sexta-feira, 6 de março de 2020

CRÔNICA - Reverência Poética (HE)


REVERÊNCIA
POÉTICA
Humberto Ellery*


Acabo de ler neste blog da nossa Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ) o poema “Diafragma”, da queridíssima, amicíssima, poetisíssima (todos os superlativos lhe são pouquíssimos) Alana Girão de Alencar. A tentação de fazer um comentário exaltando tanta beleza poética foi enorme.

Mas, então, lembrei, d´O Poema, do Mário Quintana:

O POEMA
Uma formiguinha atravessa, em diagonal,
a página ainda em branco.
Mas ele, aquela noite, não escreveu nada.
Para quê?
Se por ali já havia passado
o frêmito e o mistério da vida...

Então quedei mudo, enlevado. Dizer o quê? O quê dizer diante d´o verbo hediondo da saudade, que sobrevive ao cárcere da ausência?

Com certeza a Alana subiu ao monte Hélicon, e na companhia de Érato bebeu das fontes Aganipe e Hipocrene (espero que ela, um dia, me ensine o caminho).

Dizer o quê? Falar o quê? Escrever o quê?
Minha queridíssima Alana, reverentemente, beijo-lhe as mãos.


COMENTÁRIO


Humberto Ellery tem a dádiva dos deuses todos, de saber traduzir em palavras a beleza que o habita, de transmitir o encanto e o fascínio do mundo. Seu comentário é uma epifania epistemológica.

De fato, concordo com o seu texto, porque Alana sabe, em todos os sentidos, fazer poesia; em tudo se faz poesia. Ela é o significado mais profundo do termo poesia.
Júlio César

.....................................................................

Agradecidíssima (rs) ao confrade Ellery, pelos superlativos todos... e pela sua extraordinária delicadeza em comentar o poema Diafragma.
Alana Alencar

.....................................................................

Observador constante do dom poético desta confreira, resumi num poema a minha admiração e encanto pela sua interminável poesia. Intitulei-o de Falcão Peregrino, e o apresentarei neste blog amanhã.

Paulo Ximenes


.....................................................................

Quando indiquei Alana para uma das cadeiras da nossa academia, já sabia que, ela e sua poesia, marcariam muito algumas pessoas! A poesia da Alana é um "soco bom" na boca do estômago da alma! E desperta maravilhas como esse texto do querido Ellery!
Karla Karenina


5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Humberto Ellery tem a dádiva dos deuses todos de saber traduzir em palavras a beleza que o habita, de transmitir o encanto e fascínio do mundo, seu comentário é uma epifânica epistemologia. De fato, concordo com o seu texto, porque Alana sabe em todos os sentidos faz poesia, em tudo se faz poesia. Ela é o significado mais profundo do termo poesia.

    ResponderExcluir

  3. Agradecidíssima (rs) pelos superlativos todos... e pela tua extraordinária delicadeza em comentar o poema Diafragma.


    Alana Alencar

    ResponderExcluir
  4. Observador constante do dom poético desta confreira, resumi num poema a minha admiração e encanto pela sua interminável poesia. Intitulei-o de Falcão Peregrino, e o apresentarei neste blog amanhã.

    ResponderExcluir
  5. Quando indiquei Alana para uma das cadeiras da nossa academia, já sabia que, ela e sua poesia, marcariam muito algumas pessoas! A poesia da Alana é um sôco bom na boca do estômago da alma! E desperta maravilhas como esse texto do querido Ellery!

    ResponderExcluir