Ao Pai
Roberto Martins
Rodrigues*
Pai,
feito de Pátria e Deus,
sofres, agora, o pecado de crer.
Crês na liberdade
que foi,
na Justiça que não veio,
no Bem que não é.
A fé te empolga
e salva.
E vem até nós
na forma da herança mais cara
que a partilha dos homens
não pode distribuir.
Crês em Deus,
forte e sábio,
capaz de fazer
do ódio que envenena
o amor que constrói.
Espera, Pai,
na paciência do Tempo
que ensina,
na ternura dos que fez com amor,
o futuro da paz
que a tua probidade,
o teu exemplo,
a tua dignidade cívica,
a fidelidade de tua perpétua
companheira,
começam a construir.
E que verás,
na dimensão material
da passagem fugaz,
ou na paisagem
do paraíso eterno.
*Roberto Martins
Rodrigues
Advogado, Jurista,
Jornalista, poeta e Professor
Titular da Cadeira de
nº 6 da ACLJ
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