O DISCURSO DO
CANDIDATO IDEAL
CANDIDATO IDEAL
(COM IMAGENS DE SEUS INSPIRADORES)
Reginaldo
Vasconcelos*
"Estou candidato ao
Governo porque o partido político a que sou filiado me cometeu essa missão. Avaliam os meus pares, e os demais que me conhecem, que reúno condições morais e
detenho potencial administrativo para colaborar com o meu país. Assim, acatei a indicação.
Enganar-se-ão os que
pensarem, e mentirão os que disserem que estou candidato porque desejo ou
preciso. Sou conformado com a minha profissão e com a minha renda, e estou satisfeito
com o que sou e com o que já fiz, de modo que ganância e vaidade não me movem nem me inspiram as atitudes.
a
esta altura da vida, só o que me motiva são a manutenção da honra,
o exercício do altruísmo, o serviço da pátria, de modo que submeterei meu nome
aos eleitores, mas, diferentemente dos demais candidatos, não farei promessas de obras e atos, nem
pedirei que votem em mim .
Apenas lhes proponho
que examinem a minha vida e o meu caráter, enquanto garanto que, em sendo
eleito, darei o sangue pelo bem comum e farei do mandato um sacerdócio,
reunindo o ministério mais competente, e aplicando o dinheiro público conforme
as reais prioridades.
Administrarei sem
conchavos políticos, sem protecionismo ou discriminação, como também sem ranço
ideológico, combatendo a miséria e assistindo aos pobres, mas incentivando a
iniciativa privada para que gere riqueza e o mercado de trabalho possa atingir
o pleno emprego.
Eleito, não gastarei
o dinheiro público com publicidade e propaganda, pois o resultado da
administração terá que ser sentido pelo povo, sem necessidade de nenhum
argumento. Até porque não dedicarei o meu Governo a me manter, ou a eternizar
uma camarilha no poder.
Estarei sempre
correndo o País e ouvindo as pessoas, mas evitarei as viagens internacionais
custeadas pelo erário, para as quais, quando forem imprescindíveis, levarei um
séquito mínimo, e em respeito à renda média do meu povo não me hospedarei com a delegação em hotéis de luxo.
Obras sanitárias
terão primazia, mesmo que não rendam notícia, enquanto projetos faraônicos e
supérfluos não serão prioritários. Dentre as políticas públicas, o grande
investimento será em educação e segurança, na medida ideal e do modo certo para resultados efetivos.
O serviço militar
será universalizado, para ser útil à disciplina patriótica dos jovens e aos préstimos
pacíficos da Nação na execução das obras públicas – enquanto a diplomacia do
País tiver êxito, e a soberania nacional não precisar “erguer da justiça a clava
forte”.
Até a vitória do povo... ou a derrota na Nação!”
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