FÓRUM de DEBATES
O 2º Fórum de Debates Sobre
Democracia e Manifestações Populares no Brasil, promovido pela ACLJ, ocorreu na
noite desta sexta-feira (dia 13), no auditório A-4 da Unifor.
A mesa de debatedores foi composta
pelo Prof. Dr. Rui Martinho Rodrigues, Presidente Emérito da ACLJ, o Vereador
Acrísio Sena, representando o Governador do Estado, e os acadêmicos Reginaldo Vasconcelos, João
Pedro Gurgel, Humberto Ellery e Alfredo Marques Sobrinho.
As discussões versaram
principalmente em torno da crise moral, política e financeira que vive o País
atualmente, e sobre as contradições que a nossa “democracia representativa” tem
suscitado atualmente.
Democraticamente eleitos todos
os integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo, todavia não há no horizonte
político nenhum líder capaz de catalisar a confiança do eleitor, ante a
desilusão com a esquerda no poder, bem como do vácuo verificado na direita, que
faz uma tíbia oposição.
O País se encontra à deriva, sem efetiva governança, vivendo o impasse entre o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a Presidente da República, Dilma Rousseff, acorrentados um ao outro moralmente, momentaneamente impossibilitados de baixar a guarda, mas também impedidos de romper as hostilidades.
O País se encontra à deriva, sem efetiva governança, vivendo o impasse entre o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a Presidente da República, Dilma Rousseff, acorrentados um ao outro moralmente, momentaneamente impossibilitados de baixar a guarda, mas também impedidos de romper as hostilidades.
Ele tem a atribuição de
decidir sobre os pedidos de impeachment
da Sra. Presidente, a qual teve as contas reprovadas por ter produzidos falsos
balanços em 2014 e por ter ferido a Lei de Responsabilidade Fiscal, estando ele
mesmo sofrendo acusações de indecoro parlamentar e de corrupção, o que ameaça a
sua legitimidade para presidir a Casa, e periclita inclusive o seu mandato, a depender
dos próceres do Governo para evitar a sua fritura política iminente.
Constatou-se, enfim, que a Nação
vive um estado de perplexidade geral, com os defensores do Governo
impossibilitados de negar o caos que já se instalou e se aprofunda, após 13
anos de hegemonia administrativa da esquerda, e os seus opositores indignados,
mas sem ter um nome para defender com efetiva confiança, de modo que ninguém consegue
enxergar nenhuma luz no fim do túnel.
Debateu-se ainda sobre o
súbito e inexplicável emudecimento da direita e da imprensa sobre as
manifestações de rua que haviam sido marcadas para domingo, dia 15, o que
aparentemente as esvaziará, aprofundando
a sensação de ataxia popular.
Mas os debates não foram ainda
conclusivos porque tiveram que ser interrompidos, em razão do jogo de futebol
entre Brasil e Argentina, emergencialmente remarcado para aquela mesma noite, tendo
em vista a enxurrada acontecida sobre o estádio na noite anterior – bem como pelos
atentados terroristas deflagrados contra Paris naquele horário, que os
debatedores se animaram a acompanhar.
Sendo assim, concertou-se com
os presentes a continuação do debate em dia próximo, em data a ser acertada com
a Reitoria da Unifor, a ser amplamente divulgada. Na foto, o grupo de acadêmicos da ACLJ e da Unifor que participaram mais ativamente dos debates.
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