sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ARTIGO - O Povo Merece (RV)

O POVO MERECE
Reginaldo Vasconcelos*


Os gatos magros da esquerda brasileira assumiram o poder quando da primeira eleição de Lula da Silva, a grande maioria deles adeptos da “ideologia da inveja”. São os esquerdistas fisiológicos, fracassados na vida pessoal que ambicionam a gloria atacando o butim dos abastados.

Mas uma minoria dos esquerdistas estava mesmo imbuída do sonho marxista da plena justiça social, sem pobreza digna nem fortunas pessoais, que era a bandeira de todos eles, cultuando a ideia distorcida e paralógica de que a causa da miséria é a riqueza.

Uma vez no Planalto, a esquerda descobriu que na prática a teoria é diferente: não havia outra maneira de se manter no topo senão  adotando a mentira e a impostura, cooptando a direita impura, formada pelos gatos gordos da corrupção histórica, e com eles continuar enganando o populacho.


Então a esquerda aparelhou todos os estamentos da República com os apaniguados do Governo e montou uma máquina mafiosa para lhes garantir a manutenção dos privilégios, matando a fome felina de seus militantes, engordando assim com cargos gratuitos milhares de bichanos vagabundos, alguns deles eleitos para governos dos Estados – o caso mais emblemático no Distrito Federal, que sob o Petê foi levado à bancarrota.  

O País restou politicamente sequestrado pelo grupo de partidos atrelados ao Petê, formando a sua base de apoio, que então cuidou de sodomizar a cidadania, de sangrar as estatais, de vampirizar as verbas públicas, com incrível desfaçatez, conforme têm evidenciado a grande imprensa, o Ministério Público e a Polícia Federais.

A esquerda manteve o patrimônio eleitoral praticando o mais desvairado assistencialismo popular e promovendo campanhas milionárias alimentadas por verbas desviadas do erário, por meio das empresas públicas, e até do uso direto da máquina administrativa aparelhada, como no caso dos Correios, que se diz  sabotaram correspondência opositora nas campanhas.

Aqueles esquerdistas ideológicos sonhadores, que a princípio acreditavam na salvação da pátria pelo trucidamento das elites ricas e pela promoção de uma hegemônica classe média, esses parece haverem adotado a máxima do Barão de Itararé: “Já que não podemos moralizar a República, locupletemo-nos todos!”.

Da esquerda original sobraram alguns poucos que se aferraram às teorias puristas e deixaram o Petê quando este se revelou prostituído – ou dele foram expungidos – para fundar o Pêssol, que se dividiu depois com a chamada Rede Silva.


Enfim, a esquerda arrogante instalada no poder se divide hoje entre os que sofrem persecução criminal e estão presos e os que continuam pintando o cenário nacional, que é lúgubre e sombrio, com as tintas psicodélicas da ilusão e da mentira.

Agora a Nação virou um caos – inflação de volta, juros e dólar em alta, empregos em baixa, empresas estatais em pandarecos, combustíveis e tarifas subindo de preços, rebaixamento da nota do Brasil nas agências de crédito internacionais, ameaça de falta d’água e de energia por não terem havido os investimentos necessários, orçamento negativo em bilhões de reais, aprovado no Congresso...

O País acéfalo, o ex-presidente da República investigado no Exterior e no Brasil, a presidente atual denunciada como incursa em crimes de responsabilidade, em fundamentado pedido de impecahment, diante de contas flagrantemente reprovadas pelo Tribunal de Contas da União.

Então se instala uma barganha nojenta entre ela e o Presidente da Câmara, também envolvido em denúncias, no sentido de que este rejeitasse a petição pelo seu afastamento, em troca de apoio do partido do governo no Conselho de Ética, em que ele responde por falta de decoro. O acordo naufragou, os deputados do Petê se negaram a proteger o parlamentar no Conselho de Ética, e este enfim recebeu e deu seguimento ao pedido de impeachment.

Aí uma briga de gangues acontece diante das gambiarras da TV, com presidentes de poderes da República, tornados zumbis pela Justiça Federal, atirando lama um contra o outro, em espetáculo lamentável.

Enfim, dias depois do arrombamento da represa de rejeitos da indústria extrativa em Minas Gerais, poluindo o Rio Doce e o mar do Espírito Santo, as barreiras políticas estouram em Brasília e a torrente de rebotalho moral se espraia pelo território nacional.


No caso de Minas, o mídia e o governo gritam contra a mineradora, deslembrados de que aquela empresa dava milhares de empregos e sustentava economicamente a região que vitimou.

Ninguém se adverte de que o destino daquelas represas de sílica, alimentadas ao infinito, era mesmo esse desastre, de modo que aquele barro deveria ter sido objeto de um programa de aproveitamento industrial, quem sabe na fabricação de tijolos e pré-moldados de cerâmica, em vez de se admitir a sua perigosa acumulação ilimitada.

Sobre o desastre no Distrito Federal, por sua vez, o povo se revolta, esquecendo que vota de maneira irresponsável e coloca no Planalto Central o que há de pior na sociedade.

Elegeu um apedeuta amoral para o comando da Nação, e repetiu a dose quando o escândalo do mensalão já explodira. Reincidiu por duas vezes para colocar a faixa presidencial numa falsa heroína, rainha da ninguendade, marcada pela boçalidade em quintessência.

É. O povo brasileiro merece o seu destino.



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