sexta-feira, 28 de março de 2025

CRÔNICA - O Método (AG)

O MÉTODO
Aluísio Gurgel*


Era a coisa mais linda e desejada do mundo, a felicidade da família mas, como toda criança, dava um trabalhão para dormir. Na condição de pais de primeira viagem, não demorou muito para que exaurissem todas as técnicas possíveis e imagináveis até que, certo dia, alguém sugeriu o carro. “Não tem como errar. É tiro certeiro e não precisa de volta longa. Cinco minutinhos serão suficientes para derrubar no sono!”. 

De imediato, arrumaram a cadeirinha no banco traseiro, se ajeitaram e lá se foram em família. Decidiram dar algumas voltas na praça a título de experimentação. Começaram pelas 20h e o resultado da conferência foi o olhar aceso e atento a tudo. Prosseguiram com a segunda volta e perceberam que aquela cabecinha linda principiava a balançar. 

Na terceira volta sentiram o poder e a força do movimento: os olhinhos começaram a quebrar. Na quarta volta estavam completamente cerrados mas a cabecinha ainda bamboleava. Veio a quinta volta para completar o ciclo e a cabecinha pendeu sobre o pescoço. 

Uma magia espetacular, não fosse a desconfiança da polícia que parou o carro numa brusca abordagem. Nem deu tempo de explicar direito aos guardas, ela abriu o berreiro novamente!


POESIA - Soneto Decassílabo Lusitano (VM)

 PROVISÃO EXAGERADA
Vianney Mesquita*

 (Para o Prof. Régis Kennedy Gondim Cruz)

Entre a avareza e a prodigalidade está a Economia – virtude que o homem honesto deve predicar. (PAOLO MANTEGAZZA, ficcionista, neurofisiologista e antropólogo italiano. Monza, 31.10.1831; San Terenzo, 28.08.1910). 


Avaro é quem porta só dinheiro,
Eis que gaveta não há no esquife.
De tal não cogitou seu alarife,
Tampouco de pôr bolsos no carneiro.
 
Se subiu no luctífero cacife,
Do jogo sub ovante e passageiro,
Transformar-se-á em almoxarife
Das falsas gemas sem seu tabuleiro.
 
Outras conformes, racionais numismas
No ser humano ao proceder presidem,
Deseixando cifrões por vários prismas.
 
Fartura e mesquinhez impõem merismas –
Pois temas econômicos colidem –
Com vistas a defenestrar sofismas.


quinta-feira, 20 de março de 2025

NOTA ACADÊMICA - 6ª Reunião da Arcádia Alencarina

 6ª REUNIÃO DA
ARCÁDIA ALENCARINA

 

Em cerimônia magistralmente conduzida pelo árcade Vicente Alencar, ocorreu nesta terça-feira, dia 18 de março, a 6a. Reunião da Arcádia Alencarina, a terceira no salão de festas do icônico edifício Granville, que há 44 anos marca a Volta da Jurema, hoje atrás do Jardim Japonês, mais recentemente construído. 

A Arcádia Alencarina é um departamento da ACLJ, formada pelo “núcleo duro” da entidade como um todo, cujos dez integrantes, que a subvencionam, adotaram os fardões, em homenagem à Academia Francesa, fundada em 1635 por Richelieu, ministro do Rei Luiz XIII de França, entidade que inspirou as primeiras congêneres cearenses, em seguida as brasileiras. Esta instituição também atende por coetus decim, grupo dos dez, em latim, e os árcades também se dizem “fardonados”. 

Participaram os nove acelejanos fardonados do coetus decim, que compõem a Arcádia Alencarina, ausente apenas o árcade Stênio Pimentel, que reside no Rio de Janeiro.


Adriano Vasconcelos, Arnaldo Santos, Luciara Aragão, Pedro Bezerra de Araújo, Reginaldo Vasconcelos, Rui Martinho Rodrigues, Sávio Queiroz Costa, Vianney Mesquita e Vicente Alencar.


A Tribuna de Honra foi composta pelos acadêmicos César Barreto, George Tabatinga, Carlos Rubens e Humberto Ellery.

 

A mesa transversal foi ocupada pelos convidados especiais Cândido Albuquerque, Membro Titular Fundador, e os Membros Beneméritos José Augusto Bezerra, Beto Studart e Lúcio Alcântara, Presidente de Honra Interino, que presidiu a solenidade.



Durante a solenidade tomou posse na Cadeira 28 Roberto Bomfim, patroneada pelo Patativa do Assaré, que ele saudou no seu discurso, e descerrou o seu retrato, desenho e pintura em acrílico de Reginaldo Vasconcelos, e finalização em óleo por Messias Batalha.


O Hino Nacional e o Hino do Ceará foram executados pelo tenor Franklin Dantas.

O tema central da reunião foi a Assembleia Geral de 03 de maio, que será dedicada ao Teatro Cearense, com foco na opereta A Valsa Proibida, sob tutoria do ator, dramaturgo e historicista Ricardo Guilherme, que esteve presente à reunião. 

Durante a solenidade, franqueada a palavra pelo presidente Lúcio Alcântara, Pedro Bezerra de Araújo fez uma dissertação sobre o compositor italiano Giuseppe Verdi, e, Sobre Gilberto Freire, falou César Barreto. 


Também usaram da palavra Reginaldo Vasconcelos, Cândido Albuquerque e Beto Studart, além do próprio Lúcio Alcântara, que declarou aberta a sessão e também decretou, ao final dos trabalhos, o seu encerramento. 




Samid Sales, do Jurídico da Assembleia Legislativa do Ceará, a musa da reunião, e Ana Sophia Paiva, mascote da ACLJ.

 

Após a solenidade, e depois do tradicional brinde com vinho do Porto, foi servido um arroz de camarão, harmonizado com excelente vinho branco português. 

 Quanta Honra!
Ana Paula de Medeiros Ribeiro*

 

Quintilhas Acrostiquenas...

[Vianney Mesquita]

 

A na Paula de Medeiros Ribeiro,

N ossa autora de crase genial,

A ltiva mestra, referencial,

P edagoga alçada ao mundo inteiro:

A professora inferencial.

U ma poetisa em plaino sendeiro,

L iterata excedente, especial,

A lma inspirada exponencial,

D e estrofe branca, límpido luzeiro,

E verso rimado excepcional!

M odelar do metro brasileiro,

E m inspiração celestial:

D a prosa e poesia é o luminal,

E stro alumiado, não lindeiro,

I nspiração multifatorial.

R ealeza do gênio verdadeiro,

Ode ao entendimento supernal,

S ucedes de Giselda – matricial

R ibeiro, de onde escorre o herdeiro

I nsuperável sulco sensorial.

B eletrista, fiel desfiladeiro

E xtremoso, de peça memorial,

I minência da estese, a credencial,

R epositório das letras, celeiro

O quartzo fulgente do cristal.

 

Não sei como definir o sentimento que vivi ao ver essa importante homenagem que me fez o Mestre Vianney Mesquita, em seu livro Estâncias Decassilábicas Lusitanas – Medidas em Arte Maior [Palmácia: Arcádia Nova Palmaciana, 2024, p. 188-9).

É o sua vigésima quarta obra, recém-saída do forno, cheirosa, apetitosa e intelectualmente saborosa! 

O que o Escritor palmaciano nos oferece nesta interessantíssima produção está expresso em bens poéticos de composição difícil, pois os versos são sempre constituídos de dez sílabas (ictos) poéticas e com rimas harmônicas que se preservam no mesmo formato à extensão do poema. 

Luís Vaz de Camões escreveu seu clássico Os Lusíadas recorrendo a este difícil arranjo poético. 

Na poesia que Vianney compôs para mim – Quintilhas Acrostiquenas – Quintetos para Ana Paula – ele inicia com um verso que é o meu nome completo, que, curiosamente, contém dez ictos e rimas do tipo ABBAB, ou seja, o primeiro consoa com o quarto e o segundo com o terceiro e o quinto. As estrofes são formadas com cinco versos. 

E ainda tem algo interessante: o poema é um acróstico, um tipo de composição elaborada com as letras iniciais do nome do homenageado. 

Então, nesta deliciosa brincadeira, Vianney Mesquita vai caminhando nas linhas do papel como um menino afoito atrás do vento! Escolhe palavras interessantes, surpreendentes e cheias de significado e as coloca simetricamente nos versos, concedendo-lhes vida e personalidade! 

No Livro Sagrado (Gênesis, 2-7), registra-se que o Senhor Deus soprou a vida e fez o Homem. Por sua vez, o Poeta usou tinta e papel e impôs vida às palavras, que pulsam pujantes nesta rica obra de literatura... 

*Ana Paula Medeiros Ribeiro

Professora-titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará – FACED. Da Academia Cearense da Língua Portuguesa.

ARTIGO - Saudade da Lucidez - Parte 2 (RMR)

SAUDADES DA
LUCIDEZ

Parte 2


Rui Martinho Rodrigues*

A imunização cognitiva e a guerra de todos contra todos 

A incomunicabilidade dos paradigmas, que alguns chamam “imunização cognitiva”, porque o prefácio da obra Estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, fala em “vacina contra a realidade”, tem origem em uma grande pluralidade de fatores. Merece destaque, neste estudo, o problema do significado das palavras. Não por ser o fator mais importante, mas por ser um dos mais esquecidos. A divisão das sociedades em tendências adversárias, mais do que isso, inimigas, não decorre de desentendimentos científicos, embora o nome da ciência seja usado pelas partes em conflito. 

O quadro descrito como a guerra de todos contra todos, por Thomas Hobbes (1588 – 1679), na obra O leviatã, ou simplesmente Leviatã, seria o estado de natureza, que teria sido superado pelo Estado político, por meio do pacto social, conforme as discutidas teorias contratualistas. A atual beligerância nas sociedades, ameaçando dividir instituições jurídicas e políticas, amizades e até famílias seria um retorno ao Estado de natureza. Sim, para quem considere que tal Estado seja próprio da essência da convivência humana. Sucede, todavia, que o retorno ao estado de natureza, seria a dissolução do Estado político.

A contenção da beligerância, independentemente da teoria hobbesiana, é mantida dentro de certos limites pelas instituições jurídicas, políticas, sociais, confessionais e pelos sistemas de parentesco, que formam o controle social. A sociedade, assim concebida, repousa sobre um ordenamento normativo, que por sua vez tem como alicerce um sistema axiológico. Normas e valores, entretanto, são comunicados por meio de palavras. A sociolinguística, com destaque para as contribuições de William Labov (1927 – 2004), juntamente com algumas teorias da Filosofia da linguagem, abriram uma larga avenida para a revisão da semântica no vocabulário coloquial como também no jargão das ciências da cultura. 

O discurso é uma alvenaria formada por palavras. As correntes políticas têm como objetivo a conquista, manutenção e ampliação do poder. Quem domina a linguagem exerce grande influência sobre as consciências. Ressignificar palavras tem sido parte dos projetos de poder. Os pretensos demiurgos formulam engenharias sociais e antropológicas. Querem criar uma sociedade radicalmente nova, conforme expressamente declarado na obra O mundo não tem mais tempo a perder, coletânea coordenada por Sacha Goldman e prefaciada por Fernando Henrique Cardoso. Ressignificar não basta. É preciso satanizar certos significados.

A dinâmica das línguas tem sido usada como argumento para justificar o trabalho de ressignificação do léxico. É preciso, todavia, diferenciar as transformações espontâneas, decorrentes de circunstâncias históricas e sociais, da transformação planejada e executada com o objetivo de dominação política. A linguagem jurídica não pode ser aberta às metamorfoses criadas pelos mais diversos interesses, distintos da dinâmica espontânea da língua. No campo do Direito a manipulação da semântica agride a segurança jurídica. No campo político e social leva ao domínio das consciências caracterizando o desvirtuamento do processo democrático.


No campo do Direito, os tipos penais podem ser reescritos, mas pela via legislativa, em obediência ao princípio da reserva legal. Injúrias, calunias e difamações estão tipificadas no Código penal, respectivamente nos artigos 138 e 139 e 140. Nomeá-los como “crime de ódio”, sem que exista tal tipo penal no ordenamento jurídico brasileiro, é uma clara violação do princípio da reserva legal. Não é parte do processo evolutivo espontâneo da língua. É uma tática de manipulação da opinião pública obtida por meio do aparelhamento de instituições, da intimidação e da violação do rigor metódico na produção intelectual.


Estâncias Decassilábicas Lusitanas (abas, por Márcio Catunda). MESQUITA, Vianney. Palmácia: Arcádia Nova Palmaciana, 2024, 234 p.

 VIANNEY MESQUITA
PALMACIANO OURIVES DO VERBO
Márcio Catunda


A flexa deixa de pertencer ao arqueiro, quando abandona o arco. Entrementes, a palavra já não pertence a quem a profere, uma vez que passe pelos lábios (CHRISTIAN JOHANN HENRICH HEINE, poeta tedesco. Dusseldorf,13.12.1797; Paris, 17.01.1856). 

 

O exímio sonetista Vianney Mesquita é um ourives do verbo. O polimento com que ele cinzela a palavra é arte reservada a poucos buriladores da parole imaginária.

Provém da estirpe poética de Luís de Gôngora. Sua experiência na composição de decassilábicos portugueses remonta aos anos de 1970, tempo em que o conheci na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Nesses quarenta e tantos anos de amizade, aprecio seu esmero nas simetrias dos ritmos. Eis que o louvo pelo competente exercício estético da palavra, generosa ascese reservada aos hierofantes e oráculos. 

A destreza desse bardo brasileiro, cearense e palmaciano faz-se notar, especialmente, na transição dos quartetos, que fluem de maneira espontânea para se integrarem aos trísticos, sem que se perceba ruptura ou dissonância. Tudo é sonoro, precioso e lúdico, nas partículas sintagmáticas, compositivas do conjunto todo dos catorze versos. Essa conjunção métrica respira e brilha como um organismo vivo. 

A erudição ao serviço da espontaneidade, o léxico seleto e primoroso, as imagens sempre surpreendentes, eis a forma da impecável Poesia, na escorreita conjugação do significado e dos significantes. É assim que Vianney Mesquita nos faz, dando-nos esta dádiva de grandeza, que é.

Trabalho de recôndito monge visionário, o soneto do Árcade Novo Jovem Khrónos, da Arcádia Nova Palmaciana, é o acúmulo de todas as virtudes prosopopeicas do gênero, desde as provençais, rudimentares práticas dos catorze apolíneos, passando pelo Iluminismo de Dante Alighieri, até o denominado Modernismo, em que o soneto apenas se renovou parcialmente, mantendo, porém, intacta sua estrutura. 

Vianney Mesquita celebra as personagens mais clarividentes do Ceará e do Mundo. Sua erudição transpõe fronteiras de toda sorte.

De permeio, rende homenagens aos melhores amigos. Os poemas estão intercalados de notas esclarecedoras e cultos epigramas, que deleitam os leitores sedentos do conhecimento. 

O seu lúdico sonhar traslada-se, portanto, aos temas eternos e fraternos: as festas das amizades, em que os amigos são enaltecidos, mostrando o Humanismo que transforma em poesia o axioma de Cícero: “[desfrutamos melhor as benesses do gênio e da virtude, se os compartilharmos com os amigos mais próximos”]. 

Cumpre, ainda, evidenciar o fato de que estes sonetos adquirem sabor de epitalâmios, porquanto se motivam na celebração do Jubileu do casal Socorro Mesquita (também escritora) e Vianney. E essa é mais uma ocasião de alegria para os diletantes da leitura deste livro.

Vianney Mesquita é também um poeta místico, um devoto da mais elevada espiritualidade. Essa condição o qualifica ao nível de expressão de filosofia moral (vide as peças Cordialidade, Ode à Discrição, Proveito do Silêncio, Perigo da Fama e outros), fundado em doutrinas de mestres da estirpe de Tácito, Juvenal, Pascal, Diderot, Benjamim Franklin et alii.       

Em todos os aspectos, nos sentidos denotativo e conotativo, os conjuntos poéticos de VM ressoam nos níveis fônico e semântico, uma oitava acima da poesia média contemporânea, e põem em realce em seus corolários os ideais mais belos. 

O cotidiano é elevado ao plano metafísico. A sátira e a paródia assumem ares de elegante estesia. Nas lúdicas conceições literárias deste vate, tudo se reveste de uma sublimidade melódica e de uma expressão verbal intensa e brilhante.

Feliz o leitor que adentre o mundo deslumbrante das páginas deste livro! 

Márcio Catunda

Genebra, 14 de maio de 2024.



Nota da Redação

Mesmo sem ser fração do livro comentado pelo escritor brasileiro-cearense, o intelectual e diplomata Márcio Catunda, e a fim de o leitor alcançar por completo seu entendimento, transferimos para cá este decassílabo português de VM. 

Verbo Justo

Vianney Mesquita

 

Palavra solta! Nem cavalo a galope é capaz de alcançá-la. Cuidado, pois, com o que proferes!

(Provérbio chim) 

Desconvém desprezar o verbo justo,
Tampouco bendizer a logorreia.
Más dicções derruem a panaceia,
Malsãs mezinhas para um mal vetusto.
 
Frase dissolta, sem nexo robusto,
A endentação da lógica debreia,
Ao corromper as intenções da ideia
De liberar um bem já tão angusto.
 
Concedamos, então, tino às palavras,
Dando azo a tenções sob hábeis lavras
De límpidas linguais águas hissope.
 
Soltemos, pois, as intenções escravas
E arremessemos o ilogismo às favas,
Cedendo ensejo ao pégaso em galope!
 

***

Auxílio para a Decodificação o Soneto

 Primeiro quarteto 

Visando a se proferir algo racional, no âmbito da lógica discursiva, é inconveniente deixar de empregar alocuções justas, pois é preferível abandonar as expressões inúteis, sem sentido – as chamadas logorreias. Isto porque estas desconsideram o pretenso remédio, a panaceia, para todos os males, no caso, uma falsa mezinha contra um mal antigo.

Segundo quarteto 

Em continuidade, divisa-se a noção de que palavreado descomposto, dissolvido (dissolto), não tem ligação vigorosa, vocábulo a vocábulo, de sorte que a engrenagem (endentação) da lógica, da ideação racional, sobra desconectada, corrompendo as intenções ideativas produzidas para deixar livre um bem, hoje, já tão estreito, de tal modo constrito.

Primeiro terceto 

Então, deve-se conceder razão, ideias racionais, às palavras, para que, sob o prisma linguístico, sejam elas, poeticamente, um aspersor dos líquens da Língua Portuguesa (hissope) com vistas a refrescar quem fala e escreve.

Segundo terceto

De tal modo, a ideia é de que as intenções escravizadas pela idiossincrasia das dicções mal formuladas sejam libertas, abandonando-se o ilogismo e concedendo oportunidade a que o cavalo do provérbio chinês, expresso na cabeça do soneto, a epígrafe (bem como os leitores), alcance o que intentam exprimir as noções expressas.

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