Estádio
Presidente
Vargas:
Vida e Morte.
Costa Eleuterio*
(Ao poeta Vicente Alencar)
Em 14 de setembro de 1941,
foi inaugurado o Estádio Presidente Vargas, situado em Fortaleza, no
bairro da Gentilândia, em homenagem, claro, ao chamado “Pai dos Pobres”.
Uma semana depois, a bola rolou, com um jogo interestadual: Ferroviário
Atlético Clube versus Tramways.
Resultado final da partida: Um a zero, gol do atleta, Chinês, um
paraibano oriundo de Pernambuco. Assim, o sopro vital instalou-se, o gol,
ofertado por um “chinês!”. Coisas do futebol”, rico em enigmas. Por um longo
período o amoroso PV serviu de palco para memoráveis jornadas.
Em 11 de novembro de 1973 foi inaugurado o Estádio Castelão,
o “gigante do Mata-Galinha”, no governo de César Cals de Oliveira Filho, com o jogo
entre Ceará Sporting Club versus
Fortaleza Esporte Clube. Resultado do confronto: um insosso zero a zero. Muitas
águas rolaram desde então.
Querido e velho amigo PV, vejo-te nestes ásperos dias, subindo no
cadafalso, altaneiro, como os grandes mártires e heróis da História.
Lá no inicio – 1941 – um “chinês”, com um gol de cabeça te deu o sopro vital! Hoje um outro “chinês” – 2020 – um vírus enjoado e traiçoeiro, tira teu direito à vida!
Ecce homo, ditam os fariseus. Consummatum
est. Fazer o quê? É a vida! É a morte!
Perdão, amigo PV. Fica minha gratidão pelos mágicos
momentos que curtimos juntos ao longo de meio século de existência.
E fica meu grito solto no ar:
Aí é Ferrim, meu filho!
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