domingo, 17 de fevereiro de 2019

RESENHA - Observatório - 10.02.19

PROGRAMA OBSERVATÓRIO


A edição deste domingo, 10 de fevereiro, do Programa Observatório, do jornalista Arnaldo Santos, recebeu como entrevistadores o jornalista e advogado Reginaldo Vasconcelos e o professor Francisco Moreira, e como convidada especial a Dra. Lídia Canuto, Diretora da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, um presídio recentemente construído no Município de Aquiraz, na Grande Fortaleza, especialmente para condenados de menor periculosidade e maior vulnerabilidade social, como idosos, travestis, infratores da Lei Maria da Penha e empresários condenados por crimes financeiros.


O tema central foram as peculiaridades do presídio que a Dra. Lídia administra, o qual os demais participantes do programa visitaram recentemente e ficaram muito bem impressionados com o alto nível de civilidade com que os internos são tratados, pagando suas penas em ambiente humanizado, que oferece um clima de higiene e segurança, com oportunidade de trabalhos manuais, seja na horta, seja em oficinas de bordados, bem como atividades intelectuais, na muito bem cuidada biblioteca da Unidade.   

Arnaldo Santos iniciou o debate levantando a questão da atividade "brutalizante" a que agentes prisionais estão submetidos, que no entanto é muito mitigada no Irmã Imelda, tendo em vista a nova filosofia ali implantada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará, posta em prática com grande eficiência pela Dra. Lídia Canuto.

Reginaldo Vasconcelos levantou a hipótese de que o fato de ser dirigido por uma mulher talvez tenha grande influência na harmonia daquele ambiente prisional, tendo em vista a maior sensibilidade feminina, lembrada até mesmo no nome que foi dado àquele presídio, homenageando a Irmã Imelda – uma freira cearense, falecida em 2013 aos 93 anos, a qual formou-se em Direito para dedicar sua vida a trabalhar contra eventuais excessos cometidos contra pessoas condenadas.

A Dra. Lídia Canuto falou de sua experiência exitosa à frente do presídio Irmã Imelda, de sua satisfação vocacional,  na sua  condição de socióloga, com a missão recebida da Secretaria de Administração Penitenciária.  


Francisco Moreira, que foi professor da Dra. Lídia na Faculdade de Sociologia da Universidade de Fortaleza, da qual ele era coordenador, quis saber se os custos financeiros para a instalação e a manutenção de presídios no estilo do Irmã Imelda seria maior do que aqueles dispendidos com penitenciárias comuns, a que a entrevistada respondeu negativamente. Ela acredita que, embora os recursos necessários sejam equivalentes, unidades judiciárias para presos de alta periculosidade necessitem de rotinas mais austeras.

O Observatório, apresentado pelo Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos, titular fundador da ACLJ, vai ao ar todos os domingos, pela TV Fortaleza, canal 6 da Multiplay, às 23 horas, com reprises às segundas e sexta-feiras, às 22 horas. 

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