A LAVOURA E A POESIA
Reginaldo Vasconcelos*
Na imagem, o acadêmico Paulo Ximenes, preparado para torcer pelo Brasil no jogo contra a Croácia. Poeta e agrônomo, o confrade nunca confunde a lavoura com a poesia.
Ele não concorda com os desmandos do Governo, mas diz que é
patriota antes de tudo, e portanto aderiu à corrente “VAI TER COPA” e deseja
ardentemente que o Brasil alcance o hexa.
O poeta torcedor está ladeado na foto por dois antigos
tipos populares da Capital do Ceará, da série “Flanêurs de Fortaleza”, pinturas
em acrílico de Reginaldo Vasconcelos, este cronista que vos fala.
Do lado esquerdo do poeta, olhando de esgueira, o velho Feijão-Sem-Banha,
recolhedor e acumulador de quinquilharias, morador do Castelo do Plácido nas
décadas de 60/70 do Século XX, prédio histórico abandonado na Aldeota, hoje
demolido.
À direita do modelo, Chagas dos Carneiros, um cego monarquista
que treinava e tingia a lã de dois borregos, os quais dançavam ao compasso das
batidas do cajado de seu mestre, e faziam outras gracinhas. Chagas foi contemporâneo
do Império, e nunca se conformou com a proclamação da República.
*Reginaldo Vasconcelos
Advogado e Jornalista
Titular da Cadeira de nº 20 da ACLJ
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