quinta-feira, 19 de julho de 2018

SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - (MC)


Honoré de Balzac
Márcio Catunda*

[...]
C ada qual a espedir a fantasia

A ssim, ao debruar este Poeta.

T al como a virtuose de um esteta

U ngido sempre d’egéria fecunda,

N ão aludo, senão a um exegeta

D ’alma a dimensão de uma dieta

A ssente estável em Márcio Catunda.

(Vianney Mesquita, Acróstico para um
Diplomata do Verso).



Balzac é comparável aos Titãs
Tomado de ambição árdua, ferrenha,
Em Paris, no Salão das Cortesãs,
A buscar a riqueza ele se empenha.

Se a Marquesa nas noites o desdenha,
A Condessa o corteja nas manhãs.
Uma mina de prata na Sardenha
Foi delírio entre seus doidos afãs.

As despesas e uma dívida imensa
Foram objeto da Comédia Humana
Tudo aportou em Hanska, a ucraniana.

Ele a quis como extrema recompensa
Dezesseis anos tarda a espera insana
E morte o surpreendeu na luta intensa.


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