terça-feira, 30 de janeiro de 2018

SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Sossego a Tênue Luz (MC-VM)


SOSSEGO
A TÊNUE LUZ
Márcio Catunda* – quadras
Vianney Mesquita** – trísticos



Quando não encontramos tranquilidade em nós próprios, é inútil alhures procurá-la. (IVETE GUIBERT, cantora parisiense de cabaré. 20,01.1865; 03.02.1944).



Luz matinal, vertente fluida e mansa,
Acalmas e consolas de quietude,
Céu de beleza e bem-aventurança,
Cujo clarão inspira-me virtude.



Filigranas florais na verde trança,
Da clorofila vertes a saúde,
És a vida de um Deus que não descansa;
Uma bondade que jamais ilude.



Desta sorte, me tomam aluviões
De calma, me livrando das tensões,
Sossego a alhear-me e deixar tanso.



Tênues, são relampos sem trovões,
Levíssimos murmúrios sem senões,
Sonífero propício ao bom remanso.







ARTIGO - Coincidências Eloquentes (RMR)


COINCIDÊNCIAS
ELOQUENTES
Rui Martinho Rodrigues*



Algumas coincidências se repetem incansavelmente na vida política brasileira. Quem acha que uma condenação na Justiça do Trabalho descredencia para o cargo de Ministro do Trabalho, embora ações desta natureza não produzam restrições quanto ao exercício da cidadania, como é o caso da deputada Cristiane Brasil, coincidentemente, também entende, quase sempre, que uma condenação em sede de ação penal não desqualifica o ex-presidente Lula para o exercício da Presidência da República, sem se importar com o fato da condenação em espécie referir-se ao crime de improbidade administrativa. 

Quem acha que malas contendo dinheiro, apreendidas em poder de terceiros, incriminam o presidente Temer, sem a necessidade de comprovação do nexo entre as citadas malas e o ato do presidente decorrente da vantagem indevida, coincidentemente, entende, quase invariavelmente, que é preciso provar a existência de um ato de ofício do ex-presidente Lula, vinculado ao recebimento de vantagem indevida.

Quem acha que provas indiretas ou lógico-formais não servem de arrimo para a condenação do ex-presidente Lula, desclassificando-as como “meras ilações”, coincidentemente admite, sem nenhum constrangimento, tais provas como fundamento de validade para a condenação do Temer.

Quem critica a politização do Poder Judiciário, quando se trate do Brasil, tende a aplaudir a politização da Magistratura na Venezuela ou em Cuba. Quem manifesta revolta diante da ingerência estrangeira nos assuntos internos do Brasil, aprova, entusiasticamente, a intromissão de parlamentares americanos no processo penal em que o Lula é réu  desde que tal intromissão seja favorável ao ex-presidente. 

Assim, também a reforma da Previdência e a atração de capital estrangeiro  serão sempre defendidas quando o emitente da opinião, coincidentemente, estiver no Governo, sendo, porém, execradas quando o declarante, sempre coincidentemente, estiver na oposição.

Desse modo, quem hoje está na oposição condena a dita reforma, e a entrada de investimento externo produtivo.  Porém, o Governo petista defendeu a necessidade de reformar a Previdência, e chegou a jactar-se de ser campeão na arte de atrair capitais estrangeiros, ainda que especulativos. Não é preciso explicar as coincidências.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Terçol Abjeto (VM)


TERÇOL ABJETO
Vianney Mesquita*


(Para Régis Kennedy Gondim Cruz)



Os olhos são cegos, quando o espírito está distante
(Publílio Siro).

  

Denega-me a visão um tosco hordéolo,
No interdito de íris e retina,
Calázio do sopro de um mau Éolo,
Vedando-me de um olho a menina.

Sem poder divisar do esquerdo alvéolo,
Tampouco do direito, o bem que mina,
Minha pupila do oblíquo nucléolo
Disfarça-me verdade cristalina.

Cisco importuno, paixão desmedida,
A desviar-me das regras de vida,
Guiando-me em modos de gentalha:

Jamais lance terás, neste tentame,
De bater-te haverei, argueiro infame,
E em tempo algum em mim verás canalha!


RESENHA - Observatório (28.01.18)


PROGRAMA OBSERVATÓRIO


A edição deste domingo, 28 de janeiro, do Programa Observatório, do jornalista Arnaldo Santos, recebeu os juristas Rui Martinho Rodrigues,  Roberto Martins Rodrigues e Reginaldo Vasconcelos, todos integrantes da ACLJ.

O tema foi a condenação unânime do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Curitiba, confirmando sentença do Juiz Federal Sérgio Moro, a 12 anos e um mês de reclusão, relativa à acusação de crime apurado na Operação Lava Jato da Polícia Federal, que consiste no recebimento de vantagem entrevista em um apartamento triplex na Praia do Guarujá, em São Paulo, reservado e reformado para ele pela Construtora OAS, empreiteira ilegalmente beneficiada em contratos com a Petrobrás.  


O fato desencadeia cinco vertentes consequenciais, que são objeto de grandes especulações neste momento, nos meios políticos, jurídicos, jornalísticos e populares.

As possibilidades são:

a) a inelegibilidade de Lula nas próximas eleições à Presidência da República, a ser decretada pelo Tribunal Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa; 

b) quem seria o indicado para concorrer pelo PT, em substituição a Lula; 

c) quem será o candidato de outro partido do campo esquerdista, a ser apoiado pelo PT, caso este partido não apresente candidato próprio; 

d) em que medida Lula conseguiria transferir a um eventual substituto os votos do seu patrimônio eleitoral; 

e) se a determinação de imediato cumprimento da sentença de prisão, exarada no acórdão do TRF, será realmente cumprida, ou se o decisum sofrerá inflexões nos Tribunais Superiores.


O Prof. Rui Martinho Rodrigues acha que a prisão de Lula, logo que se dê o trânsito em julgado do acórdão em matéria de fato, após respondido o eventual recurso de Embargos de Declaração, pode não se efetivar. 

Segundo ele, o Direito não é uma ciência exata, e há sempre a possibilidade de alteração do entendimento judicante, até que se pronunciem os Tribunais Superiores, em face de Recurso Especial, de Recurso Extraordinário, ou por meio de Habeas Corpus.

Ou ainda, quem sabe, pela cogitada mudança da Súmula do STF que faculta aos magistrados decretar a prisão dos Réus com sentenças confirmadas por um colegiado – criando assim a figura do "Transito em Julgado Parcial", que deixa em condição de excepcionalidade os recursos aos Tribunais Superiores.

   
Roberto Martins Rodrigues, instado pelo mediador a se pronunciar sobre os votos dos três Desembargadores Federais que condenaram Lula, se disse impossibilitado de fazê-lo, tendo em vista que para ele o julgamento foi político, pois o próprio Juiz Moro teria declarado que o processo falecia de provas suficientes contra o Réu.

Reginaldo Vasconcelos obtemperou que provas cabais contra suspeitos inconfessos nem sempre são possíveis, de modo que o inquérito pode apurar a autoria mediante um conjunto de indícios circunstanciais relevantes que sejam levantados nas investigações. 

Exemplificou com o caso hipotético de um homicídio praticado sem testemunhas, sem registros de câmaras, sem provas técnicas encontradas. 

Então o inquérito vai indiciar alguém que se constatou havia ameaçado a vítima, não sabe dizer onde estava no momento do crime, foi referido por um taxista que o teria conduzido até a região do crime na noite fatídica, que tinha em casa uma arma branca compatível, e que, por fim, perdera um botão de uma camisa, idêntico àquele encontrado junto ao corpo. Seu advogado certamente vai insistir que a condenação de seu cliente se baseia em "ilações", que não há provas contra ele – mas o conjunto de indícios se converte em probantes evidências.

Rui Martinho Rodrigues aparteou, esclarecendo que a declaração do Juiz Sérgio Moro aos jornais referia que não haver sido encontrado qualquer "ato de ofício" de Lula, ou de autoridades federais sob a sua influência, concedendo expressamente a contrapartida aos favores recebidos pela OAS. Todavia, que as vantagens se confirmaram pela fatos apurados nas duas pontas, a da corrupção ativa e a da corrupção passiva, configurando aquilo que Rui identifica como "provas lógico-formais".          

Considerando a possibilidade da inelegibilidade de Lula se confirmar, e de não se encontrar um candidato próprio do PT que seja viável, Arnaldo Santos levantou a hipótese de que o apoio do partido, e consequentemente de Lula, recaia sobre o cearense Ciro Ferreira Gomes. 

Quanto a isso, Rui Martinho Rodrigues considerou que, ante a condenação de Lula, a esquerda já se fragmenta, e que haverá uma grave dissensão intestina no PT, entre os mais ideológicos e os mais fisiológicos, queles aferrados ao mito que o ex-presidente representa, estes últimos interessados em cargos remunerados no Governo, e isso vai complicar muito a escolha de um nome que vá representar os interesses da sigla no processo eleitoral  – Lula, noves fora, nada.  

Roberto Martins Rodrigues, que tende mais à esquerda  – até porque é canhoto  –  diz que se vai abster desse drama político, tendo em vista que a idade avançada já o exime do dever de votar.

Reginaldo Vasconcelos pontuou que Ciro Gomes seria um bom nome à Presidência da República, a merecer a torcida dos cearenses, até porque é um político "ficha limpa", além de muito comunicativo e preparado  – opinião que foi consensual  – porém acometido de uma irrefreável incontinência verbal que já o prejudicou diversas vezes. 

Arnaldo lembrou que, embora sem qualquer processo penal de ação pública contra si, porque sempre se conduziu de forma ética nas funções que ocupou, Ciro há respondido a demandas de ação privada, movidas por aqueles que o acusam de ataques contra a honra. Mas Roberto Martins Rodrigues ponderou que as pessoas evoluem.     

O Observatório, apresentado pelo Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos, titular fundador da ACLJ, vai ao ar todos os domingos, pela TV Fortaleza, canal 6 da Multipay, às 23 horas, com reprises às segundas e sexta-feiras, às 22 horas.

domingo, 28 de janeiro de 2018

SONETO DODECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Acróstico para Myrson (VM)


ACRÓSTICO PARA
O PROF. MYRSON MELO LIMA
Vianney Mesquita*




A vitória dos prussianos contra os austríacos foi a vitória do mestre prussiano contra o mestre austríaco. (OSCAR FERDINAND PECHEL, geógrafo e antropólogo. Dresden, 17.03.1826; Leipzig, 13.08.1875).


Mestre insigne da Regra Portuguesa
Y cultor de la Lengua Castellana,
Raros são os que, nesta Fortaleza,
Se achegam à perfeição que dele emana.

Ostenta sapiência e agudeza
Na doutrina da norma camoniana;
Myrson tem argúcia e singeleza,
E adestra na média e mediana.

Língua oficial de oito países,
O fato nos deixa mui felizes.
Legada, então, por ele, este a sublima.

Insertos como alunos no Brasil,
Manifestamos recompensas mil
Ao extraordinário Myrson Lima.




sábado, 27 de janeiro de 2018

CRÔNICA - Hino (GJ)

Hino
Geraldo Jesuíno*


Ela fica ali, quieta, distante em sua cadeira velha de ferro e fios de nylon. No seu silêncio, quase sempre alheada das coisas, esboça de vez em quando um arremedo de sorriso, desenho perdido entre as tantas rugas, ou deixa que alguma lágrima escape e, à falta do que a contenha, caia-lhe no colo, sobre o vestido barato.


Nem sempre foi assim. Houve tempo em que faceirice e graça lhe sobravam no corpo de menina-moça, quando, ainda com os pais, esquivava-se da cobiça dos olhos famintos dos clientes da barraca de feira livre, onde vendiam quase de tudo e garantiam o sustento da vida simples.

Também houve época em que, sozinha, enfrentou a tarefa de cuidar da própria vida. Já mulher feita, exibia uma beleza pronta, sem mais retoques do que aqueles das roupas colhidas, ao seu agrado, entre as tantas que vendia. Dava-se bem nas tarefas mais do que pesadas do dia a dia e ainda atentava em se desvencilhar das investidas, mas, agora, sem o seguro cuidado dos velhos, nem se dava mais a tanto empenho. De vez em quando, correspondia a um sorriso. Já não virava o rosto, não franzia o cenho, não cerrava a porta. Quem sabe, um braço para ajudar na luta, um corpo para aquecer a cama, um amor para completar a vida... – Ah! Um amor! Ah... – Era tempo de querer chegar mais perto de tudo com o que sempre sonhara. Mais de trinta anos já vira passar.

Então houve o tempo das felicidades. Pleno, revolto, impetuoso. Um ano, dois, três. Ela, firme na luta da feira, nas lidas da casa. Ele, zanzando nos biscates, nas mesas dos bares e, até, nas penumbras de casa. Depois, a modorra, a feira mais pesada, a casa mais oca, o carinho mais no fim da madrugada. Quatro, cinco, seis anos. Tempo de gravidez de risco, mas ela queria. Impôs-se e, quase entorpecida pelo odor de álcool, conquistou o intento. Nasceu-lhe filha num domingo de feira, sem as vistas do pai. Sete, oito anos. Vida difícil. Dinheiro curto, canseira. A casa, agora menor e num bairro mais distante. Vida de dor, de insultos, de hematomas. – Melhor viver apenas com a minha filha e Deus. – Assim, ficou um coração quase esvaziado de um amor que partiu aos trancos, em passos bêbados, sem dizer adeus.

Oito, nove, catorze ... – Quanto tempo, meu Deus?!
Foi isso que ela se perguntou quando a filha, já de sete anos atendeu, no meio da noite,à porta da frente.

 – Mãe, tem um homem aqui procurando a senhora!

Ele! Quebrado, maltrapilho, ferido, embriagado, mas ainda um amor, mesmo repudiado até quase às entranhas.

Deu-se o tempo das piedades, dos perdões e das acolhidas; de curar feridas do corpo e da alma. Tempo de acreditar em entes e destinos sãos, e em milagres. Um aconteceu: nasceu seu varão entre dores e lágrimas. Aquele outro sonho sumiu, sorrateiro como sempre, no apagar das luzes de um dia qualquer.

Vieram os anos amargos. Tantas sequelas do parto. Tanto a fazer.

A filha, apoio seguro; o filho, rastro do pai. Foi do que se lembrou quando, amparada pelas lágrimas e os braços da filha, e carregada, às pressas, para uma UPA. Um infarto quase fatal, uma cadeira de ferro e fios de nylon para sustentar os cansaços de tantos anos e um radinho de pilhas, quebrado e amarrado com ligas de borracha, que mal dava para ouvir.

Outra vez, porém, se clareou tempo de festa! – Parabéns pra você, nesta data querida!... – O beijo na testa e o presente, lindamente embalado em papel com flores vermelhas: um radinho de pilhas, novinho, moderno e de voz clara e macia.

– Tó, eu vou para a feira, trabalhar. Vê se tu ficas um bocadinho com a mãe, antes de ganhar o mundo. Presta atenção! É aniversário dela, olha o que é que tu vai fazer, viu? Vou trazer um bolinho, meio dia... – Ela ouviu a filha dizer ao filho.  Outro beijo e o sinal de até logo.

O radinho cantava um hino bonito. Dava gosto ouvir.

– Desculpa aí, velha, mas eu preciso mais do que a senhora!

– Gruniu-lhe o filho entre suores e visíveis tremores.

Desta vez não foi preciso muito tempo; foi um quase-nada. O radinho foi sacado do seu colo e saiu, ligeiro, cantando, rua abaixo, no rumo das esquinas mais escuras.

Cantando, cantando... 

  

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

CRÔNICA - Bar Doce Bar (WI)


BAR DOCE BAR

Wilson Ibiapina*


 


O bar é o confessionário do boêmio.  É ponto de encontro de jornalistas, artistas, intelectuais, estudantes, trabalhadores de todas as áreas. É onde rola o famoso papo furado, aquele que começa  com política, vai pra religião, passa pelo futebol, praia, música, passeios e termina em mulher. 

Belo Horizonte: Capital Nacional dos Bares






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SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Paraíso Perdido (MC-VM)


PARAÍSO PERDIDO
Márcio Catunda* – quartetos
Vianney Mesquita** – tercetos


Não deve morar no Paraíso quem antes não enviou para lá o coração. (Thomas Francis Wilson – escritor, ator, pintor e músico estadunidense. Filadélfia, 15.04.1959).


Traz os dias felizes do passado
Para o instante atual, sem desperdício,
Digo a mim mesmo, alegre e esperançado,
Num tempo assim, de fortunas fictício.

Traz da infância o prazer desocupado,
A tarde e a manhã do pleno início:
Aquele branco dia soleado,
No ócio de um quintal sem estropício.



Prosperei, assim, na adolescência,
A igual do que fiz na senescência,
Conforme procedi na adultidade.

Sem querer despertar a consciência
E nem desapossar a leniência,
Será também assim na eternidade!







CRÔNICA - Os Boêmios e o Ceguinho (WI)


OS BOÊMIOS 

E O CEGUINHO

Wilson Ibiapina*



Foi na década de 60 do século passado. Ainda estudantes, Fausto Nilo, Rodger Rogério e Antônio Carlos Coelho voltavam a pé de uma farra no bar do Anísio, na beira mar de Fortaleza. O dia estava amanhecendo quando chegaram à praça José de Alencar, terminal de ônibus no centro da cidade.

O Sol já tinindo, gente fervilhando, bares começando a receber os primeiros fregueses. Os três são acometidos de uma vontade louca de tomar uma geladinha. Sem dinheiro, surge a ideia quando encontram na esquina um ceguinho pedindo esmola. Viola no braço, chapéu no chão, mas ninguém ajudava. Pedem licença ao pedinte e assumem.

Era um domingo de manhã. O ceguinho tocava flauta, Rodger acompanhava no violão, o Fausto cantava e o Antônio Carlos passava o chapéu. Em pouco tempo, a grana começava a sobrar pelas bordas. Tiraram o da cerveja, devolveram o chapéu.

Quando  o ceguinho passou a mão e sentiu o volume do apurado não se conteve. Abriu um sorriso  e antes de agradecer, perguntou: “Pessoal, quando é que vocês voltam aqui?



ENSAIO - Os Dois Tipos de Lixo (RV)


OS DOIS TIPOS DE LIXO
(E A ILHA DA FANTASIA BRASILEIRA)
Reginaldo Vasconcelos*


Dois tipos de lixo representam o grande problema da humanidade atualmente: o lixo urbano e o lixo humano. Como lidar com eles no Brasil?


O LIXO URBANO

O lixo urbano se constitui nas matérias plásticas, os sólidos sintéticos, oriundos do consumo crescente de itens comercializados em embalagens que não se degradam biologicamente, mas também em restos reprocessáveis de alimentos e papéis reaproveitáveis, bem como carcaças de móveis e de automóveis, e de utensílios eletrônicos, contendo componentes contaminantes por “metais pesados” – materiais que uma vez descartados vêm se acumulando dramaticamente na superfície do Planeta.






















O LIXO HUMANO

E o lixo humano? Esse se configura na imensa bandidagem, um mal antigo, mas cuja vertiginosa pletora atual é outro produto  da modernidade. Falo daquilo que se tem chamado de “epidemia de violência” – termo médico muito bem aplicado ao caso, porque a sua causa é realmente uma doença, prevista na relação oficial das enfermidades, com o nome de “sociopatia”.





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