Beleza e Forma Inusitadas
nos Versos do Conterrâneo
José Rebouças Macambira,
meu Patrono na Academia
(Primeira Parte)
(Primeira Parte)
Vianney Mesquita*
Um soneto
impecável vale, sozinho, um grande poema. (Nicholas Boileau Despréaux, crítico literário e
poeta. *Paris, 01.11.1636; 13.03.1711).
Inseridos
como embaixadores da manifestação intelectual e atuação docente, científica,
cultural, artística, jornalística, médica, literária e demais gêneros de
expressão de saber e erudição, mormente em registros escritos, há, no
sortimento autêntico da minha cidade de nascimento – Palmácia-CE - diversos
nomes de pessoas que se sobressaem e edificam história.
Não
mais na terrena dimensão, repousam, entre outros, por exemplo, em distância
temporal mais recuada, Maria Amélia Perdigão Sampaio, Maria Dolores Sampaio de
Oliveira, Maria de Lourdes Campos de Mesquita, Sildácio de Matos Rocha, Maria
Giselda Coelho Teixeira, José Rebouças Macambira, Vicente de Paulo Sampaio
Rocha e Eunice Carvalho Leite, na seara do magistério – elementar, secundário
ou superior; como também José Carlos Campos, no metro e no enredo histórico da
Cidade, tendo sido vizinho imediato, à direita, da residência de Vicente Pinto
de Mesquita e Maria de Lourdes Campos de Mesquita, dos quais procedo, à Av.
Francisco de Queirós Lima, número 11 – Vila Campos – Palmácia-CE.
Acresce
fazer referência aos sacerdotes católicos Padre Pedro Perdigão Sampaio, o qual
exerceu vários cargos na Arquidiocese de Fortaleza, e Monsenhor Gumercindo
Sampaio, também partes relevantes da história do Município, o segundo feito
mestre (Latim) do Seminário Arquidiocesano de Fortaleza (como foi também o
Padre Perdigão), cuja principal característica era mandar copiar, às centenas,
as palavras latinas que o seminarista escrevia erradamente, tendo por vezo,
ainda, qual a celebrada figura aracatiense de Castorina Chaves Pinto, impor
apelidos aos seminaristas logo que admitidos ao Seminário (o meu era Cangulo).
Em
sua maioria, estes e aqueles não mencionados aqui, decerto por falta de meios,
sejam financeiros ou técnicos, não deixaram herdade escrita, salvante o patrono
perpétuo na Cadeira número 22 (por mim ocupada na condição de membro titular
vitalício), Professor José Rebouças Macambira, e o Prof. Vicente de Paulo
Sampaio Rocha, ambos também docentes do Ensino Superior (UFC e Faculdade
Católica de Filosofia, esta antecessora da UECE Universidade Estadual do
Ceará).
Vicente Sampaio editou o livro Português nosso de cada dia (com Rosimir Espíndola Sampaio) e o
volume Dicionário de Etimologia,
Pronúncia e Termos Jurídicos, lente que era do Colégio Estadual do Ceará, o
glorioso Liceu, das disciplinas Língua Portuguesa e Castelão. Macambira, por
sua vez, deixou aos pósteros obra mais vasta, porquanto, atuante da
Universidade Federal do Ceará, tinha à disposição a Imprensa Universitária
dessa instituição e meios mais à mão para levar à luz seu produto editorial.
Autores de Hoje
Fazendo
parênteses, expresso a ideia de que, noutro lance que se me asar, pretendo
remeter-me aos palmacianos ilustres de hoje no terreno das atividades culturais
e científicas comentadas como introdução a este texto respeitante a Rebouças
Macambira, até porque a maioria descende em linha reta das pessoas aqui
mencionadas, como, por exemplo, o professor universitário, jornalista,
folclorista e administrador Paulo Tadeu Sampaio de Oliveira, originário de Dona
Maria Amélia Perdigão Sampaio (neto); os Coelhos Teixeiras, procedentes da
Professora Maria Giselda Coelho Teixeira e de João Teixeira Filho; os Campos de
Mesquita (doze), oriundos de Maria de Lourdes Campos de Mesquita e Vicente
Pinto de Mesquita; o Prof. José Walter Rebouças Macambira, irmão colaço de José
Rebouças Macambira; o poeta cordelista Helder Campos, de Carlos e Irene Campos;
e outros mais, como a Professora Iolanda Campelo de Andrade Sampaio, Paulo
Rubens e Maria Ignez Sampaio Rocha, médicos filhos de Maria Florinda Sampaio
Rocha e Francisco Hildebrando Rocha, e Margarida, assistente social, da linha germana
dos dois. Também evoco, no momento, o nome de Antônio Rodrigues Uchoa (médico
em Aracati), bem assim, o de Antônio Carlos Sampaio de Oliveira (Carlito),
escritor, a igual do que ocorre com José Hermínio Muniz (Rocildo) e Junior
Holanda.
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