sábado, 14 de novembro de 2015

NOTA ACADÊMICA - Fórum de Debates



FÓRUM de DEBATES


O 2º Fórum de Debates Sobre Democracia e Manifestações Populares no Brasil, promovido pela ACLJ, ocorreu na noite desta sexta-feira (dia 13), no auditório A-4 da Unifor.

A mesa de debatedores foi composta pelo Prof. Dr. Rui Martinho Rodrigues, Presidente Emérito da ACLJ, o Vereador Acrísio Sena, representando o Governador do Estado,  e os acadêmicos Reginaldo Vasconcelos, João Pedro Gurgel, Humberto Ellery e Alfredo Marques Sobrinho.
As discussões versaram principalmente em torno da crise moral, política e financeira que vive o País atualmente, e sobre as contradições que a nossa “democracia representativa” tem suscitado atualmente.

Democraticamente eleitos todos os integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo, todavia não há no horizonte político nenhum líder capaz de catalisar a confiança do eleitor, ante a desilusão com a esquerda no poder, bem como do vácuo verificado na direita, que faz uma tíbia oposição. 

O País se encontra à deriva, sem efetiva governança, vivendo o impasse entre o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a Presidente da República, Dilma Rousseff, acorrentados um ao outro moralmente, momentaneamente impossibilitados de baixar a guarda, mas também impedidos de romper as hostilidades.  

Ele tem a atribuição de decidir sobre os pedidos de impeachment da Sra. Presidente, a qual teve as contas reprovadas por ter produzidos falsos balanços em 2014 e por ter ferido a Lei de Responsabilidade Fiscal, estando ele mesmo sofrendo acusações de indecoro parlamentar e de corrupção, o que ameaça a sua legitimidade para presidir a Casa, e periclita inclusive o seu mandato, a depender dos próceres do Governo para evitar a sua fritura política iminente.

Constatou-se, enfim, que a Nação vive um estado de perplexidade geral, com os defensores do Governo impossibilitados de negar o caos que já se instalou e se aprofunda, após 13 anos de hegemonia administrativa da esquerda, e os seus opositores indignados, mas sem ter um nome para defender com efetiva confiança, de modo que ninguém consegue enxergar nenhuma luz no fim do túnel.

Debateu-se ainda sobre o súbito e inexplicável emudecimento da direita e da imprensa sobre as manifestações de rua que haviam sido marcadas para domingo, dia 15, o que aparentemente as esvaziará,  aprofundando a sensação de ataxia popular.


Mas os debates não foram ainda conclusivos porque tiveram que ser interrompidos, em razão do jogo de futebol entre Brasil e Argentina, emergencialmente remarcado para aquela mesma noite, tendo em vista a enxurrada acontecida sobre o estádio na noite anterior – bem como pelos atentados terroristas deflagrados contra Paris naquele horário, que os debatedores se animaram a acompanhar. 

Sendo assim, concertou-se com os presentes a continuação do debate em dia próximo, em data a ser acertada com a Reitoria da Unifor, a ser amplamente divulgada.  Na foto, o grupo de acadêmicos da ACLJ e da Unifor que participaram mais ativamente dos debates.

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