quinta-feira, 19 de novembro de 2015

NOTAS JORNALÍSTICAS - Três Temas (RV)


TRÊS TEMAS ATUAIS
Reginaldo Vasconcelos*


UM TEMA LOCAL:  
A SEGURANÇA PÚBLICA NO CEARÁ

Por mais competentes e obstinados sejam os policiais do Ceará, tendo à frete o Secretário de Segurança, Delci Teixeira, e o Delegado Geral, Andrade Júnior, profissionais dedicadíssimos, gente da melhor qualidade, os índices de criminalidade no Ceará são elevados.

A legislação penal brasileira não ajuda, enquanto o sistema prisional de todo o País está falido – já sendo muita coisa estarem crescendo menos os índices de violência no nosso Estado atualmente, segundo as últimas estatísticas.

Não bastasse o péssimo exemplo que vem lá de cima, com criminosos de todos os matizes compondo as elites empresariais e políticas nacionais, temos ainda uma visão distorcida sobre direitos humanos e sobre liberdades civis, por peculiaridade da cultura cordial do brasileiro.

Nos Estados Unidos e na Europa quem ameaça a incolumidade pública e a vida de inocentes pode ser abatido pela polícia incontinenti. Aqui, atiradores de elite não são autorizados a alvejar um sequestrador, até que ele mate a sua vítima, como tem acontecido tantas vezes no Brasil.

Essa visão bonançosa brasileira desequilibra totalmente as forças de repressão estatal, em face dos criminosos contumazes, que, protegidos pela tolerância da lei, jogam com as chuteiras da delinquência sem regras nem tréguas, contra agentes obrigados a jogar descalçados da necessária energia, pelas limitações das normas legais irrealistas.

Depois, sabe-se que não adianta prender ladrões a granel, inclusive em flagrante, porque estes em pouco tempo estarão nas ruas para voltar a delinquir, pois a lei processual permite que respondam ao processo longamente em liberdade – até porque não se tem mais onde manter tanto bandido encarcerado. A polícia prende, e Justiça solta, observa o senso comum, quando parece mesmo que os policiais enxugam gelo. 

Na verdade, delinquente serial notório e profissional da violência não deveria gozar de presunção de inocência, mas ser imediatamente segregado, em nome da proteção da sociedade, até que estivesse socializável novamente – sem as prerrogativas da liberdade provisória, ou condicional, da progressão de regime, das ínfimas dosimetrias penais que a lei permite.


UM TEMA NACIONAL:
VETOS PRESIDENCIAIS À "PAUTA BOMBA"

Não há dúvida de que, diante da profunda crise em que o Brasil está atolado, não pode haver aumentos salariais de servidores públicos, nem ajuste de proventos e benefícios previdenciários, pela mesma razão que o soldado do Forte Schoonenborch apresentou para não ter deflagrado o tiro de canhão que lhe ordenaram realizar, ao vislumbrar um mastro de navio no horizonte: "Não temos pólvora". 

Mas acontece que, como todos sabemos, esta crise atual foi provocada por incúria, administração ruinosa, e até ilícitos praticados pelo  mesmo governo que agora pede sacrifícios ao povo para superar a penúria da economia nacional. É claro que se a Presidente Dilma renunciasse ou fosse constitucionalmente afastada pelo processo de impeachment, as pessoas teriam o necessário estoicismo para enfrentar o sofrimento financeiro que a situação lhes impõe, em apoio a um eventual governo que não estivesse na causa dos problemas.


UM TEMA INTERNACIONAL: 
TERCEIRA GUERRA MUNDIAL

Conforme considerou o Papa Francisco, o mundo realmente está em guerra novamente – mas não uma guerra mundial regular, entre nações constituídas. A guerra que a humanidade toda enfrenta no momento é contra um único adversário: É uma guerra contra o demônio.

Satã logrou convencer um grupo étnico médio oriental de que nas santas escrituras do Alcorão Deus, por meio do profeta, manda atacar os países e trucidar as pessoas que não sigam os rígidos ditames morais do islamismo, considerando infiéis as mais inocentes criaturas humanas que pertençam a outras raças e a crenças diferentes.

Com isso o maligno tem provocado e vai ainda causar grande sofrimento mundo afora, de ambos os lados do conflito, repristinando o obscurantismo civilizatório do medievo e da antiguidade, quando a barbárie campeava.

É muito difícil combater o terrorismo sem grande carnificina, mormente este praticado por fundamentalistas religiosos, em que os militantes não prezam a própria vida, crentes em paraísos místicos no além-túmulo, com delícias hedonísticas para quem morrer em estado de graça, no exercício da sua pretensa gerra santa.

Mas, de toda sorte, porquanto possa produzir grandes estragos e muita injustiça, quem adota o terrorismo suicida não pode vencer guerra nenhuma – pelos próprios fundamentos bélicos historicamente  consagrados. O dever de sobreviver do combatente antecede a missão de atacar o inimigo, pois jamais um exército de mártires pode vencer uma batalha.

Enfim, nenhuma religião ou ideologia prospera senão pela persuasão e o proselitismo, pelo amor e pelo exemplo. Por outro lado, nenhuma causa política obtém a vitória sacrificando deliberada e sistematicamente os seus heróis.

           

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