domingo, 25 de junho de 2017

RESENHA - Programa Dimensão Total (25.06.17)


PROGRAMA
DIMENSÃO TOTAL
25.06.17



Dimensão Total é um programa radiofônico semanal de debates, do Jornalista Ronald Machado, pela Rádio Assunção Cearense, na sintonia AM 620 ou pela Web, aos domingos, entre 10 e 12 horas, tendo como assistente de estúdio o radialista e produtor executivo Alexandre Maia.



O Jornalista Ronald Machado abriu o programa deste domingo, dia 25 de junho, fazendo uma homenagem aos festejos São João, que decorreram no dia de ontem, fazendo a técnica rodar a canção Aproveita Gente, de Luiz Gonzaga. 

Na sequencia Ronald consultou a mesa sobre a situação política do Presidente Michel Temer. 




A respeito disso, o Delegado de Polícia Federal aposentado Cesar Bertozi, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Nordeste e Secretário da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, falou de suas preocupações, que são as mesmas de sua categoria.

Ele teme que prosperem as evidentes tentativas de enfraquecer a instituição policial, por parte da elite política, toda ela envolvida nas investigações da Operação Lava Jato.

Mas Bertozi se disse um pouco mais tranquilo com o fato de que o grande desgaste público sofrido pelo atual governo vai afastando a possibilidade de que se façam mudanças da direção do Órgão, visando desvirtuar o seu trabalho, que tem total apoio da população. 

Em seguida a advogada e psicanalista Rossana Brasil Copf reclamou da imobilidade da população brasileira nesse momento, que não está indo à ruas protestar contra os atuais descalabros da política.




O segundo tema proposto foi a Parada Gay, que a cada ano se afigura maior, e o Advogado Roberto Pires foi o primeiro a se pronunciar a respeito, defendendo que aceitar a orientação sexual das pessoas seria um sinal de avanço civilizatório da sociedade. 

A Dra. Rossana corroborou esse pensamento, acrescentando que o Ceará seria um dos Estados mais "homofóbicos" da Federação, ao que o Dr. Roberto acrescentou o registro dos casos recentes do espancamento e assassinato de travestir em Fortaleza.

O advogado e economista José Maria Philomeno reforçou a ideia, frisando que as famílias têm aceitado melhor os seus integrantes que eventualmente manifestem comportamento homoxessual, bem como as decisões do Supremo Tribunal Federal a favor do casamento gay, antecipando-se ao Poder Legislativo.

Marcelo Salgado, Professor do Curso de Direito da Unifor, lembrou que a partir dos anos 80 a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexalidade do rol das doenças, até então considerada transtorno mental. E que, por conta disso, a partir do Código Internacional de Doenças nº 10 (CID-10), os gays começaram a ter direitos reconhecidos. 

Voltando ao tema político, José Maria Philomeno comentou a diferença que ainda se pode estabelecer entre os governos Dilma e Temer, pois aquela, quando sofreu o impeachment, não contava mais com base parlamentar, enquanto este ainda tem alguma força no Congresso, que lhe dá um mínimo de sustentação, apoiadores dos quais deverá ficar refém até 2018, pressionado a fazer negociatas.

O Prof. Marcelo se manifestou descrente de que Temer alcance o final do seu mantado tampão, tendo em vistar ter mentido, o que estaria muito bem configurado nas gravações de Wesley Batista, e que tem tido derrotas no Congresso em relação às reformas que tenda empreender. 

José Maria fez o interessante comentário de que o desejo da população seria dar um reset em todo o mundo político brasileiro, e em toda a legislação, para reformatar a República, como se faz com um computador irremediavelmente infectado e corrompido. 

O jurista Djalma Pinto acrescentou que o Brasil formou uma geração de predadores do dinheiro público, infiltrados em todos os partidos  políticos, e apontou os tais dos marqueteiros como uma das grandes pragas das campanhas eleitorais. 

A propósito disso, Marcelo apresentou os números de uma pesquisa que fez sobre os valores vultosos destinados a agencias de publicidade pelos principais candidatos a prefeito de Fortaleza nas última eleições, o derrotado Capitão Wagner e o Vitorioso Roberto Cláudio. José Maria lembrou que o Senador Romero Juca tem um projeto de Emenda Constitucional para a criação de um fundo eleitoral, visando tirar dinheiro do erário para as campanhas.

Por telefone, o radialista Vicente Alencar se reportou sobre o Ministro Armando Falcão, político cearense que gozou de grande poder durante os governos militares, que teria instituído a propaganda política no rádio e na televisão, que hoje é instrumento da enganação que envolve as massas. 

Em seguida, na mesma ligação telefônica, Vicente louvou a Assembleia Geral Extraordinária em que foi outorgada a Comenda Benemérito Ivens Dias Branco a cinco radialistas cearenses, que tinham a honra da audiência do paraninfo da Comenda – Paulo Oliveira, Tom Barros, Moreira Brito, Roberto Ribeiro e o próprio Vicente Alencar.



José Maria Philomeno, que compareceu à solenidade, corroborou as palavras de Vicente Alencar, enquanto Djalma Pinto, que também é Membro Titular da ACLJ, manifestou congratulações aos agraciados, notadamente Tom Barros, que foi seu colega de faculdade. Roberto Pires, por seu turno, lembrou que Ronald Machado também já foi alvo de homenagem pela ACLJ, em outra oportunidade, no seu caso o título de Mérito Jornalístico, na categoria "Veteranos".



Rossana Copf, que pertence à Comissão de Políticas Contra as Drogas da OAB, protestou contra a festa de São João promovida este ano pela "Nova CAACE", que é a caixa de previdência dos advogados, a qual teve patrocínio de marcas de bebidas, o que seria um contrassenso, em se tratando de instituição dedicada à saúde. E indagou a opinião da mesa a respeito.

Marcelo começou dizendo que não reconhece esse epíteto de "nova", quando a CAACE é uma sigla exata do nome constante nos seus estatutos, e portanto não pode adotar apelidos com finalidade eleitoral, visando a campanha para a presidência da entidade. E reforçou o entendimento de que não poderia ter o seu nome relacionado a uma marca de bebida alcoólica, por meio de patrocínio, a que José Maria também tachou de antiético. Roberto Pires também considerou inadmissível esse patrocínio.

Por fim se comentou, com ampla participação da mesa, a deflagração antecipada da campanha eleitoral de 2018, no momento em que o Brasil não consegue enxergar o horizonte do que poderá ocorrer na política já no dia seguinte, muito menos na semana que vem, que se dirá no próximo ano.  

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