quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

REUNIÃO NA TENDA ÁRABE (26.02.19)

REUNIÃO 
NA 
 TENDA ÁRABE
E MOMENTO LITERÁRIO
DA EMBAIXADA


Na noite da última terça-feira (26.02.2019) reuniram-se na Tenda Árabe os acadêmicos Altino Farias, Reginaldo Vasconcelos, Paulo Ximenes,  Humberto Ellery, Adriano Jorge, Arnaldo Santos, Rui Martinho Rodrigues, Dorian Sampaio Filho e Sávio Queiroz Costa, e como convidado o comendatário da ACLJ Alexandre Maia. Também compunha a mesa o físico cearense Wagner Coelho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, proposto por Adriano Vasconcelos para Membro Correspondente da ACLJ na Capital carioca, e que naquela mesma noite tomaria posse na sua dignidade.

A experiência gastronômica da semana continuou no reino baiano do camarão e do dendê, o velho Vatapá, especialidade do repertório culinário da Família Vasconcelos, executada pelas culinaristas Jô Nogueira e Vólia Sales.

Após servida a ceia, a reunião entrou na sua fase administrativa, em que tomou posse na dignidade de Membro Correspondente na Cidade do Rio de Janeiro o Professor Doutor Wagner Coelho. 


Fala do Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues


Assinatura do Termo de Posse

Assinatura do Termo de Posse
Leitura dos termos do Diploma pelo Proponente

Leitura dos termos do Diploma pelo Proponente

Diploma 
Empossado e Proponente

 Brinde de vinho do Porto


No encerramento da sessão de posse, Wagner Coelho fez a leitura de um texto do seu Patrono Acadêmico, o saudoso artista multifacetado Chico Anysio. Trata-se de uma dissertação composta por palavras iniciadas com a letra "C", de Chico e de Ceará.


“Ceará complicado! Chuva caía contada. Cearense chorava. Caboclo, coitado: chapéu caído, couro curtido, caminhava... Cidade, campo, caatinga, corpos, caveiras, calor. Cadê comida, cadê chuva? Ceará conheceu calamidades! Cai chuva. Chove, chove, chove, conclusão: caem casas, colheitas carregadas, crianças chorando, caboclos correndo, chega! Compensa! Chuva, céu claro, chuva, céu claro. Controlando com camaradagem, com caridade, custa?

Cearense, cabra cavador: chega, conversa, controla, com calma... conquista. Começa caixeiro – comerciário; cresce, cresce, comanditário; cresce, cresce, caixa; cresce, cresce... capitalista! Carteira cheia, com cruzeirinhos cantando! Compra carro colossal – Cadillac; compra casa – castelo; compra concubina – corista; corre capitais, centros culturais, cassinos, cabaréis... Cearenses coronéis!

Cearense casa, casa com cearense. Com cearense carinhosa, caridosa, cavilosa, criadora... Companheira constante, carinho constante, cegonha constante!

Cearense, cabra corajoso! Com casquinha, construída com cinco cacos, cipó carcomido, contorna costa, cruza correntezas, caminha... cação; começa combate: carrega, cruza, consegue. Consegue comida. Calos, cortes, compensam: casas cheias, cangalhas carregadas.

Ceará colosso. Colosso? Como colosso? Ceará continente! Café, cacau, coco, cana, carnaúba, caju, cachaça. Celebridades, citaria cinquenta. Cem celebridades cearenses. Ceará cristão, católico, convicto. Ceará Crato, Crateús, Camocim, Cascavel, Ceará Capistrano, Ceará Cícero. Ceará... Chico”.



Seguiu-se à reunião a sessão de leitura de poesia e de prosa poética, o “Momento Literário da Embaixada da Cachaça”.

Essa prática artística e performática, internacionalmente designada como poetry slam,  nasceu em Chicago, na Green Mill Tavern, em meados dos anos 80, por inciativa do escritor Marc Kelly Smith, disseminando-se por todo o país e depois pela Europa, e por outras partes do mundo. A palavra inglesa slam refere a poesia produzida para ser lida em público.

Roberto Paiva, cliente da casa, sempre presente entre os partícipes, abriu a sessão de leituras. Seguiram-se os oradores Altino Farias, Romeu Duarte, Humberto Ellery, Concita Farias, Paulo Ximenes, Sergio Simonetti, Reginaldo Vasconcelos e Maria de Jesus.








2 comentários:

  1. Parabéns ao confrade Reginaldo pela brilhante cobertura jornalística no nosso blog.

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  2. Parabéns ao Presidente Reginaldo Vasconcelos, bem como a todos os que fazem esse momento de confraternização acontecer. E ainda mais a quem não aparece na fotografia, mas garante os laços invisíveis através da cozinha e do desejo de ir.

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