Desculpa de biriteiro
Wilson Ibiapina*
Marcelo Ribas é um
mineiro super conhecido, que teve que vender bares e restaurantes para se
dedicar apenas ao cartório que tem o nome dele. Não deu para misturar as duas
coisas. Ribas conta que, quando era dono do Gaff, um recanto brasiliense que
dividia com o Piantela, do Marco Aurélio, a preferência dos políticos, viu num
canto um velho freguês que estava sumido.
Depois dos cumprimentos, o
frequentador do Gaff contou que não andou passando bem e que, a conselho de
amigos, pediu ajuda de um médico. Depois de analisar um monte de exames,
o doutor viu que ele estava bebendo muito, passou uns remédios e o conselho: “Se
você quer viver mais, diminua o consumo de bebidas”.
A receita recomendava: “No
máximo, duas taças de vinho e duas doses de uísque por dia”.
Saiu do consultório achando
que o doutor estava exagerando. Foi em
busca de uma segunda opinião. E o novo médico foi claro: ‘Não exagere, não
passe de duas taças de vinho e duas doses de uísque por dia”.
Parecia perseguição. Saiu e
procurou um terceiro, um quarto médico. Todos com a mesma recomendação.
Marcelo Ribas, que estava
impressionado com a voracidade com que o amigo continuava bebendo, perguntou:
– Oito taças de vinho, oito
doses de uísque, todo dia, você não acha que está bebendo muito?
– Não! Consultei a quatro
médicos. Cada um recomendou duas doses de uísque e duas de vinho. Estou
respeitando a prescrição.
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