Hinos de instituições
e de países têm sempre letras ufanistas, com expressões de exagerada devoção,
como um roteiro de videoclipe, com recortes sobre a história e o ambiente
físico da entidade exaltada, bem como a valentia do universo humano que ela
contém.
Esse esforço de
colocar em alguns minutos de fala cantada todo o espírito de um determinado grupo
humano, ou de determinada latitude do Planeta, não raro produz uma espécie de “samba do
crioulo doido”.
O hino da ACLJ, por
exemplo, refere inicialmente à Grécia Antiga, berço da cultura clássica
ocidental, de onde advém a palavra “academia” e o espírito acadêmico (Platão - 387 a.C.).
Em seguida o nosso
hino alude ao iluminismo europeu, mais centralizado na França do Século XVIII,
onde nasceram as primeiras confrarias literárias, e já faz um link para a Academia Cearense de Letras –
a primeira do Brasil, concluindo o roteiro com o advento da ACLJ.
Os hinos nacionais,
recorrentemente, falam em “inimigos”, muitos deles aludem à morte, ao sangue,
ao medo, à vitória, à liberdade, cada um deles empenhado em destacar a valentia
e as glórias do povo e as belezas do território, com inspiração nos conflitos
da colonização, e no espírito da Revolução Francesa.

E a letra do hino
brasileiro, composto pelo escritor e poeta fluminense Joaquim Osório Duque-Estrada,
não foge a esse padrão. Vai abaixo a essência do que expressa o autor,
desfeitas as inversões e gongorismos, exame oportuno nesse tempo de campeonato
mundial no Brasil, em que a plateia nacional resolveu cantar à capela, até o
fim, o nosso panegírico oficial.
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A amada pátria
Brasileira é uma boa mãe, e por isso ela é adorada pelos seus
nacionais, mais que todas as outras nações do mundo. O Brasil brilha no centro
da América, com sua bela natureza, seu mar e seu céu, iluminado pelo sol do
novo continente americano.

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