segunda-feira, 20 de junho de 2016

COLUNA VICENTE ALENCAR - Edição nº 988


COLUNA DO
VICENTE ALENCAR*

SEGUNDA-FEIRA
20 DE JUNHO DE 2016


REUNIÃO DA GEOGRAFIA E HISTÓRIA
 
Será nesta segunda-feira, dia 20, às 16 horas, na Casa de Juvenal Galeno – Rua General Sampaio, 1128, no centro, com estacionamento nas proximidades, as reunião deste mês de junho da Sociedade Cearense de Geografia e História, adiada do último dia 16 em face da programação do Encontro de Cultura Interestadual que congregou vários nomes da entidade. Roga-se aos membros da SCGH informarem aos demais amigos sobre o nosso evento mensal.

BRILHANTE

Foi das mais brilhantes a realização da primeira edição do Encontro de Integração Cultural Interestadual, inicialmente denominado Projeto e idealizado pela escritora Socorro Cavalcante, com apoio da Academia Cearense de Letras e muitas outras entidades alencarinas, Academia de Letras de Mossoró e Academia Feminina de Letras da mesma Cidade, União Brasileira de Escritores-UBE do Rio de Janeiro e Grupo Mídia e Jornal Sem Fronteiras, do Rio de Janeiro. 

Os trabalhos foram desenvolvidos na sede da Academia Cearense de Letras, em Fortaleza e na sede da Fundação Heróis da Resistência, em Mossoró, contando com a participação de nomes dos mais destacados das entidades citadas e de outros Estados como Paraíba, Paraná, Sergipe e São Paulo.

SARAU DAS PALAVRAS

Neste dia 23 de junho, véspera de São João, a realização de mais um Sarau das Palavras, promoção da AAFEC  Associação dos Aposentados da Fazenda do Estado do Ceará. Será como sempre na Rua 25 de março, 537, olhando para o Colégio Justiniano de Serpa a partir das 16h30min. O trovador Pereira de Albuquerque, da UBT Fortaleza.

"O amor não causa sofrimento. O que o provoca é o senso de propriedade, o oposto do amor" (Antoine de Saint-Exupéry).

OCÉLIO PEREIRA

O radialista Océlio Pereira comanda das oito às nove horas da manhã o Programa que tem seu nome na Rádio Metro AM 930. Enfoca basicamente o Fortaleza Esporte Clube e o futebol cearense. Esta manhã mais uma edição, contando com as presenças de Alex Oliveira, Carlão Genibau e Hilton Oliveira Junior.

ÀS 22 HORAS

Hoje, segunda-feira, dia 20, às 22 horas o Programa Vicente Alencar Educação, Cultura e Esporte pela Rádio Assunção Cearense AM 620 e pela internet: radiossuncaocearense.com O programa conta com música popular brasileira, poesias, trovas, um comentário esportivo, notícias culturais e uma crônica ao seu final.

PREOCUPAÇÃO
É das mais preocupantes a situação de centenas de servidores aposentados da Universidade Federal do Ceará, congregando professores, técnicos, funcionários dos mais diversos que recebem gratificações já incorporadas aos seus ordenados há mais de 5, 10, 15 ou 20 anos. 

A preocupação aumentou depois de comunicados oficiais que as pessoas iriam perder grande parte dos seus subsídios, justamente as gratificações – um direito adquirido há muito tempo. Advogados e juristas estão examinando os documentos a pedido dos servidores, que, vindo a perder as gratificações, ficarão em situação miserável.

Na Associação dos Professores do Ensino Superior do estado do Ceará – APESC o clima é de muita preocupação. As pessoas se perguntam, se indagam do que pode acontecer e estão a cata de informações mais precisas.

O que mais se comenta é que esta carga negativa está pairando sobre os Servidores Aposentados. Pessoas com até mais de 80 e 90 anos que perdendo reais em seus vencimentos estarão diretamente prejudicadas na sua saúde em face dos altos custos de seus remédios e tratamentos. 

É raro o ser humano que passa dos 60 anos que não toma diariamente uma bateria de remédios estando e sempre ao lado da classe médica procurando melhorar sua saúde. 

Na UFC atualmente o grande temor é que as pessoas que podem ser prejudicadas possam a vir sofrer enfartos e AVCs e outras mazelas, como já ocorreu no Banco do Nordeste do Brasil recentemente e no Banco do Brasil por ocasião do execrável Plano de demissão Voluntária – PDV.

Solicita-se CALMA a todos os Servidores da UFC que estão ameaçados, pois a triste situação deve e pode ser contornada dentro de algum tempo. As nuvens negras devem ser levadas para longe.

  

sexta-feira, 17 de junho de 2016

NOTA FÚNEBRE - Falece Dona Yolanda Queiroz

FALECE
DONA YOLANDA QUEIROZ


Faleceu às 14 horas de hoje em Fortaleza, aos 87 anos, de falência múltipla de órgãos, Dona Yolanda Vidal Queiroz, Presidente do Grupo Edson Queiroz, a quem concedêramos o título de “Primeira Dama do Empresariado Cearense”.


Dona Yolanda, o 6º Membro Benemérito da ACLJ, era mãe do Chanceler Airton Queiroz e avó do Dr. Igor Queiroz Barroso, ambos pertencentes à nossa Arcádia, na mesma casta benemérita. 

A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo se declara de luto por três dias, e suspenderá por esse prazo todas as suas atividades administrativas e sociais, inclusive postagens de artigos neste Blog, exceto na hipótese de Nota Jornalística.




COMENTÁRIOS:

1. Muito lamentável a passagem de Dona Yolanda Queiroz. Meus sentimentos à família neste momento de dor e saudades.

Fernando Dantas


2. Dona Yolanda Queiroz, um marco que ficará para sempre!

Altino Farias


3. Belíssima mensagem enviada ao nosso Membro Benemérito Igor Barroso, pela partida da figura ímpar de D. Yolanda Queiroz. Peço permissão para fazer minhas as suas palavras.

Geraldo Gadelha



4. Lamentável perda!!
Que Deus a tenha no lugar divino junto ao Eterno.


Dennis Vasconcelos


5. Envio daqui o meu pesar pelo falecimento da Dona Yolanda Queiroz, a Primeira Dama do Empresariado Cearense.

Paulo Ximenes



6. Que Deus a receba e conforte a sua família!


Cândido Albuquerque

   

ARTIGO - "Presentologia" (RV)


“PRESENTOLOGIA”
Reginaldo Vasconcelos*


O excelente texto publicado abaixo em cercadura, foi encontrado sem registro da autoria na Internet e enviado à editoria do Blog pelo confrade Rui Martinho Rodrigues. A matéria não chega sequer a apresentar um exercício de “futurologia”, mas antes uma reflexão sobre a atualidade, porque apenas provoca uma reflexão sobre o presente, cotejado com um passado recentíssimo.

Eu fui repórter fotográfico, dei aulas de fotografia, tive estúdio fotográfico e as mais sofisticados câmaras analógicas, todas elas de repente relegadas a peças de museu.

Fiz curso de datilografia na infância, e anos depois, mal dera o salto evolutivo de adquirir uma máquina de escrever elétrica, quando a empresa bancária em que trabalhava convocou os funcionários para lhes financiar, compulsoriamente, um computador pessoal e uma impressora, e o necessário curso relâmpago para o seu uso. E minha moderna máquina elétrica de datilografia, estralando de nova, foi para a prateleira de velharias.

Há apenas poucos anos usei uma das primeiras máquinas fotográficas digitais a que o artigo refere, maravilhado com as suas facilidades, mas ainda incomodado com as suas limitações. 

De repente a eletrônica evoluiu e aposentou toda a tecnologia desenvolvida até então, deste as placas de vidro de Nicéphore Niépce e Louis Daguerre, em meados do Século XIX, falindo empresas e eliminando profissões. Hoje fotografias de qualidade são obtidas por qualquer um, usando simples aparelhos celulares. 

Então, o que o autor refere não se pode comparar aos esforços imaginativos de um Júlio Verne, nem às bem-humoradas rotinas futuristas do desenho amimado Os Jetsons, tampouco às previsões calculadas da ficção científica do cinema, que no primeiro momento desafiavam o impossível. Não. Se olharmos para os últimos anos, vamos perceber que nos próximos tudo que se imaginar será possível.

Difícil é perceber, mesmo diante das evidências, que itens tão longa e intimamente integrados à vida de cada um, afetivamente ligados aos nossos hábitos, estão condenados à morte em pouco tempo. É o caso dos livros de papel, das atividades cartorárias, das audiências judiciais em presença física, do professor diante da lousa, do fogão a gás...

Interessante notar que ao serem superadas, coisas e práticas antigas deixam de ter consumo em massa, para se tornarem arte, luxo ou diletantismo para poucos. É o que a fotografia fez com a pintura, o automóvel fez com os cavalos, o cinema fez com o teatro, e assim por diante.

O couro animal, de que antes todos os sapatos e cintos do mundo eram feitos, hoje superado pelo nylon e por outros sucedâneos sintéticos, tornou-se caro item de requinte em acessórios de uso e no estofamento de bancos de automóveis. O disco de vinil e a fotografia analógica já atingiram esse novo status de objetos cult, que em pouco tempo os livros impressos e as bibliotecas alcançarão.

E não há nenhum aspecto catastrófico, do ponto de vista do mercado de trabalho, nenhuma ameaça ao bem-estar social no futuro, com as facilidades tecnológicas atuais e emergentes, ao contrário do que pensam os trabalhistas atuais. É verdade que cada salto da tecnologia aposenta de repente uma geração de profissionais da área atingida, dentre os que não se puderem adaptar às novas práxis. Mas, no cômputo geral, os demais contemporâneos e as gerações futuras passarão a ter vida mais fácil.

Em tese, a evolução da tecnologia tende ao seguinte resultado: menos horas/homem em face da mesma remuneração. Ou seja, cada vez as pessoas precisarão trabalhar menos, com tarefas mais leves, para obter o mesmo resultado, e portanto ganhar o mesmo dinheiro.

Por exemplo, quando for possível obter alimento de forma totalmente tecnológica, com alta produtividade, em espaço exíguo e com perda mínima, todos vão comer bem, trabalhando pouco (ou pagando menos). É a tendência lógica.

Assim, os grandes privilegiados do futuro serão os detentores de know how, e não mais os donos de grande patrimônio e de capital especulativo. Teremos um capitalismo mitigado, ou uma sociologia aplicada naturalmente, pela via do mérito e da fartura – se não destruirmos o meio ambiente antes disso, e conseguirmos controlar o banditismo desvairado, que cresce pela via da delinquência ou da intolerância ideológica. 



      


FUTUROLOGIA

Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no  mundo. No curso de poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e eles abriram falência. O que aconteceu com a Kodak vai acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos – e a maioria das pessoas não enxerga isso chegando. Você poderia imaginar em 1998 que 3 anos mais tarde você nunca mais iria registrar fotos em filme de papel?

No entanto, as câmeras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em uns poucos anos. O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, saúde, veículos autônomos e elétricos, com a educação, impressão em 3D,  agricultura e empregos.

Bem-vindo à quarta Revolução Industrial! O software irá destroçar a maioria das atividades tradicionais nos próximos 5-10 anos.

O UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo. A AIRBNB é a maior companhia hoteleira do mundo, embora eles não sejam proprietários.

Inteligência Artificial: Computadores estão se tornando exponencialmente melhores no entendimento do mundo. Neste ano, um computador derrotou  o melhor jogador de GO do mundo, 10 anos antes do previsto.  Nos Estados Unidos, advogados jovens já não conseguem empregos.

 Com o WATSON, da IBM, V. pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos. Por isso, se V. está estudando Direito, PARE imediatamente. Haverá 90% menos advogados no futuro, apenas especialistas permanecerão.

O WATSON já está ajudando enfermeiras a diagnosticar câncer, quatro vezes mais exatamente do que enfermeiras humanas.
  
O FACEBOOK incorpora agora um software de reconhecimento de padrões que pode reconhecer faces melhor que os humanos.  Em 2030, os computadores se tornarão mais inteligentes que os humanos.

 Veículos autônomos: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Ao redor de 2020, a indústria automobilística completa começará a ser demolida.  Você não desejará mais possuir um automóvel.  Nossos filhos jamais necessitarão de uma carteira de habilitação ou serão donos de um carro.
  
 Isso mudará as cidades, pois necessitaremos 90-95 % menos carros para isso.  Poderemos transformar áreas de estacionamento em parques.  Cerca de 1.200.000 pessoas morrem a cada ano em acidentes automobilísticos em todo o mundo. Temos agora um acidente a cada 100.000 km, mas com veículos auto-dirigidos isto cairá para um acidente a cada 10.000.000 de km. Isso salvará mais de 1.000.000 de vidas a cada ano.

A maioria das empresas de carros poderão falir. Companhias tradicionais de carros adotam a tática evolucionária e constroem carros melhores, enquanto as companhias tecnológicas (Tesla, Apple, Google) adotarão a tática revolucionária e construirão um computador sobre rodas.  Eu falei com um monte de engenheiros da Volkswagen e da Audi: eles estão completamente aterrorizados com a TESLA.

 Companhias seguradores terão problemas enormes porque, sem acidentes, o seguro se tornará 100 vezes mais barato. O modelo dos negócios de seguros de automóveis deles desaparecerá.

 Os negócios imobiliários mudarão. Pelo fato de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão se mudar para mais longe para viver em uma vizinhança mais bonita.

Carros elétricos se tornarão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão eletricamente. A eletricidade se tornará incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado em uma curva exponencial por 30 anos, mas somente agora V. pode sentir o impacto. No ano passado, foram montadas mais instalações solares que fósseis. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão atividades ao redor de 2025.

Com eletricidade barata teremos água abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo.

Saúde: O preço do Tricorder X será anunciado este ano.  Teremos companhias que irão construir um aparelho médico (chamado Tricorder na série Star Trek) que trabalha com o seu telefone, fazendo o escaneamento da sua retina, testa a sua amostra de sangue e analisa a sua respiração (bafômetro). Ele então analisa 54 bio-marcadores que identificarão praticamente qualquer doença. Vai ser barato, de tal forma que em poucos anos cada pessoa deste planeta terá acesso a medicina de padrão mundial praticamente de graça.

 Impressão 3D: o preço da impressora 3D mais barata caiu de US$ 18.000 para US$ 400 em 10 anos. Neste mesmo intervalo, tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as maiores fábricas de sapatos começaram a imprimir sapatos 3D. Peças de reposição para aviões já são impressas em 3D em aeroportos remotos.

 A Estação Espacial tem agora uma impressora 3D que elimina a necessidade de se ter um monte de peças de reposição como era necessário anteriormente. No final deste ano, os novos smartphones terão capacidade de escanear em 3D. Você poderá então escanear o seu pé e imprimir sapatos perfeitos em sua casa. Na China, já imprimiram em 3D todo um edifício completo de escritórios de 6 andares. Lá por 2027, 10% de tudo que for produzido será impresso em 3D.

Oportunidades de negócios: Se V. pensa em um nicho no qual gostaria de entrar, pergunte a si mesmo:  “SERÁ QUE TEREMOS ISSO NO FUTURO?” e, se a resposta for SIM, como V. poderá fazer isso acontecer mais cedo? Se não funcionar com o seu telefone, ESQUEÇA a idéia. E qualquer idéia projetada para o sucesso no século 20 estará fadada a falhar no século 21.

 Trabalho: 70-80% dos empregos desaparecerão nos próximos 20 anos.  Haverá uma porção de novos empregos, mas não está claro se haverá suficientes empregos novos em tempo tão exíguo.

 Agricultura: haverá um robô agricultor de US$ 100,00 no futuro. Agricultores do 3º mundo poderão tornar-se gerentes das suas terras ao invés de trabalhar nelas todos os dias. A AEROPONIA necessitará de bem menos água. A primeira vitela produzida “in vitro” já está disponível e vai se tornar mais barata que a vitela natural da vaca ao redor de 2018.
  
 Atualmente, cerca de 30% de todos as superfícies agriculturáveis são ocupados por vacas. Imagine se tais espaços deixarem se ser usados desta forma. Há muitas iniciativas atuais de trazer proteína de insetos em breve para o mercado. Eles fornecem mais proteína que a carne. Deverá ser rotulada de FONTE ALTERNATIVA DE PROTEÍNA. (porque muitas pessoas ainda rejeitam idéias de comer insetos).

 Existe um aplicativo chamado “moodies” (estados de humor) que já é capaz de dizer em que estado de humor V. está. Até 2020 haverá aplicativos que podem saber se V. está mentindo pelas suas expressões faciais. Imagine um debate político onde estiverem mostrando quando as pessoas estão dizendo a verdade e quando não estão.

 O BITCOIN (dinheiro virtual) pode se tornar dominante este ano e poderá até mesmo tornar-se moeda-reserva padrão.

Longevidade: atualmente, a expectativa de vida aumenta uns 3 meses por ano.  Há quatro anos, a expectativa de vida costumava ser de 79 anos e agora é de 80 anos. O aumento em si também está aumentando e ao redor de 2036, haverá um aumento de mais de um ano por ano. Assim possamos todos viver vidas longas, longas, possivelmente bem mais que 100 anos.

Educação: os smartphones mais baratos já estão custando US$ 10,00 na África e na Ásia.  Até 2020, 70% de todos os humanos terão um smartphone.  Isso significa que cada um tem o mesmo acesso a educação de classe mundial.  Cada criança poderá usar a academia KHAN para tudo o que uma criança aprende na escola nos países de Primeiro Mundo.

E agora? O que faremos?

quinta-feira, 16 de junho de 2016

NOTA JORNALÍSTICA - Airton Queiroz Promove Exposição de Arte

AIRTON QUEIROZ PROMOVE EXPOSIÇÃO DE ARTE BRASILEIRA

O Chanceler Airton Queiroz inaugurou neste dia 16 de junho a mostra “Arte Brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz”, expondo no Espaço Cultural da Unifor o grande acervo de obras de grandes artistas plásticos brasileiros, reunido por ele ao longo dos anos. Airton Queiroz é Membro Benemérito da ACLJ.




ARTE BRASILEIRA

A Unifor sempre  incentivou as manifestações artísticas locais e nacionais como forma de sedimentar os valores culturais da sociedade cearense.

A mostra “Arte Brasileira na Coleção Fundação Edson Queiroz” é exemplo disso. Para compor a exposição, a Fundação Edson Queiroz construiu um acervo de arte brasileira do século 20 como poucas instituições no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo puderam reunir; talvez nenhuma tão bem quanto a instituição cearense. A exposição está em cartaz no Espaço Cultural Unifor, com curadoria de Paulo Herkenhoff.

Palavras do curador

“Tanto a mostra como o catálogo foram desenvolvidos sob um rigoroso conceito que permite leituras historiográficas e transversais inovadoras da história da arte brasileira, fora da perspectiva habitual dos manuais didáticos. Nesses termos, a Unifor contribui para o debate nacional da arte brasileira. Na verdade, trata-se de uma constelação de pequenas exposições autônomas ou núcleos organizados sob perspectivas menos comuns”, diz Paulo Herkenhoff.

O acervo destaca-se pelas obras de artistas do porte de Eliseu Visconti, Lasar Segall, Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, entre outros tantos nomes que engrandecem as artes visuais. “Com traços de diferentes estilos e técnicas, as obras possibilitam uma viagem pelo tempo e pela história, remetendo a referências artísticas mundialmente conhecidas”, destaca o curador.



Para Paulo Herkenhoff, o acervo vale também pela qualidade intrínseca das obras e o significado articulado entre elas. Para a escolha das obras, o curador privilegiou valores como excelência, singularidade, solidez do discurso, diferenças culturais presentes na formação do acervo. Para tanto, foi produzido um conjunto de leituras capaz de repensar a arte brasileira, ampliar o entendimento das linguagens e entender a dimensão global cultural representado pela coleção Unifor.

Maior coleção de artes visuais

Entre as universidades, o acervo artístico da Unifor só é superado pelo Museu D. João VI da UFRJ e pelo extraordinário Museu de Arte Contemporânea da USP, cujo ponto de partida foi o legado do casal Ciccilo Matarazzo e Yolanda Penteado. São duas universidades públicas, fato que eleva a Unifor à posição de detentora da maior e melhor coleção de artes visuais de uma universidade privada do país. Como é bem sabido, um museu é um monumento erigido à cultura, e sua origem – por que germinou, cresceu e deu frutos – é o reconhecimento devido aos que o incorporam à busca do saber, em favor de seu crescimento pessoal.

“Nessa ótica, o acervo da Fundação Edson Queiroz complementa, consolida e eleva o paradigma da rede de museus no Ceará, ao lado do Museu de Arte da Universidade do Ceará (1961) e do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (1999). Destaca-se na coleção agora apresentada pela Unifor a singularidade de seu porte efetivamente nacional e, por isso mesmo, destinado a despertar interesse no meio cultural latino-americano”.

“A maior positividade da formação de uma coleção é situar a arte no âmbito da esfera pública, democratizando o que a rigor ainda é privilégio de poucos. O acervo da Unifor se constitui e já se prova um notável equipamento educacional, potente alavanca para a formação do público, a inclusão social, a formação do artista e a constituição da cidadania plena”, enfatiza Herkenhoff.
 


Exposição Coleção Airton Queiroz
Abertura: 15 de junho de 2016, às 20h
Visitação: 16 de junho a 18 de dezembro de 2016
Local: Espaço Cultural Airton Queiroz (Av. Washington Soares, 1321)
Mais informações: 3477.3319 

A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sexta, de 9h às 19h; sábados, de 10h às 18h, e domingos, de 12h às 18h


ARTIGO - Liberdade de Imprensa Para a Cidadania? (FD)


Liberdade de Imprensa
para a cidadania?
Fernando Dantas*


Será que temos Liberdade de Imprensa para a cidadania no Brasil? Creio que não. Utopicamente e sem pragmatismo, salvo raríssimas exceções, a legislação brasileira prevê, dentro do Direito Administrativo, os princípios da sigla L.I.M.P.E. – Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, e Eficiência, princípios tais que devem nortear as ações de todos agentes públicos e políticos, sejam os mesmos temporários ou permanentes, e de qualquer dos três poderes.

Utopicamente, também e sem pragmatismo pleno e eficaz, existe o princípio constitucional da liberdade de expressão, que “tenta garantir” seja vedado o anonimato. Mas estes princípios, passados mais de 30 anos da redemocratização” do Brasil, são rasgados e jogados na latrina. E, o que é pior, alguns daqueles que deveriam resguardá-los os desrespeitam por interesses próprios, como alguns integrantes da Magistratura e do Ministério Público.

No que cito acima, me refiro a alguns agentes públicos do Estado do Paraná, que processam jornalistas da empresa jornalística Gazeta do Povo. E, pasmem, por exercerem o livre exercício da liberdade de expressão, previsto constitucionalmente, explicitando uma informação pública sobre os proventos de alguns da classe judicante e do parquet daquele Estado do Paraná.

Juízes e Promotores de Justiça, que entraram com 36 ações individuais até aqui, reclamam terem sido "ridicularizados" pelo jornal, por ter afirmado que eles recebem supersalários. A reportagem, publicada em fevereiro deste ano, compilou dados públicos para mostrar que, somados os benefícios, a remuneração total de magistrados e promotores ultrapassa o teto do funcionalismo público.

As matérias foram feitas com base em dados públicos oficiais, e mostraram que os magistrados do estado receberam, em média, R$ 527 mil naquele ano, enquanto os membros do Ministério Público ganharam média de R$ 507 mil. Mais de um terço dos valores eram correspondentes a auxílios, indenizações e pagamentos retroativos.

Como Jornalista e Advogado, fico indignado com uma situação como esta, em que colegas da imprensa enfrentam mais de 30 ações promovidas por uma elite jurídica que deveria resguardar princípios constitucionais e da administração pública.

Mas Promotores e Juízes, de forma coorporativa, resolveram agir, se valendo de um poder que emana do povo, contra uma categoria que busca apenas cumprir seu mister e que, na maioria das vezes, é desvalorizada pela classe patronal, com baixos salários e falta de estrutura de trabalho. Uma realidade diversa do status de mando e financeiro de membros do Judiciário e do MP..

De parabéns está a FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, por denunciar no Congresso Mundial de Jornalistas, na França, a ação de magistrados que entraram com 37 ações individuais contra o jornal Gazeta do Povo e seus profissionais.

A FENAJ também encaminhará a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, e vai pedir manifestações oficiais do Ministério da Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público Federal (MPF). Merece o nosso respeito também a ANJ – Associação Nacional de Jornais, por conceder aos profissionais da Gazeta do Povo o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2016.

Juízes e Promotores de Justiça não podem esquecer qual é a fonte de seus salários. Se esqueceram, eu lembro: Nossos Tributos Expropriatórios. E se seus proventos são provenientes de verbas públicas, não se há de falar que foram ridicularizados.

Lamentável ver servidores graduados do Poder Público, de braços dados, processar profissionais de imprensa, pelo mero exercício da verdade – a mesma categoria que apoia medicas judiciais austeras e que ajudou a divulgar a luta do MP contra a PEC 37, que pretendia reduzir o seu campo de ação. Fatos como estes só levam a confirmar que vivemos no Brasil, um país de muitos tolos, e de tantos adeptos da “Lei de Gerson”.

Meu repúdio À HIPOCRISIA E A PRÁTICA DA CENSURA, PELA ELITE JURÍDICA DO PARANÁ!


quarta-feira, 15 de junho de 2016

CRÔNICA - Não Nos Venha Com Chorumelas (RV)

NÃO NOS VENHA
COM CHORUMELAS
Reginaldo Vasconcelos*


Ao assistir à atuação do Dr. José Eduardo Cardoso na defesa da Presidente da República afastada, durante os trabalhos da Comissão do Impeachment no Senador Federal, eu mato a saudade do grande ator precocemente falecido Francisco Milani, no papel do personagem cômico Pedro Pedreira, no antigo programa de TV Escolinha do Professor Raimundo, do nosso imenso comediante Chico Anysio.

Eduardo Cardoso faz indagações capciosas a testemunhas da acusação, mais ou menos como, por exemplo: “O Sr. ouviu diretamente da Presidente da República uma ordem para que se fizessem pedaladas fiscais, ou tem conhecimento de que haja documentos assinados por ela mandando que o Governo contratasse empréstimos com Bancos Federais?”. Diante da óbvia resposta negativa, na sua réplica Cardoso afirma triunfante que aquela resposta fora muito útil à defesa, por configurar a inocência da acusada.  

No mundo da comicidade assumida, Pedro Pedreira, por seu turno, arguido pelo Professor Raimundo sobre dados notórios da História, em vez de responder, instava o mestre que respondesse ele mesmo a sua própria indagação, para que ele pudesse confirmar ou negar a veracidade da resposta. Então, invariavelmente, ele discordava dos fatos históricos que Raimundo lhe apresentava, com o bordão enfático: “Há controvérsias!”.

Então, o aluno indagava ao professor se este podia apresentar documentos, fotos, depoimentos de testemunhas, enfim, provas cabais e irrefutáveis para comprovar o que afirmou. E requeria: “O brevê de aviador de Santos Dumont, tem?”; “Um exemplar de jornal tapuia anunciando a chegada de Cabral em Porto Seguro, na Bahia, tem?”; A ata de posse de Zumbi na presidência do Quilombo de Palmares, tem?.

Diante das óbvias respostas negativas do Professor Raimundo à existência dessas provas estapafúrdias e impossíveis, Pedro Pedreira encerrava a sua participação sentenciando: “Então, não me venha com chorumelas!”. 

Na vida real, enquanto o Brasil está afundado em uma crise monstruosa – econômica, política e moral – causada pela administração ruinosa da presidente processada e de seu antecessor, cujo partido tem uma infinidade de integrantes e aliados respondendo a ações penais por corrupção, alguns deles presos, ela própria objeto de investigações e de suspeitas, o Dr. Cardoso, na sua árdua missão de defender o indefensável, recorre a risíveis “chorumelas”. Seria cômico, se não fosse trágico.

           

ARTIGO - Preocupação Hídrica (CB)

PREOCUPAÇÃO HÍDRICA
Cássio Borges*


Ainda que distante do Brasil, confesso que estou preocupado com esta situação  em que se encontra o Açude Castanhão, embora eu faça uma  correção nesta matéria do Diário do Nordeste pelo fato de ele ter sangrado no ano de 2009, portanto, na realidade, ele não tem sangrado, de fato e verdade, somente nos últimos sete anos e não doze, como ali está dito.

Nos arquivos do DNOCS, e em algumas publicações daquele Depatamento, se pode ver que no ano de 2009 passou pela seção do Rio Jaguaribe, onde o Castanhão foi construído, um volume de 9,1 bilhões de metros cúbicos de água e, como se sabe, sua capacidade total é de 6,7 bilhões de m³.  

Mas isto não invalida a minha preocupação. Como deve estar esta água com o Castanhão passando não 12, mas 7 anos sem sangrar?  Veja que no meu tempo de DNOCS, os engenheiros mais antigos diziam que os açudes não deveriam passar mais do que cinco anos sem sangrar. Esta era a tese defendida  pelo grande engenheiro daquele Departamento Federal, Francisco Gonçalves Aguiar, que desenvolveu suas consagradas "Fórmulas de Aguiar" que serviram de base para o dimensionamento de quase todos os açudes de nossa Região.


E não é possível esquecer que o professor Theophilo Ottoni, no seu parecer para a SEMACE, em 1992, disse que o Castanhão poderá passar até 20 anos sem sangrar. Esta informação ele comprovou considerando um periodo histórico de dados fluviométricos (vazão) de 1939 a 1989. Estão nos arquivos do DNOCS, se é que eles ainda existem... 

Por esta razão, eu defendia que o Castanhão deveria ter no máximo 1,2 bilhão de m³, embora admitindo que o Açude Castanheiro, lá em cima, na bacia do Rio Salgado, pudesse ser construído com 1,2 bilhão de m³. Mas falou mais alto a incompetência e outros interesses que levaram ao superdimensionamento da construção do referido açude, com 6,7 bilhões de m³. Não culpo os políticos, que nem sabem que, por trás deste drama da falta de água, existe uma  Ciência chamada Hidrologia, que cuida desta questão, principalmente numa região seca como é a nossa.  O problema é muito sério.