domingo, 29 de março de 2020

CRÔNICA - Estádio Presidente Vargas (CE)


Estádio
Presidente Vargas:
Vida e Morte.
Costa Eleuterio*
(Ao poeta Vicente Alencar)


Em 14 de setembro de 1941, foi inaugurado o Estádio Presidente Vargas, situado em Fortaleza, no bairro da Gentilândia, em homenagem, claro, ao chamado “Pai dos Pobres”. Uma semana depois, a bola rolou, com um jogo interestadual: Ferroviário Atlético Clube versus  Tramways.

Resultado final da partida: Um a zero, gol do atleta, Chinês, um paraibano oriundo de Pernambuco. Assim, o sopro vital instalou-se, o gol, ofertado por um “chinês!”. Coisas do futebol”, rico em enigmas. Por um longo período o amoroso PV serviu de palco para memoráveis jornadas.

Em 11 de novembro de 1973 foi inaugurado o Estádio Castelão,  o “gigante do Mata-Galinha”, no governo de César Cals de Oliveira Filho, com o jogo entre Ceará Sporting Club versus Fortaleza Esporte Clube. Resultado do confronto: um insosso zero a zero. Muitas águas rolaram desde então.

Querido e velho amigo PV, vejo-te nestes ásperos dias, subindo no cadafalso, altaneiro, como os grandes mártires e heróis da História. 

Lá no inicio – 1941 – um “chinês”, com um gol de cabeça te deu o sopro vital! Hoje um outro “chinês”  – 2020 – um vírus enjoado e traiçoeiro, tira teu direito à vida!


Ecce homo,  ditam os fariseus. Consummatum  est. Fazer o quê? É a vida! É a morte!

Perdão, amigo PV. Fica minha gratidão pelos mágicos  momentos que curtimos juntos ao longo de meio século de existência.

E fica meu grito solto no ar: 

Aí é Ferrim,  meu filho!



Nenhum comentário:

Postar um comentário