O GATO COMEU
Reginaldo Vasconcelos*
O bichano chamado petê se adonou do Estado
Brasileiro, faz 12 anos, e tem feito gato e sapato com a Nação. Em vez de guardar a
despensa da casa, zelando pela subsistência da família brasileira, o petê
distribuiu os víveres nacionais a outros gatunos, e chamou para a festa um exército
de ratazanas, do Brasil e de além-fronteiras.
Agora o queijo acabou, findou o mel, esgotou-se a farinha, e a casa está à míngua, para sobreviver a
pão e água. Aliás, o pão já é pouco, e a água está no fim. Agora o petê pede ao
povo da casa que se sacrifique para suportar a grande penúria, e para que se possam adquirir
novos mantimentos com urgência.
Como era de esperar, antes de empreender
esforço ingente para recuperar suas provisões, grande parte das pessoas quer mais é atirar o pau no gato, em vez de atender aos seus apelos para roubar ficar roubando. Enquanto isso, quatro gatos pingados saem nos muros em apoio ao
companheiro, que culpa as suas vítimas pela crise que causou.
Os gatos têm sete vidas, e o petê já
sobreviveu quatro vezes às suas peripécias arriscadas. Da última vez deu o pulo
do gato, miando falsamente, enterrando sujeira, e enchendo de areia as
embalagens saqueadas. Enganou de novo, continuou roubando, e as pessoas agora
estão com um olho no peixe, outro no gato, um olho no gato, outro no prato. E,
a propósito, cadê o bolinho que estava aqui?
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