OBRA NOVA DE
GERALDO JESUINO
O
acadêmico acelejano Geraldo Jesuino da Costa acaba de lançar, pela Impressora do Ceará, IMPRECE
Editorial, um primoroso livro de contos, denominado “Brumas”, belo no
continente e no conteúdo, e tudo nele é autoral: a capa, os textos, as
gravuras. Três dos contos mereceram o seguinte comentário de Cleuberson Rios,
que prefacia a obra.
“Eu gostaria de destacar o aspecto jesuiniano destes três contos: ‘Sementes’, ‘Tango’ e ‘Aurora’. Digo jesuiniano porque para mim estes três são os que menos se parecem com qualquer coisa que eu já tenha lido em minha vida, ou seja, eu não consigo encontrar nada nas minhas gavetas mnemônicas que sirva de comparação. Claro que não encontrei nada, pois com estes três contos eu não devo procurar em epifanias vividas, senão preencher as gavetas com mais duas delas. Quais?
Para mim, ‘Sementes’ e ‘Tango’
falam de uma paternidade que eu não sei muito bem explicar. Versam sobre uma
certa sabedoria de vida, da descoberta de respostas para certos enigmas, de
quem já aprendeu algo e de que este algo deve ser transmitido de pai para
filho, tal como a árvore para os seus descendentes as folhas, os frutos, o
caule, as flores e a raiz através do silêncio dormente das sementes. Claro que
não faço aqui uma leitura psicológica do seu escrito.
Parece que você diz um pouco
de seu pai nestes dois contos de maturidade. Um filho falando do que aprendeu
com o pai. Uma fala austera e agradecida, de uma altivez surpreendente.
E o terceiro, o ‘Aurora’, que
também faz parte desta leva jesuiniana, talvez seja o mais jesuiniano, tendo em
vista que me parece que é o homem Geraldo Jesuino quem agora nos fala”.
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