quarta-feira, 27 de abril de 2016

NOTA LITERÁRIA - Obra Nova de Geraldo Jesuino

OBRA NOVA DE
GERALDO JESUINO

O acadêmico acelejano Geraldo Jesuino da Costa acaba de lançar, pela Impressora do Ceará, IMPRECE Editorial, um primoroso livro de contos, denominado “Brumas”, belo no continente e no conteúdo, e tudo nele é autoral: a capa, os textos, as gravuras. Três dos contos mereceram o seguinte comentário de Cleuberson Rios, que prefacia a obra.



Eu gostaria de destacar o aspecto jesuiniano destes três contos: ‘Sementes’, ‘Tango’ e ‘Aurora’. Digo jesuiniano porque para mim estes três são os que menos se parecem com qualquer coisa que eu já tenha lido em minha vida, ou seja, eu não consigo encontrar nada nas minhas gavetas mnemônicas que sirva de comparação. Claro que não encontrei nada, pois com estes três contos eu não devo procurar em epifanias vividas, senão preencher as gavetas com mais duas delas. Quais?

Para mim, ‘Sementes’ e ‘Tango’ falam de uma paternidade que eu não sei muito bem explicar. Versam sobre uma certa sabedoria de vida, da descoberta de respostas para certos enigmas, de quem já aprendeu algo e de que este algo deve ser transmitido de pai para filho, tal como a árvore para os seus descendentes as folhas, os frutos, o caule, as flores e a raiz através do silêncio dormente das sementes. Claro que não faço aqui uma leitura psicológica do seu escrito.

Parece que você diz um pouco de seu pai nestes dois contos de maturidade. Um filho falando do que aprendeu com o pai. Uma fala austera e agradecida, de uma altivez surpreendente.

E o terceiro, o ‘Aurora’, que também faz parte desta leva jesuiniana, talvez seja o mais jesuiniano, tendo em vista que me parece que é o homem Geraldo Jesuino quem agora nos fala”.  

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