quinta-feira, 19 de junho de 2014

CRÔNICA (RKGC)

AVIDEZ POR LIVROS
Régis Kennedy Gondim Cruz*

Bendito o que semeia livros a mancheia.  E manda o povo pensar! (Antônio Frederico de CASTRO ALVES).

CAETANO Emanuel Viana Teles VELOSO, em uma de suas belas canções, intitulada Língua, teve a felicidade de, em certo trecho, exprimir a alegria sentida quando sua língua “roçava a Língua de Luís de Camões”.

Ora, como bom nordestino, sobretudo cearense, ouso parafrasear o Artista baiano, ao dizer do deleite experimentado, no ensejo em que acrescento ao meu frugal vocabulário termos recobrados e reinseridos no vernáculo português pelo eterno pescador dos diamantes vocabulares, Vianney Mesquita, apreciado redator nesse blog. São verbos e nomes (substantivos e adjetivos) a concederem graça, beleza e, em especial, diversidade aos seus escritos, cuja leitura é procedida pelos mais distintos leitores.

Não raro, em suas sempre surpreendentes composições literárias em diversificados gêneros, seu público ledor depara unidades de ideias – palavras e expressões – de abrangência e significados incomensuráveis, mas que, exatamente em razão da aparente complexidade dos termos, como se não houvesse dicionários e outros livros de referência, são preguiçosamente deixados de fora, conquanto, muitas vezes, lembrados e, lamentavelmente, evitados.

Escrever bem solicita amor e entrega, como na oportunidade em que a pessoa gera um filho.

Vianney Mesquita, ao fazê-lo, dedica-se plenamente ao que executa, pois sabe que livros são objetos transcendentes, capazes de serenar o corpo e ascender o espírito anímico, pacientando, então, a alma.

Suas matérias periódicas, no entanto, não me bastam, pois padeço da monstruosa sombra da gula por alimento escrito.

Portanto, Professor, livros a mancheia...
*Régis Kennedy Gondim Cruz 
Docente da rede pública estadual do Ceará e 
municipal de Fortaleza


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