CANSATIVO BLÁ – BLÁ – BLÁ
Humberto Ellery*
Está ficando cada dia
mais cansativo, insuportável até, ler o noticiário político. Senão vejamos: Primeiro vem a Marina Silva, 30 anos
de petista, etérea e flutuante como uma sílfide que acabou de chegar dos recônditos mais sagrados da floresta,
tangida por uma leve aragem perfumosa e diz, professoral: “O impeachment não
cumpre a sua finalidade de resolver a Crise; e ao seu final a metade que
patrocinou a Crise junto com o PT estará lá, o PMDB”.
Uma frase, duas
afirmações, ambas escandalosamente erradas. Em primeiro lugar a finalidade do Impeachment
não é resolver a Crise, é afastar a causa da Crise, para daí então tentar
resolvê-la; em segundo lugar o PMDB jamais esteve no comando da construção
dessa Crise, nem como co-piloto. A função do Michel Temer, admitido por ele,
foi “meramente decorativa”.
Depois vem o ministro
chefe da AGU, exorbitando de suas funções de advogado da União e fazendo a
defesa da chefe do governo. Será que ela acha que “L´ètat c´est moi”? é a Luíza XIV do Planalto? O José Eduardo
Cardoso pensa que sim. Por cima abre o verbo e acusa o Relatório do Deputado
Jovair Arantes de estar “eivado de
vícios, completamente nulo de pleno direito”.
Ora, ora, meu caro, vá
então reclamar na instância apropriada, o Supremo Tribunal Federal. Fale com o
Marco Aurélio, quem sabe ele lhe dá razão. É bom que você saiba que atentado
não é apenas um ato violento, destruidor, com mortos e feridos, é também
qualquer ofensa às leis, principalmente se é à Lei Maior, que foi conspurcada,
e não sofreu apenas um “desrespeito tangencial”, como você disse.
Outro que me torra a paciência é o tal Wadih Damous, com os olhos esbugalhados qual um sapo atropelado, apoplético, cheio de empáfia, e acusa que no Relatório “não se ouve a voz da Defesa”. Está precisando fazer um exame de audiometria, está completamente mouco, uma vez que o Relatório, da primeira à última palavra, se esmera em demolir, ítem por ítem, os frouxos argumentos apresentados pela tal Defesa.
Outro que me torra a paciência é o tal Wadih Damous, com os olhos esbugalhados qual um sapo atropelado, apoplético, cheio de empáfia, e acusa que no Relatório “não se ouve a voz da Defesa”. Está precisando fazer um exame de audiometria, está completamente mouco, uma vez que o Relatório, da primeira à última palavra, se esmera em demolir, ítem por ítem, os frouxos argumentos apresentados pela tal Defesa.
Queria o que? Que o Jovair
Arantes escrevesse “não vai ter golpe”, ou ainda “impeachment sem crime
é golpe”? Sim, porque as razões da Defesa se resumem a tentar demonstrar que
crime não é crime, e que os seus antecessores cometeram o mesmo atropelo à lei.
A ser verdade (e não é) o fato do crime supostamente ter sido cometido pelo FHC
e o Lula não a exime de culpa, pelo contrário, se ela sabia disso e não
denunciou cometeu outro crime: Prevaricação!
Last but not least, a
doce Letícia Sabatella assoma ao proscênio, e do alto de sua sapiência política
proclama uma sentença teatral: “Estão
querendo destituir a Presidenta Dilma, não pelos seus erros, mas por seus
acertos”.
Tchan-tchan-tchan-tchaaaaaaannnn!
Essa eu não vou nem comentar, digo apenas: Minha querida Letícia, você, como
Cientista Política, é uma excelente e bela atriz de teatro.
IMPEACHMENT JÁ !!!
IMPEACHMENT JÁ !!!
COMENTÁRIOS:
1. Louve-se
a lucidez do articulista quando diz: “Está ficando cada dia mais cansativo,
insuportável até, ler o noticiário político.”
Geraldo
Jesuino.
2. De fato, apear Dilma Roussef da Presidência da República não vai resolver a crise sem precedentes em que ela nos meteu, assim como, comparando mal, prender o assassino não devolve a vida à sua vítima.
Tirar essa senhora do Palácio do Planalto, lhe tomando a “caneta”, entretanto, além do efeito punitivo e pedagógico, é medida imperativa para estancar os desmandos que nos empurraram para o pântano, e um primeiro passo para restaurar a economia.
Sim, porque a credibilidade e a confiança dos investidores são essenciais para as finanças do País – tanto assim que meras esperanças de que o Governo vai cair já se refletem na melhoria dos índices econômicos.
Michel Temer, por seu turno, para o papel de salvador da pátria, sofre justas restrições institucionais, por pertencer ao partido que na verdade é um grande bloco político tradicionalmente marcado pelo agudo oportunismo.
Dessa agremiação desfrutam de posição destacada figuras patibulares como Renan Calheiros, Eduardo Cunha e, com licença da palavra, Romero Jucá, dentre outros de peçonha menos tóxica.
Até porque todo esse povo esteve até bem pouco tempo aliado ao Governo, como um grupo de hienas dividindo com as feras petistas os despojos da Nação.
Porém, pessoalmente, nada se pode dizer contra Michel Temer, que tem longa experiência administrativa sem protagonizar escândalos, e é de fato um jurista importante, com livros publicados sobre doutrina do Direito.
Tem cultura humanística, postura de estadista, sabe falar e escrever (diferentemente de seus eventuais antecessores), e reúne ainda a virtude do bom articulador. E para sair deste fosso político em que o PT vai nos deixar, quem suceder a Dilma vai ter que se superar como conciliador.
Quando Barack Obama se elegeu eu temi que o seu eventual fracasso fosse reforçar os argumentos perversos da odienta Ku Klux Klan, em detrimento de todos nós que combatemos o preconceito de raça e defendemos as causas africanas. Pelo contrário, Obama terminou por abonar a tese científica de que talvez Jesus Cristo realmente fosse negro.
Dilma Rousseff, ao contrário, presta um imenso desserviço à causa feminista, já que sendo a primeira dama a ser presidente fracassou completamente. Lamentável! E não estão com ela as grandes mulheres brasileiras – Nélida Piñon, Fernanda Montenegro, Ellen Gracie, Ana Amélia Lemos, Bibi Ferreira, Adélia Prado... Ah! Está com Dilma uma certa Letícia Sabatella. Mas quem é Letícia Sabatella?
Reginaldo Vasconcelos
Louve-se a lucidez do articulista quando diz:"Está ficando cada dia mais cansativo, insuportável até, ler o noticiário político."
ResponderExcluirLouve-se a lucidez do articulista quando diz:"Está ficando cada dia mais cansativo, insuportável até, ler o noticiário político."
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