MORRE
EDUARDO CAMPOS
Os indivíduos de qualquer país experimentam as “esquinas do destino” quando ocorre incêndio na empresa com perda total, quando a família fica de repente sem o seu provedor, ou quando um acidente provoca paraplegia ou amputação. Com mais raridade se dá também o que se poderia chamar de “esquina da ventura”, sempre que alguém é beijado inesperadamente pela sorte e pela fortuna.
Os
transtornos graves, súbitos e imprevisíveis, também acontecem a populações
inteiras dos países, quando são eles atingidos por erupções ou terremotos,
males a que o Brasil não está exposto, mercê de sua privilegiada localização
geográfica, em relação a movimentações sísmicas e vulcânicas no subsolo do
Planeta.
Mas,
com a morte de Eduardo Campos, o Brasil acaba de se defrontar com uma
insuspeitada esquina do destino, de que infelizmente não está livre, nos campos do futebol e da política. O
suicídio de Vargas, a morte de Tancredo, a renúncia de Jânio, o Golpe de 64, são
exemplos dessas vertiginosas curvas da sorte, após as quais “nada será como
antes”, com na letra da famosa música de Milton Nascimento.
A
primeira reação é de renitente descrença, de repúdio lógico, diante do inaudito
absurdo e da grande injustiça que o fato representa – a morte do candidato. Saudável, belo, fidalgo, bom
caráter, bem sucedido na vida pública, no ápice da idade produtiva, família jovem
com filho recém-nado, no início da campanha para a Presidência de República,
Eduardo Campos morre de forma trágica, sem risco presumível. Avião
seguro, tripulação de elite, rota regular, céu urbano, lúcida manhã de chuva
leve, aeroporto próximo, nada que indicasse perigo especial.
A ACLJ registra e lança no ar pela rede cibernética as suas sentidas condolências à família de Eduardo Campos, aos seus correligionários, aos seus pretensos eleitores, ao Estado de Pernambuco, e finalmente à Nação Brasileira como um todo. Estamos todos de luto.
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