quarta-feira, 14 de agosto de 2024

NOTA LITERÁRIA - Homenagem Biográfica

 HOMENAGEM
BIOGRÁFICA
A LÚCIO BRASILEIRO

 

Na noite desta terça-feira, dia 13 de agosto, o jornalista veterano cearense Lúcio Brasileiro completou 69 anos de militância jornalística ininterrupta, um recorde mundial. 

Antenor Barros Leal pesquisou em toda a mídia planetária e encontrou outros jornalista antigos – mas nenhum que ostente a proeza de contínua e quase septuagenária atividade. 

Chegando aos 85 anos em abril, Lúcio Brasileiro se iniciou na imprensa, como colunista social, em 1955, aos 16 anos de idade, e nunca mais parou de escrever e publicar, e de atuar na radiofonia e na TV, atualmente também na Internet.

Em face dessa grande efeméride natalícia, o empresário Beto Studart* resolveu homenagear Lúcio Brasileiro com a produção e a edição da biografia dele, às suas expensas, tarefa que incumbiu à ACLJ, na pessoa de seu presidente, Reginaldo Vasconcelos, obra que foi concluída em dois meses e que foi lançada exatamente no dia do Jubileu de Mercúrio do seu colunismo social. 

A noite de autógrafos teve lugar na Praça BS, no térreo do suntuoso edifício BS Design, entre a Torre Norte e a Torre Sul, com grande concurso de público.  Compondo a Galeria de Honra, ao lado de Lúcio Brasileiro, o casal anfitrião, Beto e Ana Maria Studart, Lúcio Alcântara*, Antenor Barros Leal, Pádua Lopes e o organizador da obra, Reginaldo Vasconcelos.



Falaram Beto Studart, Reginaldo Vasconcelos, Antenor Barros Leal, Pádua Lopes e Lúcio Alcântara, e, finalmente, o homenageado – todos discursos concisos e emocionais, mais intensos do que extensos.

 

Presentes na plateia os Membros Beneméritos Graça Dias Branco e Jório da Escóssia, José Augusto Bezerra e Minno Castelo Branco. Entre os jornalistas, Arnaldo Santos, Sabino Henrique, Fernando Maia, Pompeu Vasconcelos e Egídio Serpa, destacando-se entre os empresários Ivens Dias Branco Junior, Carlos Rubens, Ricardo Cavalcante, Edilmo Cunha, José Antunes e Luciano Cavalcante – dentre outros.


 

A quadraginta numerati da ACLJ estava representada pelo seu Presidente Reginaldo Vasconcelos, pelo seu Secretário-Geral Vicente Alencar, pelo seu Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues.

Bem como pelos Membros Titulares Sávio Queiroz Costa, Altino Farias, Marcos André Borges, George Tabatinga, PC Norões, Edmar Ribeiro, Dorian Sampaio, Ulysses Gaspar, Fernando César Mesquita, Totonho Laprovitera, Humberto Ellery, Vianney Mesquita e Luciara Aragão – além do já referido Arnaldo Santos.


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Também membro da ACLJ o artista sônico César Barreto, que interpretou a música-tema do evento, escolhida pelo Lúcio Brasileiro, a canção “Tudo Foi Ilusão”, bolero gravado por Anísio Silva em 1956. Ao piano, acompanhou brilhantemente Felipe Adjafre. 

***Membros Beneméritos


DISCURSO DO PRESIDENTE 
REGINALDO VASCONCELOS

Meu caro Beto Studart,
Querido Lúcio Brasileiro,
Senhores convidados,
Prezados confrades da ACLJ
Minhas Senhoras e meus Senhores.
  

Eu sou antigo, e o sou com muito júbilo e muita honra. Especialmente com gratidão a Deus, que me trouxe até aqui e até agora são e salvo, conservando a vitalidade dos vinte, mesmo aos setenta, e com muito mais sabedoria, rodeado de pessoas queridas, algumas hoje já vivendo só aqui no coração, e, em espírito, me esperando lá do outro lado do arco-íris. 

Pois a vida profissional de Lúcio Brasileiro começou em 1955, o ano em que nasci, e em que circulou pela primeira vez a sua coluna social. Mas a história de Francisco Newton Quezado vem de antes, lá da infância dele, que eu e o Beto Studart fizemos questão de ir buscar para registro nesta obra. Lúcio Brasileiro quis resistir, mas aos poucos nós fomos resgatando a sua fase pueril, tão meiga e interessante. 

Trata-se do mais antigo jornalista em atividade ininterrupta, um recorde planetário, e um prodígio de sociabilidade entre os grandes da política e do empresariado locais, ao longo do tempo, bem como de afeto entre seus pares, celebridade absoluta para o público em geral. 

Era preciso mesmo registrar para os coetâneos e para os pósteros a passagem dessa criatura especial pelo jornalismo e pela sociedade cearenses, e imortalizar a sua personalidade excêntrica, para que não se perca na fumaça do tempo a sua vida e a sua obra, e para que as novas gerações possam sempre deparar aquela clássica inscrição de existência e de presença, que se costuma gizar nos sítios históricos visitados: “Um Dia, Lúcio Brasileiro Esteve Aqui”.  

A nossa previsão inicial era de que o livro tivesse apenas duzentas páginas, mas ele atingiu 318, porque, já concluído, revisado, diagramado, já no prelo da Expressão Gráfica e Editora do nosso amigo Chico Eulálio, a notícia sobre ele fez com que outros amigos do Lúcio Brasileiro fossem ligando para o Beto Studart e para mim requerendo a inserção de seus depoimentos entre os já selecionados, de modo que os leitores notarão a expansão da nossa expectativa inicial, o que mais ainda enriquece e enobrece esse trabalho. 

Tenho que registrar de público, enaltecer e agradecer a colaboração dos confrades da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, o Dorian Sampaio Filho, o Vicente Alencar, o Adriano Jorge, o Geraldo Jesuino, o Vianney Mesquita, o Ricardo Guilherme e o Sávio Queiroz Costa. 

Especialmente ao confrade César Barreto – que interrompeu as providencias para o lançamento de seu próximo livro, intitulado Os Sons dos Rataplans, e vir aqui interpretar, acompanhado pelo grande pianista Felipe Adjafre, a música-tema deste evento, escolhida pelo Lúcio Brasileiro. 

César Barreto, a par de advogado como eu, é músico, cantor, compositor, radialista, apresentador de televisão e professor universitário. No livro referido ele descreve toda a trajetória dos conjuntos musicais cearenses a partir dos anos 60, que ele acompanhou desde menino, e de alguns participou. 

Mas, para não entediá-los, e não dar mais spoiler da obra, concluo esta fala, e o faço com uma citação adaptada do trecho de um livro que publiquei em 93, mensagem que cabe como uma luva ao protagonista deste livro, nesta noite memorável, neste mágico momento que vivemos: 

Se por muito mais não fosse, caríssimo Paco, bastar-nos-ia que te tivesses transformado em legenda, como de fato o fizeste. A História é feita de mitos, Lúcio Brasileiro, não de mortais bem comportados. 

O pré-homem que matou o mamute, assim como aquele outro que o pintou na parede da caverna, estão ambos imortalizados na gravura rupestre, pela sua obra, pela sua arte. Por isso Beto Studart e eu deixamos aqui o teu retrato”. 

Tenho dito. 

Muito grato.    


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