domingo, 30 de maio de 2021

ARTIGO - A Última Flor do Lácio (RV)

 A FLOR DO LÁCIO
Reginaldo Vasconcelos* 

 

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus.

Tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem ele.

Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (João 1:1-4)


Nada mais adequado no âmbito de uma academia de letras que o sadio debate em torno de Suas Excelências, as palavras do idioma – sua origem etimológica, sua morfologia, sua evolução semântica, seu emprego sintático. 

O idioma vernáculo, a gramática pátria, a filologia, a estética verbal. Enfim, a transferência da cerebração, ou a sintonia fina da comunicação entre as pessoas – essa a matéria prima de uma confraria literária, contra a determinista expressão latina “inania verba”, de que Olavo Bilac lançou mão. 

Semanas atrás, por exemplo, o acadêmico Sávio Queiroz Costa lançou no nosso Grupo de Whatsapp um repto aos demais, instados a revelar qual a história etimológica da palavra “fronha”, e do cognato que ela originou, o verbo “enfronhar”. 

Sávio compulsara os mais prestigiosos léxicos modernos da língua portuguesa e notara que todos eles se abstêm de apontar a história exata do vocábulo, dando-lhe como de origem obscura – os dicionários etimológicos se limitando a consignar seu primeiro registro gráfico no Século XIV. 

Todavia Sávio encontrara um velho dicionário aceptivo em sua vasta biblioteca que se aventura a tentar estabelecer uma origem ao termo em questão, atribuindo-lhe um hipotético étimo do latim – um achado que o pesquisador pretendia expor e debater com os seus confrades. 

De outra feita discutiu-se na ACLJ a correção da expressão “doa a quem doer”, que dá título a um comentário que o nosso confrade Senador Cid Carvalho faz pelo rádio cotidianamente, ao meio dia, há muitas décadas, tratando do assunto mais momentoso do período. 

Pela lógica da gramática, o trauma, o ferimento, enfim, a doença dói em alguém identificável, mais especificamente em algum de seus membros ou órgãos físicos, daí a percepção mais linear de que aquela expressão deveria ser “doa em quem doer”. 

Porém, prevaleceu na discussão o entendimento de que, no caso da velha e consagrada locução, a qual, nesse exato formato, nos veio de Portugal nas caravelas, não se faz alusão à dor física, mas à dor moral. 

Quem diz “doa a quem doer” não refere à doença do corpo, mas à magoa do espírito; não ao sofrimento somático, mas ao incômodo psíquico – e, portando, merece a preposição atributiva, preferível à partícula locativa, neste caso. 

Ao receber exemplares do Manual de Redação Profissional da ACLJ, o nosso mais recente confrade, o grande jornalista gaúcho Alexandre Garcia exultou ao perceber que seu nome, assim como o do saudoso Ricardo Boechat, e o de Cid Carvalh0, são nele citados entre os mais bem-falantes homens de imprensa brasileira. 

A referida brochura não se arvora de um tratado de gramática, mas pretende, principalmente, orientar, recomendar e disciplinar, nos textos deste Blog e demais edições da Academia, os usos linguísticos abonados pela sua Comissão Editorial, padronizando uma dicção depurada, escoimados os equívocos verbais corriqueiros na imprensa brasileira. 

Informado de se constituir o Manual em “obra aberta”, Alexandre Garcia, que é um intelectual de escol, entrou a debater conosco via Whatsapp o conteúdo exemplificativo do livrinho, passando um pente fino em seus supostos equívocos, e dando valiosas sugestões, todas elas acatadas. 

Anotou de plano não ter sido ainda o opúsculo contemplado com orientação específica sobre a correta aplicação pronominal pessoal do caso oblíquo – muito desrespeitada pela oralidade nacional – e analisamos, inclusive, detalhes linguísticos que não estão no Manual, e, portanto, ainda são off-label – para usar aqui um anglicismo da moda. 

Primeiramente discutimos sobre se o correto seria se dizer “informar-lhe” ou “informá-lo”, neste último caso considerando ser o verbo informar “transitivo direto” – quem informa, informa alguém. A pesquisa nos mostrou que ambas as formas estão certas, a depender do contexto, pois o verbo informar é bitransitivo. 

Em se tratando de transmissão de notícia, “algo é informado a alguém”, e, portanto, alguém lhe informa sobre algo – eis o objeto indireto. Mas, no caso de se transmitir conhecimentos, de ensinar, de instruir, alguém é informado de algo, portanto, alguém o informa. Aqui o objeto direto. 

Sim, a “última flor do lácio”, a par de ser bela, tem sutilezas curiosas de que o inglês, por exemplo, em sua objetividade tosca, nem desconfia. Sutilezas gramaticais e licenciosidades da silepse, que seguem mais a lógica do contexto que a imposição da norma culta. 

“Você sabe que eu te amo” é um erro de gramática, porque aplica a regência da terceira e da primeira pessoas do singular na mesma frase. Segundo a normal culta, se teria que dizer “tu sabes que eu te amo”, ou, por outra, “você sabe que eu a (o) amo”. 

Mas ambas essas formas estão proscritas das letras  modernas e da oralidade nacionais – por se as considerar pedantes e antiquadas. Alexandre notou que a forma “você sabe que eu lhe amo” foi exemplificada erradamente no Manual, talvez porque o colaborador que assim sugeriu a preferiu à repudiada forma clássica. 

A propósito disso, como transcrito abaixo, um sítio da Internet trata sobre o erro brasileiro recorrente de se dizer “eu te gosto” (título de duas canções de autores novos ainda obscuros). 

Além de “eu gosto de ti”, o referido sítio termina por recomendar que se substitua aquele uso incorreto por “eu te amo”, ou por “eu amo você” (título de canção do Cassiano consagrada por Tim Maia) – sem se atrever a sugerir a rejeitada norma culta, “eu o amo” – tampouco a recomendar a ousadia siléptica “eu lhe amo”(por eu lhe tenho amor).


Dizer "Gosto-te" aqui no Brasil, além de ser contrário à gramática (o verbo "gostar" exige complemento com a preposição <de>), é completamente artificial. "Gosto de ti" é correto quanto à gramática, mas não é comum entre os brasileiros. Em resumo, no Brasil se diz: "Eu te amo" / "Eu amo você" (= "I love you").





segunda-feira, 24 de maio de 2021

ARTIGO - Fundamentos Políticos (RMR)

 FUNDAMENTOS
POLÍTICOS
Rui Martinho Rodrigues*

 

  

Categorias teóricas podem direcionar o conhecimento. Clãs, tribos, reinos ou feudos, classes sociais, grupos identitários, Estados nacionais ou impérios e civilizações são exemplos de agrupamentos utilizados como categorias de análise no esforço de compreensão do mundo. 

O reducionismo tem levado estudos baseados em apenas uma categoria de análise. Trata-se de conduta admissível quando o objetivo se circunscreve a uma peculiaridade exclusiva do grupo em estudo. Uma tribo de vida simples, sob isolamento geográfico e cultural pode ser estudada sem a ajuda de muitas categorias de análise. Estudos amplos, tendo como objeto realidades complexas exigem muitas categorias teóricas em seu estudo. Arnold Joseph Toynbee (1889 – 1975) estudou civilizações como categoria principal de análise. Precisou, todavia, examinar organização, costumes e valores das unidades menores, constitutivas do maior objeto de seus estudos, escapando assim ao reducionismo. 

As classes sociais têm sido usadas como única variável havida como independente. Não é preciso debater o fato de que toda variável depende de alguma coisa, que desviaria a nossa reflexão para o exame da classificação das variáveis como dependentes ou independentes. Fenômenos complexos, como as relações econômicas ou políticas em uma sociedade evidenciam a fragilidade de estudos baseados em uma só categoria de análise. O entendimento segundo o qual toda a história, entendida como fatos e atos, não como uma disciplina específica, se resume na luta de classe, conforme Karl Heinrich Marx (1818 – 1883) tem tido o seu reducionismo explicado como devido aos tropos da linguagem. Caso a justificativa se aplique a todas as correntes de pensamento poderá ser um argumento aceitável, a depender de outros fatores.

 

Reducionismo e especialistas

Especialistas podem incorrer em simplificações reducionistas. Considerações apriorísticas podem conduzir a graves equívocos. O pensador político Yoshihiro Francis Fukuyama (1952 – vivo), na obra “O fim da História e o último Homem” concluiu, como especialista em política, que a democracia parlamentar seria a mais perfeita forma de organização política. Não mais haveria possibilidade de evolução. O reducionismo político do pensador nipo-americano aceitou como premissa ideia de George Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831), que vaticinava o fim da história quando a humanidade atingisse o ápice de suposta evolução chegando a igualdade jurídica.

 

Progresso como desenvolvimento cognitivo 

Aceitar a trajetória humana como evolutiva em razão do desenvolvimento cognitivo, a exemplo do positivismo de Isidore Aguste Marie François Xavier Comte (1798 – 1857) é falacioso. Tal desenvolvimento não guarda relação com o aperfeiçoamento do caráter. A evolução é observável na ciência e na tecnologia. A física de Isaac Newton (1643 – 1727), até hoje usada nas engenharias e em tantas outras coisas, é superior às especulações de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) no campo da Physis. Estas nunca foram testadas e entravaram o crescimento da ciência por muito tempo. Nada disso diminui a grandeza do Estagirita ou de suas contribuições no campo da Filosofia. As suas reflexões eram filosóficas e em grande parte têm valor mais pelas questões que suscitaram que pelas respostas dadas. 

A tecnologia soluciona problemas práticos valendo-se da ciência. Evolui rapidamente. Promove a solução de problemas práticos. Aviões atualmente produzidos são superiores ao 14-bis. Na Antiguidade os gregos cantaram as maravilhas da inventividade humana. Heróis como Prometeu e depois Palamedes, suscitam admiração pela inventividade. Ésquilo (525 – 455) e Sófocles (496 – 405) registram louvores aos homens criativos. Invenções como números, letras, medidas, arado, domesticação de animais e medicina foram louvadas. Tudo isso no campo da técnica. Não há referência a evolução humana, do ponto de vista axiológico. A deusa Fortuna representava uma instabilidade que afastava a ideia de progresso. Demócrito de Abdera (460 a. C. – 370 a.C.) afastou a instabilidade da intervenção dos deuses, mas seu pessimismo moral manteve distância da ideia de progresso como evolução do homem. 

O desenvolvimento cognitivo da humanidade é notório. Trata-se, todavia, de manifestação diferenciada em campos distintos. A Filosofia evoluiu lentamente. A ciência evolui um pouco mais rápido, já que após a Revolução Científica do século XVII contam-se poucas revoluções na ciência. A Teoria da Relatividade, a Teoria Quântica e, se considerarmos revolucionárias no sentido definido por Thomas Samuel Kuhn (1922 – 1996), na obra “A estrutura das revoluções científicas”, os avanços do eletromagnetismo, para citar a Física, são algumas das poucas revoluções aludidas. Na Biologia a descoberta dos micróbios, que aniquilou a teoria miasmática; e a descoberta do código genético são avanços revolucionários. Aperfeiçoamentos verificados quotidianamente não passam de complementos às poucas inovações revolucionárias, conforme Kuhn. 

A Filosofia registra avanços lenta e progressivamente acumulados. Autores da Antiguidade ainda são estudados porque muitas de suas contribuições permanecem válidas. A arte, porém, não permite o registro de uma marcha de aperfeiçoamento progressivo ao longo do tempo. 

O Direito tem evoluído como ordenamentos jurídico. Mas não é uma marcha linear. No campo de Zetética, por outro lado, o Jusnaturalismo não propicia o entendimento da essência do Direito como evolução histórica. A vertente cosmocêntrica, fundada na ideia de uma razão cósmica, e a tendência teocêntrica, ambas do Direito Natural, não são compatíveis com a evolução citada. Observam-se avanços e retrocessos no campo do direito positivo, o que desautoriza a ideia de evolução linear do saber jurídico. O caráter polêmico do que seja aperfeiçoamento, no campo jurídico, conduz a uma aporia no caminho da concepção evolutiva do Direito. 

Jacques Le Goff (1924 – 2014), na obra “História e memória”, registra também a evolução das instituições sociais. Não inclui neste processo a evolução do homem, no sentido axiológico. Ressalta que os gregos nem sequer tinha uma palavra para “progresso” e os latinos davam um sentido material para este vocábulo. 

A evolução do homem pelo aperfeiçoamento da sociedade foi estimulada pelo iluminismo, mas não encontra arrimo em nenhum dos aspectos aludidos. A Revolução Científica do século XVII, com seus êxitos espetaculares, fortaleceu o pensamento que pretende criar uma ordem social perfeita, como base na ciência sólida como a Física de Newton. O homem, beneficiado por tal ordem, seria aperfeiçoado. O bom selvagem, como uma Fênix, ressurgiria das cinzas de uma idade de ouro. O arquétipo de uma época maravilhosa perdida, como nos mitos de inúmeros povos, sempre esteve presente no pensamento político, conforme demonstra Raoul Girardet (1917 – 20113) na obra “Mitos e mitologias políticas”.

 

A epistemologia da pretensão demiúrgica 

A epistemologia invocada para validar a presunção demiúrgica dos defensores da sofocracia destinada criar um novo homem, explicitamente ou não, tem raízes no monismo metodológico. Trata-se de uma teoria do conhecimento que defende o mesmo método e o mesmo status de cientificidade para as ciências da natureza e as da cultura. O caráter nomológico dos saberes humanísticos apresentou-se com tendo a força das leis em sentido científico. Isto é: reunindo (i) fatores em (ii) condições dadas (iii) levando necessariamente a um resultado previsto. Previsão e certeza estariam presentes. A reengenharia social estava posta. 

A possibilidade de reunir todos os fatores pertinentes aos fenômenos sociais e a recorrência dos fenômenos são tidas como certas pelo monismo metódico. O socialismo real é exemplo da sofocracia exercida em nome da classe trabalhadora por quem “cientificamente sabe” qual é a verdadeira consciência proletária, conforme Lênin (Vladimir Ilyich Ulianov, 1870 – 1924) na obra “O que fazer?” A dialética para Lucio Coletti (1924 – 2001) é uma senhora de costumes cognoscitivos fáceis. Ela permite que sem experiência proletária intelectuais cheguem a “verdadeira consciência” dos trabalhadores, afirmando ao mesmo tempo que não é a consciência que faz a experiência, mas o contrário, conforme o próprio Marx, na obra “A ideologia alemã”.

O mar de cabeças degoladas pela “fraternidade” da Revolução Francesa teve amparo no “esclarecimento” dos iluministas. Os novos senhores da verdade substituíram o dogmatismo do clero pelo dogmatismo de uma “ciência” nomológica. Sem muita responsabilidade pensadores imaginaram um estado de natureza idílico entre os índios do Brasil, dos quais só tinha notícias pelo relato de viajantes, conforme estudo de Affonso Arinos de Mello Franco (1930 – 2020), na obra “O índio brasileiro e a Revolução francesa: as origens brasileiras da teoria da bondade social”. Esta foi a inspiração do bom selvagem, que tendo nascido bom, foi corrompido pela sociedade (Jean-Jacques Rousseau, 1712 – 1778). O pensador citado nunca explicou quem corrompeu a sociedade composta por indivíduos nascidos bons. Defensores da sofocracia usam o disfarce da vontade popular. Algo como a vontade geral de Rousseau, domesticada pela arregimentação e por promessas do messianismo secular. Fazem-se muitos prosélitos desse modo. Reducionismos de classe, de raça e do conflito criam dicotomias simplistas e sedutoras. 

Diversamente das doutrinas “esclarecidas”, o falibilismo de John Locke (1632 – 1704) não tem o apelo messiânico ou o atrativo da “certeza” científica. Os empiristas britânicos e o racionalismo crítico de Karl Raymond Popper (1902 – 1994) afastam o totalitarismo destruindo a legitimação do cientificismo. O pressuposto segundo o qual o homem se pertence e o falibilismo protegem a liberdade. Por outro lado, a ideia de que o homem pertence à família; a uma organização confessional ou partidária; ao Estado ou a pátria legitimam tanto o autoritarismo revolucionário como o conservador. O totalitarismo exige o sentimento demiúrgico que só o cientificismo e as religiões civis permitem.

domingo, 23 de maio de 2021

CARTA - Senador Eduardo Girão (CB)

Exmo. Senhor
Senador Luiz Eduardo Girão 

Prezado Senador,           

Segue em anexo, para conhecimento de Vossa Excelência, o documento intitulado REVITALIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DO DNOCS, elaborado por mim e mais cinco técnicos do mais elevado nível, através de videoconferências, em pleno período da pandemia, trabalho este iniciado pelos idos de março do ano passado. 

É como disse o Engenheiro Agrônomo e Economista, José Maria Marques de Carvalho, um dos autores, oriundo do Banco do Nordeste: “um trabalho de voluntários, espontâneo, isento de qualquer interesse pessoal ou de grupo”. O relator deste documento é o insuspeito Engenheiro Agrônomo e Economista Otamar de Carvalho, conceituado técnico nordestino, que foi Diretor da Assessoria Técnica da Sudene e ocupou cargos diretivos de muitas outras entidades brasileiras, atualmente residindo em Brasília, um dos maiores conhecedores das instituições nordestinas, brasileiras e internacionais. Ele foi o autor do artigo “SOERGUIMENTO DO DNOCS”, publicado na Revista CONVIVER, comemorativa do centenário daquele Departamento Federal em 2009. Os demais autores dispensam comentários. A magnífica apresentação desse importante documento foi elaborada pelo jornalista e advogado Reginaldo Vasconcelos, Presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ).  

Também gostaríamos de participar a V.Exa. sobre nossa indignação a respeito da Lei Nº 14.053/2020, originária do projeto de Lei Nº 4.731/2019 de autoria do Presidente do Senado Davi Alcolumbre (Dem – AP) e substitutivo da Câmara dos Deputados do Relator Deputado Federal Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), que trata de mais uma ampliação da área de atuação da Codevasf, inserindo, além  da região amazônica, o Estado do Amapá, região do referido Presidente do Senado. 

Por meio dessa Lei, ficará a Codevasf encarregada de gerir uma área de dimensão continental, envolvendo quatro biomas (Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia), requerendo o incremento de um quadro técnico multidisciplinar, recursos financeiros vultosos, para atender às especificidades de cada bioma. No meu entender, tornar-se-á a Codevasf, no médio prazo, uma companhia INADMINISTRÁVEL. 

Ficará apenas na memória, a história de uma Companhia moderna, capaz de criar e gerir com competência, o mais moderno Polo de Fruticultura irrigada do Brasil, responsável pela produção e exportação de mais de 80% das uvas e mangas com qualidade. 

Cabe ressaltar que a expansão da área da Codevasf será também responsável pela diminuição dos já escassos recursos Federais destinados ao Nordeste. Como consequência, tal iniciativa se constitui um prenúncio da extinção do Dnocs (crônica da morte anunciada). 

Como se está observando na atualidade, a água armazenada tornou-se não somente uma mercadoria para alguém ou para grupos ganharem dinheiro (dizem que a Cogerh (Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado do Ceará) apura, anualmente, cerca de R$ 480 milhões)  para atender a interesses políticos/eleitoreiros, como se comprova por esta proposição do ex-Presidente do Senado, Davi Alcolumbre. 

O caso da entrega do Projeto de Integração do Rio São Francisco à Codevasf, tendo o Dnocs, já todo estruturado na região setentrional do nordeste brasileiro,  para receber água a um preço extremamente baixo, como é o caso da água acumulada nos seus açudes (estruturas quase todas já amortizadas), com preço praticamente zerado, passa para a sociedade que o Brasil está à deriva, uma nau sem rumos. Afinal, uma mudança radical da forma de administrar os recursos hídricos do Nordeste Brasileiro não teria que ter uma prévia e ampla discussão a esse respeito? Por que foi da iniciativa do Senado e não do Presidente da República? Por que essa discussão foi feita por baixo dos panos, deixando de fora nós, os interessados no tema? 

Senhor Senador Luiz Eduardo Girão, espero que este documento ora enviado para V.Exa, se constitua leitura obrigatória por todos os que, de uma forma ou de outra, tenham participação e interesse no tema de recursos hídricos da região nordestina, como disse um dos autores deste documento, Dr. José Maria Marques de Carvalho. Os temas relativos ao Vale do Rio São Francisco, um rio perene, não há dúvida de que devem ser tratados pela Codevasf. 

No entanto, assuntos referentes ao armazenamento de água e perenização de rios intermitentes, no semiárido setentrional do Nordeste, devem ser submetidos ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), uma vez que nenhum organismo brasileiro tem mais expertise, tradição, serviços prestados e competência do que aquele Órgão. 

Dito documento, ora enviado para V.Exa., teve   aprovação de mais três competentes técnicos que participaram de sua elaboração – e aqui lamento profundamente o falecimento dos Drs. Flávio Viriato Saboia, Geraldo Pereira da Costa e Aluísio Bastos Pereira, que  deixaram  nosso grupo –  “o crème de la crème da inteligência nacional no campo da engenharia hidrolólogica”, conforme referência feita pelo Presidente da ACLJ, na  apresentação deste livro. 

 É nosso desejo contar com vosso apoio para impedir a formalização de mais um erro gravíssimo e liderar a luta para atribuir a responsabilidade de atuar no Semiárido a quem mais conhece e tem vasta experiência demonstrada nas diferentes temáticas demandadas pelo desenvolvimento da região nordestina, que é o Dnocs. 

Por último e tão importante quanto, temos o dever de alertar a V. Exa.  sobre o projeto de Lei Complementar 61/2019, em tramitação no Senado Federal, da inclusão de 25 municípios do Sudeste do Tocantins, como área semiárida (outro absurdo, já que o Estado do Tocantins possui 90% do seu território no bioma Cerrado), na área da SUDENE. 

É importante salientar que, além de não ser região semiárida, o Sudeste do Estado do Tocantins, pertence à Amazônia Legal e, portanto, beneficiário do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). 

O Estado do Tocantins, que não apresenta secas, ficará amparado pelo FNO e FNE, dois fundos de mesma origem legal, representando total insensatez. 

Entendo que a inclusão do Sudeste do Tocantins na área da Sudene, como uma região semiárida, representa uma atitude injusta e inaceitável do Congresso Nacional para com a Região Nordeste, por apresentar inconsistências técnicas e conceituais, a partir da definição de semiárido, cuja precipitação pluviométrica anual é de até 800mm. 

À exceção do Município de Conceição do Tocantins, com precipitações pluviométricas de 1380mm anuais, todos os demais municípios possuem precipitações anuais superiores à 1.500mm anuais, com regularidade do período chuvoso e precipitações pluviométricas de outubro a abril, portanto com valores bem superiores ao definido para a região semiárida do Nordeste, de até 800mm / ano. 

Pasme V.Exa. que, apesar do absurdo que representa este Projeto de Lei, ele tem avançado celeremente, dado que informações do Senadonotícias de 04/06/2019 registram sua aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), com a inclusão de 25 municípios do Sudeste do Tocantins na área da Sudene. UM CRIME COMETIDO CONTRA A ECONOMIA DO NORDESTE, EM ESPECIAL CONTRA A REGIÃO SEMIÁRIDA. 

A omissão dos senadores do Nordeste, Norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo, possibilitando a inclusão do Sudeste do Tocantins na área da Sudene como região semiárida, confere aval a mais um crime cometido contra a economia nordestina e uma postura inaceitável e imperdoável, já que os escassos recursos estáveis do Governo Federal destinados ao Nordeste, com especialidade ao semiárido, serão diluídos com o Sudeste do Tocantins. 

Nessa área do Cerrado, a cultura da soja demanda verbas altíssimas, representando vultoso volume de recursos do FNE e FDNE, a serem subtraídos do Nordeste. Registre-se, por oportuno, que o interesse da inclusão do Sudeste do Tocantins na área da Sudene, como região semiárida, deve-se ao fato de que, por lei, 50% dos recursos do FNE  são destinados a essa Região. 

Também é oportuno registrar que outras ações governamentais passarão a ser legitimadas para os 25 municípios do Sudeste do Tocantins, já que serão “municípios no semiárido” e, como tal, serão incluídos nas ações prioritárias de combate às secas do Governo Federal, tais como: implantação de adutoras, Programa Água Para Todos, carros pipas, dentre outras. Inconsistência total! 

Esperamos dos Senhores Senadores das referidas regiões seriamente afetadas pela redução de recursos federais estáveis, que assumam uma postura reativa contrária à inclusão do Sudeste do Tocantins na área da Sudene. 

Indaga-se, afinal, onde estão os Senadores do Nordeste, Norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo, com seus assessores, que não enxergam esses absurdos perpetrados contra essas regiões e assumem a vanguarda da discussão, se antecipando para evitar o desastre para a economia de suas regiões? 

           Atenciosamente, 

Engenheiro Civil Cássio Borges

 

NOTA DO EDITOR


Carta enviada pelo Jornalista e Engenheiro Cássio Borges, uma das maiores autoridades brasileiras em recursos hídricos, Membro Titular Fundador da ACLJ e da Academia Cearense de Engenharia, enviada ao Senador Eduardo Girão, parlamentar cearense de brilhante atuação na Câmara Alta da República.

Dr. Cássio denuncia erros na distribuição de verbas aos órgãos federais encarregados de gerir mananciais hídricos e de administrar políticas de mitigação de efeitos das secas que acometem a porção leste do setentrião brasileiro – Região Nordeste  missão secularmente confiada ao Dnocs, que sempre a cumpriu com exação.       


terça-feira, 18 de maio de 2021

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (17.05.2021)

REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(17.05.2021)

   


PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de uma hora e meia, 08 acadêmicos. Compareceram ao grupo o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Agrônomo Luiz Rego Filho, o Poeta Paulo Ximenes

Compareceram ainda o Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel, o Juiz de Direito Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos, o Médico, Teólogo, filósofo e Latinista Pedro Araújo e o Procurador Federal Edmar Ribeiro.  
 


TEMA DE ABERTURA

O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos propondo uma análise sobre a entrevista prestada pelo ex-deputado Eduardo Cunha na televisão, neste domingo, dia 16. A propósito desse tema Pedro Araújo teceu considerações sobre o fato de que a evolução intelectual das pessoas, sua capacidade de  articulação, seu descortino humanístico,  o poder político ou econômico que adquiram, todos esses predicados nem sempre correspondam à sua estatura moral, seu espírito público, sua sensibilidade humanitária, a sua conduta ética. 



ASSUNTOS ABORDADOS

Diante da decretação do ano sabático da ACLJ, que suspendeu suas atividades administrativas pelo menos até o fim do ano, esta reunião também  não tratou de questões administrativas ou políticas – ou seja, não trafegou pela BR, no jargão interno. 

Comentou-se sobre pessoas excêntricas e interessantes com quem cada um conviveu no passado – velhos professores, amigos em comum, o falecido pai de Reginaldo e Adriano, que Stênio conheceu e relembrou.

Também se comentou sobre o estado de saúde de acadêmicos que ainda convalescem, como o Bibliófilo José Augusto Bezerra, o Especialista em Segurança Pública Edmar Santos e o Jornalista Augusto Borges, augurando seu pleno restabelecimento.

A propósito da variedade das pessoas que deambulam sobre a terra, e dos muitos ambientes geográficos que habitam, Reginaldo Vasconcelos encerrou a reunião lendo uma das crônicas de seu livro "O Passado Não Passa". 


    DEDICATÓRIA


A sessão virtual da ACLJ realizada nesta segunda-feira, dia 17 de maio, foi dedicada ao poeta e empresário Pio Rodrigues Neto, eleito nesta semana para a Cadeira 17 da Academia Cearense de Letras, sucedendo ao Professor Paulo Bonavides.





  

domingo, 16 de maio de 2021

ARTIGO - Ruptura e Continuidade (RMR)

 RUPTURA E CONTINUIDADE
Rui Martinho Rodrigues*

 

A realidade comporta continuidades e rupturas, a despeito de Heráclito de Éfeso (540 a.C. – 470 a.C.), para quem “nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tampouco o homem”, alegando que tudo muda, nada permanece. 

Também não procede a teoria do imobilismo, de Xenofanes de Cólon, aperfeiçoada por Parmênides (570 a.C. – 475 a.C.) que negava a mudança e a transformação, atribuindo tudo ao engano dos sentidos e a compreensão superficial. Mudanças e continuidades, porém, são realidades. 

O ritmo das mudanças pode ser lento bastante para escapar ao observador, ao modo que Fernand Braudel definiu como longa duração histórica, ao lado de outros ritmos de média e curta duração, que evidencia as transformações. 

É inegável que a revolução verde, quando desenvolvemos a agricultura, deixando a vida nômade de caçador-coletor e nos tornamos sedentários, é uma mudança. Os anovulatórios, ao permitir um relativo controle da gravidez, trouxe mudança na vida da mulher. 

Solucionar problemas pode promover mudança. A longa duração é mais comum na cultura, em certos aspectos da organização social, com mudanças aparentes. Hierarquia, controle, vigilância são exemplos de longa duração, sem embargo de mudanças aparentes, como alegoria da “Revolução dos bichos”, de George Orwell (Eric Arthur Blair, 1903 – 1950). 

O ponto de vista do observador pode perceber a mudança ou a continuidade. Não há (re)início partindo do zero, na ordem política, social, jurídica ou cultural. Herbert Marcuse (1898 – 1979), na obra “Eros e civilização”, discorre sobre a inevitabilidade da renúncia ou procrastinação da satisfação na vida civilizada, no que guarda alguma semelhança com Sigmund Schlomo Freud (1856 – 1939), na obra “O mal-estar na civilização”. 

O Estado patrimonial foi muito bem descrito por Raymundo Faoro (1925 – 2003), na obra “Os donos do poder”, desde a origem do Estado Português. A corrupção e o abuso de autoridade na burocracia e no Judiciário foram descritos detalhadamente com farta documentação e indicação de fontes por Stuart B Schwartz (s/d), na obra “Burocracia e sociedade no Brasil colonial”. 

As duas obras relatam fenômeno de longa duração que passaram por mudanças que excluíram a continuidade. A revolução Francesa de 1789, republicana, gerou um império apesar do mar de cabeças guilhotinadas. A revolução bolchevique gerou nomenklatura. Na Iugoslávia a revolução igualitária gerou uma elite que Milovan Djilas (1911 – 1995) descreveu como a nova classe, em obra assim intitulada. 

O Brasil atravessa um momento que tem sido descrito como tempestade perfeita. Crise econômica, sanitária, política, institucional e claramente uma crise moral. Os velhos vícios do patrimonialismo descrito por Faoro; a corrupção e o abuso de autoridade foram duramente golpeados no âmbito de ações judiciais, até que os processos chegaram no STF. A sociedade rompeu com o monopólio da desinformação da grande imprensa. 

A desinformação foi democratizada. O protagonismo de amplas parcelas dos brasileiros, talvez a maioria até então silenciosa, escapou ao controle dos ativistas, autênticos vaqueiros da boiada cidadã e quebrou o monopólio das ruas. 

Falta, todavia, organização, projeto, liderança. A exacerbação de ânimos dificulta o diálogo, seja pela quebra de confiança, seja pelo conflito de interesse ou pela incomunicabilidade dos paradigmas, como explica Thomas Kuhn (1922 – 1996). A dinâmica que se estabeleceu é de antagonismo crescente. Não temos bons augúrios.

COLUNA VICENTE ALENCAR - Edição 2221

 VICENTE ALENCAR
Edição Nº 2221
SEXTA-FEIRA, 14 DE MAIO DE 2021
 

FORTALEZA  – Aqui nasceu o Escritor Antônio de Albuquerque Sousa Filho.

 

CEARÁ – Aqui nasceu o saudoso Médico e Professor Francisco das Chagas Oliveira. 

NORDESTE – Onde o DNOCS com mais de 100 anos ajuda a desenvolver a Região. 

BRASIL – Luta aberta contra a Corrupção. Principalmente agora, no Governo Jair Bolsonaro. 

PERGUNTA QUE MARTELA – Quando o Estádio Presidente Vargas voltará a ser utilizado? 

DESINTERESSE – Há um flagrante desinteresse das mesmas autoridades que transformaram o Estádio em Hospital de Campanha (que já não existe) em voltar a praça de esportes a sua movimentação normal. 

PREJUDICANDO – A não utilização do Estádio Presidente Vargas com os jogos normais está prejudicando o bom andamento do Campeonato Cearense que está usando o Estádio de Caucaia para jogos oficiais. 

FCF NÃO SE MEXE – Um fato surpreendente é que a Federação Cearense de Futebol não "mexe uma palha" para que o PV seja reaberto. 

CLUBES – Os clubes ficam a espera de uma atitude da Federação cujo mutismo da sua Diretoria, ou pelo menos do seu Presidente e do seu Vice surpreendem negativamente. Um fato absurdo. 

PREJUÍZO – A falta de utilização do Estádio Presidente Vargas causa um grande prejuízo ao desenvolvimento  normal do Campeonato Cearense de Futebol. 

ATÉ QUANDO? Não aparece um vivente, um dirigente, um responsável ou irresponsável para informar quando a Federação Cearense de Futebol vai resolver a respeito do Estádio. 

NÃO FALAM – Os clubes que seriam os grandes interessados em saber quando o PV voltará as atividades não falam nada. Como diz o bom cearense "não dão um pio" a respeito. 

TORCEDOR – Recebi mais de 20 interrogações a respeito do assunto. São torcedores do mais diversos, vendedores, professores, médicos, desportistas de uma maneira geral nos perguntando: Vicente, quando o PV vai reabrir. Eu digo: só Deus sabe! 

COMPROMISSO – Infelizmente em nossa terra as coisas são levadas de uma maneira muito diferente, não havendo um compromisso com os acontecimentos. 

QUANDO? – Quando o Estádio voltará a funcionar? Ninguém sabe. 

RESPONSABILIDADE – De quem é a responsabilidade sobre a volta do funcionamento do estádio? Ninguém sabe! 

O ERRO – Jamais o estádio poderia ter seu campo de jogo usado para se construir um Hospital de Campanha. 

ESTACIONAMENTO – O lugar mais aconselhável para o Hospital de Campanha seria o estacionamento da praça de esportes que é enorme e não causaria dano ao campo de jogo como ocorreu. 

INCOERÊNCIA – Mas a incoerência é um fato normal em nossa terra. 

PIO – O empresário e poeta Pio Rodrigues Neto foi eleito para a Cadeira 17 da Academia Cearense de Letras, que teve Paulo Bonavides como seu ocupante durante dezenas de anos. 

LÍDIO GÓIS – Gostaria que algum amigo ou familiar do Desportista Lídio Marinho de Góis, pudesse me repassar alguma informação a respeito do seu endereço. 

PESQUISA – Estamos numa equipe de pesquisa sobre o Futebol de Salão do Ceará e ele precisa ser ouvido, pois foi um dos primeiros dirigentes em nossa Capital. Fico grato pela informação. 

CENTENÁRIO Hoje o centenário de nascimento de Ruth de Sousa, artista de teatro, cinema e tv, nascida no Rio de Janeiro em 12 de Maio de 1921 e falecida em 28 de julho de 2019. Ruth de Sousa esteve em Sinhá Moça, Quarto de Despejo no Cinema, e trabalhou na Tupy, Record e Globo, nesta em O Bem Amado e O Clone.


FUTEBOL Ontem pelo Campeonato Cearense de Futebol, resultados: Ferroviário 1 x Caucaia 0, Atlético Cearense 1 X Caucaia 0 e Ceará 1 x Icasa 0. Hoje o Fortaleza enfrentará o Crato.

 

OITENTINHA Quem chega hoje aos 80 anos é o noticiarista e apresentador de TV, Sérgio Chapelin que nasceu em Valença, RJ,  em 12 de Maio de 1941. Completa 80 anos.

 

NA ALMECE Minha colega em Jornalismo a competente Escritora Silvana Frota passará a integrar o elenco de valores da ALMECE (Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará).

 

RERIUTABA   Silvana Frota vai ocupar a Cadeira de número 56, representando o Município de Reriutaba. Ocupará a Cadeira que pertenceu o saudoso acadêmico Paiva Lima. Sua posse acontecerá em Sessão Virtual dia 22 deste mês.

 

JAMELÃO Se vivo estivesse, o cantor, compositor e puxador de samba da Escola de Mangueira, Rio, José Bispo Clementino dos Santos, o popular Jamelão, estaria aniversariando hoje. Entre seus sucessos Matriz ou Filial e Folha Morta.

 

MRZART BRANDÃO Amanhã dia 13 de Maio o Centenário de um dos maiores Maestros do Brasil, que nasceu no Recife, e veio para o Ceará com 5 anos de idade. 

 

Foi estrela na música também no Rio de Janeiro e encerrou sua carreira quando voltou a residir em Fortaleza sua cidade do coração. Falo de Mozart Brandão, nome notável que emprestou seu talento ao prefixo da antiga PRE-9 a nossa Ceará Radio Clube 1.200AM.

 

Mozart Brandão também graduou-se como Cirurgião Dentista e exerceu a profissão em Fortaleza, sendo muito querido inclusive pelos servidores públicos pois emprestou muito do seu trabalho no antigo IPM  (Instituto de Previdência Municipal).

 

INCRÍVEL  É impressionante como um Presidente objetivo, capaz, trabalhador, honesto e sério como Jair Bolsonaro é perseguido pelos esquerdistas, comunistas, aproveitadores e vagabundos, que passaram 16 anos mamando nas tetas da Nação, e, não desejam perder o caminho.

 

Na jornada de Jair Bolsonaro isso não se registra e essas pessoas não perdoam um Presidente que não é do mesmo time de muitos ex-presidentes que sugaram o Brasil durante anos e anos.