segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

COLUNA VICENTE ALENCAR - Edição 3853 - 22/01/2013

SEGUNDA-FEIRA
Lua em quarto crescente
FORTALEZA - Capital do Nordeste
CEARÁ - 1º Estado a libertar seus escravos
NORDESTE - Polígono cultural do país
BRASIL - Esperando por melhores dias

LIÇÕES DO PENSAR 

O Escritor e Jornalista Sílvio Cayua fará nesta segunda-feira o pré-lançamento do seu livro LIÇÕES DO PENSAR.

Trata-se de um livro de pensamentos, todos na linha positiva.  Preço da Obra: R$ 60,00. 

Você vai encontar 218 pensamentos para que possa conhecer novos caminhos na vida. Uma aprendizagem.

Contato com o autor: cayua@hotmail.com.br

Igreja Católica reverencia hoje

– São Vicente da Espanha.
– São Vicente Pallotti.
– São Gaudêncio.
– São Victor. 

O desejo do ser humano é uma sede diversa: é o desejo de ser amado, olhado, cuidado, desejado e reconhecido” (Cardeal José Tolentino de Mendonça). 

CEARENSES INESQUECÍVEIS 

- Jornalista Morais Né.
- Escritor Eduardo Campos.
- Comunicador Cláudio Pereira.
- Professor Mário Barbosa Cordeiro.
- Futebolista Zé Mário (lateral direito).

ASSEMBLEIA NA ACEMES

Os dirigentes da Academia Cearense de Médicos Escritores -ACEMES confirmam para o dia 25 de Janeiro a sua reunião de Assembleia Geral Ordinária, às 19 horas. 

Será no Salão Professor Macambira, no Ideal Clube. 

PROGRAMA LIBERDADE DE EXPRESSÃO 

Das 16 ás 17 horas de hoje, segunda-feira,  na Rádio Assunção Cearense, 620 AM,  mais uma edição do Programa Liberdade de Expressão com  e Vicente Alencar. Comentários esportivos de Hilton Pires. 

PRAÇA CLÓVIS BEVILÁQUA

A Praça Clóvis Beviláqua, na Rua Meton de Alencar, onde se localiza a  Faculdade de Direito da UFC, continua abandonada. 

Até quando nós que pagamos caros impostos seremos testemunhas deste descaso? Quem responde por isso? 

COVID-19 

Cuidado com a Covid. Alimente-se bem. Tome sucos de uva, manga, laranja, limão, tangerina, tomate, entre outros. 

CASA DE LIVROS USADOS - SEBO O GERALDO

Livros a partir de 5 reais, na Rua Pedro I, nº 950, quase esquina com Rua Pedro I.  Você tem amplas condições de escolher o melhor que deseja. 

É BOM SABER 

O primeiro livro publicado pelo filósofo cearense Raimundo de FARIAS BRITO, o maior do Brasil, lançado em 1889, intitula-se CANTOS MODERNOS. 

Ele nasceu em São Benedito, em 24 de julho de 1863, e morreu no Rio de Janeiro, em 16 de fevereiro de 1917, aos 54 anos. 

SESC RECEBE SEUS AMIGOS 

Será nesta quarta-feira, dia 24, a partir das 9 horas da manhã, a reunião do Grupo Criação Literária do SESC. A Escritora Oneida Pinheiro lembra a todos os participantes de sempre, com seus convidados.



quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

POESIA - Cantares (BA)

CRÔNICA - Súplica Carioca (SP)

  SÚPLICA CARIOCA
Stênio Pimentel*

 

A população do Rio de Janeiro continua curtindo a ressaca das enchentes dos últimos dias. No próximo dia 29/03 eu completo 65 anos de RJ, e todos os anos a "novela" se repete... as chuvas de verão são implacáveis, caem e destroem tudo pela frente.


O Poder Público é  incompetente para evitar que os fatos se repitam, pois, junto com  as catástrofes os canalhas aproveitam para tirar proveito das verbas emergenciais, e assim reforçar o famoso "caixa dois". Sim, sem a desgraça da população mais humilde, os gestores ficam reféns do Tribunal de Contas. Lamentavelmente é a pura verdade. 

Como justificar as despesas se não houver vítimas; renovação da frota de veículos; mão de obra extra e outros tantos quesitos que compõem o pacote da roubalheira? 

Hoje eu estava assistindo ao jornal da TV e fiquei com pena das viaturas da Polícia Federal, no pátio da Instituição, todas imersas nas águas da enchente dos últimos dias. Todas irão virar sucata. 

Paciência, a vida continua...

  * O titulo da crônica remete em contraste ao título da canção Súplica Cearense, que trata da seca, sucesso na voz de Luiz Gonzaga, regravada pelo Fagner.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

ARTIGO - Democracia e República (RV)

 DEMOCRACIA 
E
REPÚBLICA
Reginaldo Vasconcelos*

“República” (coisa pública), e “democracia” (governo do povo), são termos empregados com a mesma semântica, mas indicando práticas absolutamente antitéticas: primeiro, aquela concebida pela política tradicional conservadora de direita; depois, aquela segundo a ideologia revolucionária de esquerda. Analisemos como e porque haveria essa tal dessemelhança. 


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MENSAGEM - Ano Novo? (PN)

 ANO NOVO?
Pierre Nadie*




domingo, 14 de janeiro de 2024

NOTA CULTURAL - A Manga Rosa

A MANGA ROSA 

Com cuidadosa produção da Manoela Queiroz Bacelar,  colaboração do cineasta Gabriel Lage e participação do ator Ricardo Guilherme, o artista sônico Ricardo Bacelar gravou um vídeo artístico, interpretando a canção “Manga Rosa” do compositor Ednardo.



O cenário é o Mercado São Sebastião, polo tradicional do comércio popular de Fortaleza, principalmente de frutas e verduras. Mas todo um manancial de vitualhas e variados produtos regionais e sertanejos, além de opções gastronômicas nordestinas, são encontrados em seus amplos espaços de três pisos. 

O trabalho, que mescla belas imagens coloridas com espectros dramáticos e fantasmagóricos em oníricos tons de cinza, é criativo e interessante, merecendo louvores da ACLJ – da qual Ednardo é Comendatário, Manoela é Membro Titular, Ricardo Bacelar, Membro Consorte, e Ricardo Guilherme, Membro Honorário Fundador.        


 

sábado, 13 de janeiro de 2024

NOTA CULTURAL - Os Sinos

OS SINOS

George Machado Tabatinga é o segundo piauiense radicado entre nós a ingressar na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, depois do professor e advogado Cândido Albuquerque, um dos fundadores da entidade. 

Nascido na cidade de Batalha, Tabatinga veio para Fortaleza adolescente, aqui se profissionalizou e constituiu sua família, até que na maturidade logrou poder transpor o umbral da nossa casa literária para ocupar uma das cadeiras de sua quadraginta numerati.

Ele mantém suas raízes cravadas no solo querido de sua terra natal, atualmente escrevendo um livro de memórias sobre a infância de um menino natural daquelas plagas, retoricamente incógnito, que na verdade é ele próprio revivendo as suas experiências e aventuras pueris. 

Músico inspirando, ele cultua ainda hoje os sons característicos da infância, como a música da Banda de Música batalhense, da qual se fez integrante ao clarinete.  Abaixo ele nos traz em vídeo e áudio um pequeno estudo sobre a história  dos sinos da cidade, cujo som  tange as cordas líricas de seu saudoso coração.

  



Embaixo, bela dronagem panorâmica recente de um ofício litúrgico vesperal da Banda de Música, no terceiro dia dos festejos em honra a São Gonçalo, o orago de Batalha. 

ACIONE O LINK PARA ACESSAR O VÍDEO AÉREO 


 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

NOTA ACADÊMICA - Tenda Árabe - Presente!

 



Magnífica a reunião de ontem, terça-feira, dia 09, na Tenda Árabe, contando com a estreia do médico e professor dos professores atuais da Faculdade de Medicina da UFC, José Maria Chaves, agora Membro Titular da ACLJ.

Dr. Zé Maria, nosso novo decano, brindou os convivas com o belo relato de seu histórico familiar, estudantil e profissional, com passagem pela radiofonia cearense. 

Selecionado pelos Irmãos Maristas do Colégio Cearense para integrar a Irmandade,  ele preferiu tentar a gratuidade e a excelência do ensino do Liceu, e conseguiu ser aprovado. 

Morando na Casa do Estudante, ingressou no radialismo e na Faculdade de Medicina, e só se casou com a quarta noiva. 

Zé Maria declarou fazer questão de integrar a Arcádia Alencarina, e para tanto já mandou cortar o seu fardão. Ele será muito bem-vindo no nosso coetus undecim, que passará a ser coetus duodecim. 

Como todo bom acadêmico de letras, o novo "fardonado" leu um pequeno texto de sua lavra, para deleite dos ouvintes, um belíssimo prefácio. 

Meu pai dizia que o violão é o instrumento mais fácil de se tocar mal, e mais difícil de se tocar bem.  

Analogicamente, prefácio laudatório é o texto mais fácil de se produzir corretamente... e mais difícil de se produzir de modo a surpreender pela emocionalidade e a beleza. 

Tivemos novamente a presença virtual do árcade Stênio Pimentel, diretamente do Rio de Janeiro, através de ligação em vídeo compartilhada pelos convivas. 


A reunião contou também com a presença física dos confrades César Barreto, Paulo Ximenes, George Tabatinga, Adriano Vasconcelos e Vicente Alencar, além de Reginaldo Vasconcelos e Altino Farias, que são "laranjeiras" do ambiente. 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

CRÔNICA - O Abraço (RV)

 O ABRAÇO
Reginaldo Vasconcelos*




Clodovil Hernandez era um filósofo intuitivo, um estilista de moda feminina que pela maneira fluídica de expressar o pensamento transitou para o comando de programas de TV, e depois para o Parlamento Nacional, “lugares de fala” em que apreciava debulhar suas ideias pessoais sobre a ordem geral das coisas. 

Abordava de forma holística e meio caótica os assuntos que trazia, mas sem jamais confundir libertinagem e liberdade, e sem estabelecer na hipocrisia alguma virtude. Era fêmeo na contingência do destino, mas reverenciava a natural diferença gâmica entre as pessoas, no plano da ética e da moral.

Foi Clodovil – que certa vez entrevistei para o jornal – de quem ouvi pela primeira vez uma consistente reflexão sobre a importância do abraço, quando tratava ele da saudade que sentia de sua mãe adotiva, Isabel Sánchez, a única mulher que ele dizia soubera amar em toda a vida.

Defendia ele que devemos abraçar com constância e sem hesitação os conviventes, porque somos todos mortais, e, dos que nos vão deixando, faltar-nos-ão a fisionomia querida, o timbre da voz afetuosa, as reflexões personalíssimas e preciosas que nos poderiam conceder... mas eles nos faltariam, principalmente, em nosso abraço.

Abraçar, para os povos da América Latina, é gesto corriqueiro entre parentes e amigos, mas não é assim nos EUA e nem nos países da Europa, onde a maior intimidade fisicamente praticada é o aperto de mão. Tampouco na Ásia, em que as pessoas se cumprimentam postando as duas mãos diante do peito ou apenas flexionando o tronco em reverência.

Mas anos atrás, nos meus tempos de ioga, eu tomei conhecimento da existência de minha coetânea indiana do Estado de Kerala, hoje aos 70 anos, conhecida como Amma (mãe), de nome oficial Mātā Amritanandamayī Devi, uma humanista internacionalmente conhecida e respeitada como a “santa do abraço”. Na Índia ela detém o título de “mahatma” (grande alma), o mesmo ostentado pelo Gandhi.

Aos 22 anos de idade Amma criou a instituição religiosa Asharam (proteção), que se agigantou em ações de caridade e projetou a sua fundadora pelo mundo, tendo sido reconhecida pela ONU. 

Foi premiada por entidades caridosas norte-americanas, e notabilizada por doações milionárias da sua congregação às vítimas de um tsunami na Índia, do furacão Katrina, nos EUA, e do tufão Haiyan, nas Filipinas, entre 2004 e 2013. 

Pois bem: Amma entende que Deus mora na singeleza do abraço fraterno, e é abraçando que ela abençoa quantos peregrinam até o seu templo, para receber os seus eflúvios de sapiência transcendental, de bondade, de amor cósmico. 

Ela teve um seguidor brasileiro, em Goiânia, nos tempos psicodélicos e exotéricos dos anos 60/70, um certo Carlos Passini, que se dizia “guru do abraço”, figura logo abraçada pelo esquecimento nacional.

Mas recentemente eu me encantei com a letra frugal de uma canção da banda Jota Quest, de autoria coletiva, intitulada “Dentro de Um Abraço”, que faz uma síntese do que disse Clodovil a respeito, e daquilo que vem pregando há 50 anos a Amma de Kerala, a santa indiana. 



O melhor lugar do mundo / É dentro de um abraço / Pro mais velho ou pro mais novo / Pra alguém apaixonado, alguém medroso / Pro solitário ou pro carente /Dentro de um abraço é sempre quente.


Tudo que a gente sofre / Num abraço se dissolve / Tudo que se espera ou sonha / Num abraço a gente encontra.

 

Na chegada ou na partida / Na manhã de sol ou noite fria / Na tristeza ou na alegria / Tudo que a gente sofre / Na chegada ou na partida / Num abraço se dissolve.

   

Tudo mais já está dito / O melhor lugar do mundo / É dentro de um abraço”.





terça-feira, 2 de janeiro de 2024

CRÔNICA - Se Colar, Colou (TL)

 SE COLAR, COLOU
Totonho Laprovitera* 

“A vantagem quando é muita, engole o esperto.” (Toim da Meruoca)



Existe uma história em que um garçom colocou na nota, além dos 10% de gorjeta, a sigla “SCC”, com um valor superior ao da comissão a que tinha direito. Aí, o cliente perguntou o que significava a sigla e o escovado garçom respondeu: “Se colar, colou”.


Pois é, “se colar, colou” é uma expressão usada quando alguém, mesmo sabendo que a mesma não procede, fica na espera que a outra pessoa aceite sem questionar. Geralmente, quando o dito-cujo age assim, ele esconde algo para tirar proveito em benefício próprio. No mundo corporativo, é uma atitude egoísta muito usada, e até serve de base para negociações.

 

Ao escutar falar que todos somos mentirosos e que as inverdades são essenciais para vivermos bem em sociedade, eu me pergunto: Quem já não mentiu ou omitiu por receio de falar a verdade? Chama-se Clodo D’Neer, o mancebo que se apresenta como modista e vive caçando destino. Mas às vezes nem sempre, quase nunca, não acha nada. Dizem que ele é um blefador – aquele que procura ouro e não o acha. Mas como ele mesmo fala, “nenhum sonho é grande demais, e nenhum sonhador é pequeno demais”. 


Gosta de beber e apreciar os derivados de malte, cevada, cana-de-açúcar, aluá, cauim, raiz-de-zimbro, quinino, artemísia, cereais, agave azul, uva fermentada, melaço e garapa.

 

Pois bem. Clodo conheceu Suellen Keydma, do Bairro Parque Manibura, por ocasião de um concurso de beleza em que a espilicute modelo foi premiada com um clareamento de virilha, com água sanitária, no salão de beleza mais chique do Acaracuzinho, conjunto residencial de Maracanaú. 

Clodo se disse bamburrado, e se gabou de ser atleta e já ter competido nos Jogos de Inverno do Distrito de Juá, no município cearense de Irauçuba, disputando em três modalidades: bila, triângulo e cangapé. Mandou um balaio de conversa, mas de nada adiantou a sua lábia, quando Suellen descobriu que o tal “modista”, de fato, era mesmo “costureiro de buchada”, no bar “Tripa Açada”, do Lulu 0800! 

Pois é, o “se colar, colou” de Clodo não deu o menor pedal com Suellen, que, acabou o chamego com ele, que mal começou, na hora! O conquistador naquele “pode ser que sim, pode ser que não”, ficou lambendo sabão. 

Pra terminar, Clodo D’Neer sungou as calças, pegou ar e disse para a modelo: 

– Gata, tanto lugar no mundo, e você insiste em ficar na minha mente? 

 Suelleu, na lata respostou: 

– Pra lá, carniça! Falando em mente, você mente chega dá bom dia a jumento!