SEPULTAMENTO DA POESIA
J. Udine Vasconcelos*
No sinistro e vetusto cemitério,
(Sob o sol inclemente do meio-dia),
Vi um cortejo fúnebre e sério
Levar ao túmulo a imortal Poesia...
O velho aedo dormia, profundamente,
Sob suaves acordes do violino...
Seu estro mudo, frio e silente,
Ali selava o término de um destino...
Ao vê-lo posto, ali, na cova escura,
Senti como os demais, dor e amargura,
O findar de notável Poesia...
Porém depois, caindo no real,
Já penso que o Poeta é imortal,
Por seu legado lírico, à luz do dia...
11-10-2014
*J. Udine Vasconcelos
Poeta e Escritor
Membro da União Brasileira de Trovadores
Homenagem póstuma a Artur Eduardo
Benevides
O Príncipe dos Poetas Cearenses
Y1923 †2014
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