sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CRÔNICA (WI)

Bebidas de lá 
que só encontro aqui
Wilson Ibiapina*


Nas poucas vezes que fui à Alemanha tentei pedir uma dose de Steinhaeger para beber com cerveja e não consegui. Achava que não estava conseguindo pronunciar corretamente o nome da bebida, uma espécie de cachaça feita de zimbro, um arbusto europeu, mesma matéria-prima do gim. Fui tirar minhas dúvidas com os jornalistas Eduardo Mamcasz e a Cleide.

O casal todo ano passa férias em Berlim, onde os dois alugam apartamento e ficam um mês feito nativos, andando a pé, de metrô, frequentando padarias, bares, supermercados e praças. Mamcasz disse que também não conseguiu encontrar o steinhaeger. Famoso lá, segundo ele, é o Jägermeister, produzida desde 1935 e considerada o nono destilado mais consumido do mundo. Os alemães combinam com cerveja, como fazemos aqui com o steinhaeger. Tem que está bem gelado.

Uma outra bebida forte, que conheci passeando pelas propriedades vitivinícolas da serra gaúcha, é a graspa, feita de bagaço de uva e aromatizada com a erva arruda. Um dia, em Brasília, pedi uma graspa numa loja de bebidas. A mocinha atendente me deu uma aula. Explicou que não existe graspa, que a bebida italiana chama-se “grappa”.

Em Roma, me disseram a mesma coisa. Não é graspa. É grappa. Portanto, se um dia desejar provar uma graspa, o melhor caminho é a Serra gaucha. Tem ela lá feita com o bagaço das melhores uvas. E é também conhecida como grapa de inigualável sabor.
                                  *Wilson Ibiapina
                                    Jornalista
                                       Diretor da Sucursal do Sistema Verdes Mares de Comunicação
                                em Brasília - DF
                                    Titular da Cadeira de nº 39 da ACLJ

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