DESAFOGO DO TRÂNSITO
EM FORTALEZA
Cássio Borges*
É
notório que um dos pontos de maior estrangulamento do trânsito na capital cearense
é a Rua Henriqueta Galeno, no Bairro Dionísio Torres, no trecho entre as Ruas
Monsenhor Catão e Cel. Jucá. A Rua Henriqueta Galeno é passagem
obrigatória para quem vem dos bairros Meireles e Aldeota em demanda de uma das
mais nobres áreas da cidade onde se situa o bairro Guararapes com seus
equipamentos de grande demanda popular como o Shopping Iguatemi, Centro de Eventos e a Universidade de Fortaleza-UNIFOR. Além desses aspectos, é importante citar ainda que no entorno da referida artéria estão localizados quatro dos grandes
colégios de nossa Capital.
Entretanto,
para quem demanda o lado leste da cidade, onde se situam, com disse acima, o
Shopping Iguatemi e o Centro de Eventos e a UNIFOR, só existem duas ruas: a
Engº Santana Junior e a Av. Sebastião de Abreu, esta última uma grande
conquista, sem a qual o problema do trânsito naquela região seria,
evidentemente, muito maior. Depois
destas duas ruas só existe naquele concentrado espaço, em paralelo a elas,
distante cerca de 400 ou 500 metros, a Av. Raul Barbosa, onde a Prefeitura está
fazendo, atualmente, importante intervenção que, com certeza, irá trazer grande
alívio no trânsito para quem demanda o Aeroporto Pinto Martins e a Arena
Castelão.
Com a permissão dos doutos da Engenharia de Trânsito, uma das minhas
sugestões seria o prolongamento da Av. Washington Soares, antes da curva do
Shopping Iguatemi, portanto antes do Rio Cocó, de quem vem do lado leste da
cidade, cruzando o bairro Salinas em áreas totalmente despovoadas. Poderia ser
também a partir da Rua Atilano de Moura (prolongamento da Rua Miguel Dias), a
exemplo da que já existe, no caso da Av.
Murilo Borges.
A
minha contribuição a evento promovido pela Academia Cearense de Engenharia
(ACE), tendo em vista o “Desenvolvimento
de Fortaleza e/ou do Estado do Ceará”, é trazer para os confrades o exemplo exitoso da Prefeitura de Recife (PE), que, em tempo
recorde, construiu duas vias, próximas uma da outra, denominadas de “Via Mangue”, que aliviou em 55% o trânsito nas Avenidas Domingos Ferreira e Conselheiro
Aguiar, no populoso e rico bairro de Boa Viagem, como disse o relator deste
processo da nossa ACE, o engenheiro Salvador da Rocha.
Tenho plena convicção de que os experientes engenheiros e arquitetos da Prefeitura
de Fortaleza que, há anos, vêm estuando não só este, como outros problemas
semelhantes de nossa cidade, já têm equacionado as devidas soluções, inclusive
para este sobre o qual ora estou fazendo estas considerações.
Entretanto, sem maiores pretensões, em função do que nos foi solicitado na Assembleia de nossa Academia de Engenharia, ouso sugerir a construção de mais uma via naquela artéria, como a da Av. Sebastião de Abreu, por exemplo. Mas há um detalhe especial no exemplo da Via Mangue em Recife. É que as duas pistas foram construídas ao longo do enorme mangue existente naquela cidade que, para alguns ambientalistas mais exaltados, talvez considerassem uma agressão ao meio ambiente. Destaco o seguinte trecho do Jornal Diário de Pernambuco do dia 21/02/2016: “Com a redução de 55% do tráfego das Avenidas Boa Viagem e Conselheiro Aguiar, após a abertura da Pista Leste, o ganho de velocidade foi significativo”.
Entretanto, sem maiores pretensões, em função do que nos foi solicitado na Assembleia de nossa Academia de Engenharia, ouso sugerir a construção de mais uma via naquela artéria, como a da Av. Sebastião de Abreu, por exemplo. Mas há um detalhe especial no exemplo da Via Mangue em Recife. É que as duas pistas foram construídas ao longo do enorme mangue existente naquela cidade que, para alguns ambientalistas mais exaltados, talvez considerassem uma agressão ao meio ambiente. Destaco o seguinte trecho do Jornal Diário de Pernambuco do dia 21/02/2016: “Com a redução de 55% do tráfego das Avenidas Boa Viagem e Conselheiro Aguiar, após a abertura da Pista Leste, o ganho de velocidade foi significativo”.
O
jornal não fala na extensão das duas pistas de rolamentos, mas estimo que sejam
da ordem de três ou quatro quilômetros, pois vai, praticamente, desde a Ponte do
Pina até o Aeroporto Guararapes.
Interessante ressaltar que as duas pistas foram feitas como se fossem pontes com as placas de rolamento assentadas
em estacas de concreto, ficando cerca de
1,5 metro acima da superfície do mangue.
Outra sugestão, apenas para
atenuar um pouco o problema seria colocar um semáforo no cruzamento da Rua
Henriqueta Galeno com a Av. Virgílio Távora, sem maiores comentários.
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