quinta-feira, 21 de maio de 2015

CRÔNICA (AF)

Manhã de Sábado
Altino Farias*



Cabeça ao travesseiro, a luz do Sol indicava que era hora. Não sentia fome, nem sede; nem frio, nem calor. Os ruídos da casa e da rua não incomodavam. Aliás, era como se nada existisse.

Precisava levar o carro à oficina, o filho para cortar o cabelo, compras de casa, uma rápida visita à mãe.

Os minutos passavam, as horas teimavam em avançar. Cabeça ao travesseiro, alheio ao mundo, insistia em não atender aos apelos da mulher para que saísse da cama.


Nem fome, nem sede; nem frio, nem calor. O silêncio se sobrepunha aos ruídos e vozes. Cabeça ao travesseiro, não havia energia sequer para mover-se de um lado para o outro. Era manhã de sábado. Quisera ele que fosse segunda.

*Altino Farias
Engenheiro Civil - Empresário - Cronista - Blogueiro
Editor do jornal virtual Pelos Bares da Vida
Titular da Cadeira de nº 16 da ACLJ

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