repórter, chefe de reportagem, editor de texto na TV Nacional e na TV Brasil, além de assessor especial da presidência da empresa. 

Em março de 2018, o empregado aderiu ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) e deixou a EBC. 


   

quarta-feira, 10 de maio de 2023

sábado, 6 de maio de 2023

NOTA ACADÊMICA - Duodécimo Aniversário da ACLJ

 ACLJ
COMEMORA
O SEU
DUODÉCIMO ANIVERSÁRIO


A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ) atinge a marca dos 12 anos de sua fundação, neste dia 04 de maio, comemorada em Assembleia Aniversária memorável, que teve lugar no Palácio da Luz, na Praça dos Leões.

A solenidade foi precedida da exibição de uma retrospectiva videográfica projetada em um telão, com duração de 25 minutos, apresentando fotografias e trailers cinegráficos sobre os momentos mais marcantes da entidade. 


ACIONE O LINK PARA ASSISTIR AO VÍDEO


A peça memorialística da ACLJ, realizada pela CL Produções, traz imagens colhidas desde a sua solenidade de instalação, ainda no auditório da Associação Cearense de Imprensa (ACI), em 2011. 

A sequência de imagens se conclui com a homenagem que a ACLJ prestou, juntamente com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), às seis personalidades femininas mais destacadas no ano de 2022, em festa muito concorrida no Ideal Clube, na noite do dia 20 de julho daquele ano. 


Após a exibição desse vídeo-clip, sob a condução do acadêmico César Barreto a Mesa de Honra foi formada, composta pelo Presidente Reginaldo Vasconcelos, o Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues, o acadêmico titular fundador Fernando César Mesquita, o Capitão de Fragata Daniel Rocha (Comandante da Escola de Aprendizes-Marinheiros), o Capitão de Corveta Vinícius César, o Padre Manoel Lemos Amorim, e o linguista Dmitry Sidorenko, Membro Correspondente da ACLJ em São Petersburgo, na Rússia. 

Seguiu-se o toque do trompete triunfal pelo Arauto Oficial Jean Navarro, depois a execução do Hino Nacional e do Hino da ACLJ pela Banda de Música da 10ª Região Militar.

 

Cumpriu-se a pauta social da confraria com a posse do jornalista e escritor João Bosco Serra e Gurgel, proposto por Fernando César Mesquita para a Cadeira nº 23, patroneada por Dorian Sampaio – cujo retrato pictórico foi descerrado pelo empossando e o acadêmico Dorian Filho.

 

Em seguida houve a investidura na Cadeira nº 31 do jornalista, médico, professor e escritor José Maria Chaves, proposto pelo radialista Vicente Alencar. Cada um dos proponentes e dos empossandos fez sua respectiva fala, de saudação e de agradecimento, conforme o caso.

 

O penúltimo item da pauta do cerimonial foi o anúncio da criação de um departamento administrativo da ACLJ, denominado “Arcádia Alencarina”, que se reunirá de forma privada mensalmente para traçar as diretrizes da entidade, tendo sido instituído como distintivo dos componente um fardão, à imagem e semelhança daquele adotado pela Academia Brasileira de Letras.

 


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Por fim, após a foto oficial e o tradicional brinde com vinho do Porto, fez-se o lançamento do livro de memórias “De Khabarovsk a Fortaleza”, do linguista russo Dmitry Sidorenko, que após a solenidade autografou a obra aos convidados, durante o coquetel, ao som da Banda de Música da Marinha. A apresentação da obra foi feita pelo acadêmico Pedro Bezerra de Araújo.

A homenagem militar ao escritor aconteceu por ter sido ele agraciado com uma medalha da Marinha Brasileira, em São Petersburgo, na Rússia, pela sua atuação de interprete entre os oficiais das Armadas dos dois países, em operação conjunta realizada em 2021.








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DISCURSO DE REGINALDO VASCONCELOS
12ª ASSEMBLEIA ANIVERSÁRIA
DA ACLJ


Continuando no tema memorialístico dos doze anos desta Academia, relembrarei trechos de três discursos que proferi neste período, começando pela minha primeira fala na ACLJ, lá em 2011, em que eu instei os confrades a refletirem sobre qual seria o porquê de se pertencer a uma confraria como a nossa (fragmento). 

ACIONE O LINK PARA ACESSAR A ÍNTEGRA DO DISCURSO

https://drive.google.com/file/d/11qjgzBNhADmTguLGfzou_GgQs3wf-_Ya/view?usp=sharing