Manhã de Sábado
Altino Farias*
Cabeça ao travesseiro, a luz do Sol
indicava que era hora. Não sentia fome, nem sede; nem frio, nem calor. Os
ruídos da casa e da rua não incomodavam. Aliás, era como se nada existisse.
Precisava levar o carro à oficina, o filho
para cortar o cabelo, compras de casa, uma rápida visita à mãe.
Os minutos passavam, as horas teimavam em
avançar. Cabeça ao travesseiro, alheio ao mundo, insistia em não atender aos
apelos da mulher para que saísse da cama.
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