UTOPIA
Humberto Ellery*
Morus buscou no grego os elementos “ou”, que significa “não”; “topos”, que significa “lugar”; e o sufixo
típico da toponímia grega “ia”, para
criar o vocábulo que se traduz por “não lugar”, ou ainda “lugar que não
existe”. Utopia, portanto, é um lugar ideal, com instituições políticas
perfeitas, que por extensão significa quimera, fantasia, sonho.
Provavelmente inspirada n´A República de Platão, a obra, por seu turno, inspirou autores outros como Campanella (Cidade do Sol), Francis Bacon (Nova Atlantis), Russeau (O Contrato Social), e até o precursor do pensamento socialista Saint-Simon, em seu projeto de reorganização total da sociedade.
Talvez até por sua característica de
irrealizável, suscitou também as assim chamadas antiutopias, como “O Admirável
Mundo Novo”, de Aldous Huxley, e o instigante “1984”, de George Orwell, (onde a
TV foi pinçar a ideia do “big brother”, essa baboseira a que têm o desplante de
chamar “reality show”).
Todas essas lucubrações me ocorrem por conta de meu indefectível otimismo, pois não aceito o pessimismo de Morus ao sugerir que um bom lugar não existe, tampouco comungo da visão negativista de Orwell ao prenunciar o caos como consequência do avanço tecnológico.
Todas essas lucubrações me ocorrem por conta de meu indefectível otimismo, pois não aceito o pessimismo de Morus ao sugerir que um bom lugar não existe, tampouco comungo da visão negativista de Orwell ao prenunciar o caos como consequência do avanço tecnológico.
Portanto, em vez de lamentar a
destruição promovida por treze anos de (des)governo petista, é mais recomendável
aproveitar o ensejo e construir um novo país sobre os escombros que restam. No
grego existe uma palavra, “eu”, que significa “bom”, como sabemos “topia” significa “lugar”, vamos então
fazer do Brasil um “Bom Lugar”. Vamos juntos construir uma Eutopia.
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