sexta-feira, 17 de agosto de 2018

RESENHA - Programa Da Hora - 16.08.18


PROGRAMA “DA HORA”
APRESENTADOR
ALFREDO MARQUES
TV UNIÃO
16.08.18




O Programa Da Hora  que vai ao ar, ao vivo, de segunda a sexta-feira, às 12:30h, com reprise às 18:30h, pela TV União (Canal 17.1 na TV aberta e 521 na Multiplay)  na edição desta quinta-feira (16.08) teve a participação do seu apresentador titular Alfredo Marques, e dos também advogados Roberto Pires e Reginaldo Vasconcelos, presidente da ACLJ.

O apresentador trouxe o problema do crime organizado em nosso Estado, especificamente no episódio recente em que um Oficial de Justiça foi obrigado a descumprir uma diligência de busca e apreensão de um automóvel em bairro periférico de Fortaleza, e devolveu o mandado ao Juízo, por ter sido severamente ameaçado por integrantes armados de uma facção criminosa.

Reginaldo frisou a existência de um Estado paralelo instalado na República, a exemplo do que ocorria com a Máfia, nos Estados Unidos dos anos 30. Mais grave ainda, porque no caso do Brasil temos várias instituições criminosas e muitos Al Capones – acrescentou Alfredo Marques.

Frisou ainda o Dr. Vasconcelos que vive-se atualmente no Brasil uma verdadeira guerra civil, entre as facções e o aparato policial-judiciário, guerra que o Poder Público vem perdendo, em razão da falta de leis mais rígidas e de verbas suficientes, bem como de agentes públicos em maior número, mais bem armados e treinados.

Roberto Pires contestou essa assertiva, defendendo que a polícia estadual estaria, sim, dando eficiente combate aos criminosos, considerando que esta estaria vencendo batalhas consecutivas contra o crime – citando um caso exitoso de uma ação policial recente em Fortaleza.

Dr. Roberto dá sinais de que perfilha a tese jurídica do “Direito Penal do Inimigo” – aquela que prega rigor absoluto e tolerância zero contra os delinquente, teoria alemã que, tudo indica, será posta em prática pelo candidato Bolsonaro, se eleito para a chefia do Poder Executivo Federal – segundo se depreende de seu discurso de campanha.

Alfredo Marques, na sequência, mostrou indignação com a pantomima do registro da candidatura do ex-presidente Lula ter sido aceita pelo TSE, para que somente depois disso o Tribunal vá discutir se lhe será possível concorrer.

Segundo ele entende, se o político está legalmente inelegível, pois então que não se recebesse o registro de sua candidatura, porque, ao fazê-lo, segundo lhe parece, isso constituiria “ato jurídico perfeito” e geraria todos os direitos acessórios, como o de fazer campanha e ser votado.

Por fim, Reginaldo Vasconcelos abordou o assunto da Parceria Público-Privada (PPP) que teria sido firmada entre o Governo do Estado e o Grupo M. Dias Branco, para a recuperação e a continuação do projeto do aquário marinho, iniciado e descontinuado, na Praia de Iracema.

Sobre o tema, já abordado em edições anteriores do Da Hora, Vasconcelos concordou com os debatedores do programa, afirmando que, de fato, o projeto do aquário foi uma grande patacoada do Governo do Estado – proposto pelo então Diretor-Geral do DNOCS, Eudoro Santana, pai do atual Governador, que, inclusive, para esse fim, doou a área federal que pertencia à autarquia, em que funcionavam seus escritórios no passado.  

Mas Reginaldo fez ver que a parceria com a iniciativa privada visa apenas remediar essa erronia – e não beneficiar a empresa que se dispõe a colaborar, tarefa que um dos grupos empresariais mais importantes e mais conceituados da praça, o M. Dias Branco, se dispôs a realizar.

E deu o exemplo da Praça do Hospital Militar, na Aldeota, de que a Incorporadora BSPAR, do empresário Beto Studart, financiou a reforma e assumiu a manutenção, sob a condição singela de que o logradouro, até então sem denominação definida, recebesse o nome do seu ilustre pai, o Dr. Carlos Studart.  Tudo muito justo e muito lícito.

A respeito disso, Alfredo e Roberto ainda insistiram que, de todo modo, o processo de criação da PPP deveria ser discutido antes com a população, e transcorrer de forma mais aberta e transparente – em vez de ser resolvido nos gabinetes e só revelado ao povo quando já sacramentado.   

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