domingo, 17 de abril de 2016

CRÔNICA - Os Dentes da Dilma (HE)


OS DENTES DA DILMA
Humberto Ellery


Assistindo ao discurso da Presidente Dilma, lá no bunker que ela montou no Palácio do Planalto, onde pretende resistir ao avanço irresistível das “tropas” da nossa Constituição Federal que chegam para apeá-la do Poder, que ela conspurcou, pude observar detalhes que me deixaram atônito.

Enquanto ela falava era nítido o que se passava no recôndito de sua aguerrida personalidade, seu tão decantado “coração valente”. Seu rosto contraído demonstrava que todos os músculos faciais estavam submetidos a um esforço ingente, o que tornava suas expressões faciais num rictus medonho, suas tentativas de exibir no rosto um certo ar superior, arrogante, transformavam-se num esgar ameaçador, sua voz esganiçada, escandindo as sílabas estridulava, ecoando nas paredes do Palácio como se fossem projéteis ricocheteando assustadores, realçando que suas fibras musculares da laringe também estavam submetidas a um intenso stress.

Mas o que chamou mais a minha atenção foram seus dentes. Enormes, ameaçadores, pareciam querer saltar da boca direto na jugular dos inimigos, os conspiradores, os “golpistas”, que ela enxerga em todos nós. Foi inevitável lembrar-me de uma situação constrangedora pela qual passei um certo dia.

Inadvertidamente entrei com meu carro em um terreno que era “propriedade” de um cachorro enorme e feroz. O animal, defendendo seu território, avançou sobre meu carro e tentou me morder através do vidro que, graças a Deus, estava fechado. Mas pude ver bem de perto aqueles dentões ferozes deslizando sobre o vidro, babando e rugindo a poucos centímetros do meu rosto. Assustador.

Na mesma reunião em Palácio, a Louca do Planalto assistiu impassível a dois bate-paus, um tal Aristides da CONTAG e um Manuel Conceição da FNL, praticarem Crimes de incitação e apologia ao crime (arts. 286 e 287 do Código Penal) quando anunciaram que vão invadir gabinetes, residências e demais propriedades dos parlamentares que se atreverem a votar a favor do Impeachment. 

A reação da criminosa foi abraçar e beijar os dois parceiros ao final de suas falas, respaldando e incentivando o cometimento dos crimes. Inacreditável!

Sei que almas mais sensíveis que me leem (minha filha Laila, por exemplo), ficarão chocadas pela analogia que fiz entre Dilma Rousseff e um cão furioso. Concordo com elas. Acho que devo um pedido de desculpas. Aos cachorros, é claro!



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