Beleza
e Forma Inusitadas
nos
Versos do Conterrâneo
José
Rebouças Macambira,
meu
Patrono na Academia
(Segunda Parte)
(Segunda Parte)
Vianney Mesquita*
Um soneto impecável vale, sozinho, um grande poema. (Nicholas Boileau Despréaux, crítico literário e poeta. *Paris, 01.11.1636;
13.03.1711).
Ao retomar o tema, recorro neste lance a Raimundo
Girão e Maria da Conceição Sousa (Dicionário
da Literatura Cearense, de onde também, honrosamente, sou verbete), para
validar o registro consoante o qual JRM, havendo nascido em 17 de novembro de
1917 (+Fortaleza, 17.01.1992), foi bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
pela Faculdade de Direito da UFC, bem como licenciado e bacharel em Letras
Neolatinas pela precitada Faculdade Católica de Filosofia. Atuou como regente
de Linguistica (UFC), professor de Grego, Latim e Francês no Liceu do Ceará e docente
de Língua Latina no Colégio Municipal Filgueiras Lima.
Diversamente de outros palmacianos de seu
tempo, conforme expressei há pouco, teve larga produção literocientífica – o
que o ajudou a acessar a Academia Cearense de Letras, como detentor da Cadeira
39, cujo patrono é o Visconde de Saboia, bem como assentar-se na Cátedra de
número 15 da Academia Cearense da Língua Portuguesa (patroneada por Joaquim
Matoso Câmara Junior e hoje ocupada pela imortal Professora Doutora Maria Elias
Soares, da Universidade Federal do Ceará), onde o encontrei em 1988, quando
assumi a Cadeira de número 37 daquele sodalício, protegida pelo filósofo e
gramático Estêvão Cruz.
Publicou Estrutura do Vernáculo (1986); Estrutura
Morfossintática do Português (1978); A
Estrutura da Oração Reduzida (1971); Gênese
e Desenvolvimento da Interrogação Latina (1951); Estrutura Musical do Verso (1977); Diátese Verbal (1979); Fonologia
do Português e Musa de Aquém e de
Além (ambos de 1981) – de onde pincei o soneto logo mais reproduzido e comentado.
José Rebouças Macambira é, sob o prisma da
história de nossa terra, o escritor nascido em Palmácia com o maior
quantitativo de publicações de excepcional qualidade conteudística, convindo
acrescer, no entanto, o fato de que tal informação é válida somente entre
aqueles já postados em plano distinto da existência corporal, pois há hoje quem
o supere, na extensão de edições librárias, também de cariz literário e teor
acadêmico, com chancela de casas publicadoras. Esse autor palmaciano já cuida,
para edição até maio de 2015, dos originais de Retirados do Etagére – Notas de Crítica.
JRM, como mestre da Língua Portuguesa e emérito
ensaísta no terreno da Ciência de Ferdinand de Saussure, Roland Barthes e
Rogério Bessa, foi e continua bem recepcionado, apreciado em todo o Ceará
culto, transpondo até os lindes do Brasil.
No começo dos anos 1960, já era eu
admirante da forma poética do soneto, em especial de Augusto dos Anjos, dos
escritores do chamado mal do século e
parnasianos em geral, como Raimundo da Mota Azevedo Correia, Olavo Brás Martins
dos Guimarães Bilac, Antônio Mariano Alberto de Oliveira
e Vicente Augusto de Carvalho.
CONTINUA EM 26.12.2014 - (José Fernandes Sampaio, o Zé Sampaio)
CONTINUA EM 26.12.2014 - (José Fernandes Sampaio, o Zé Sampaio)
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