LÍNGUA PORTUGUESA
ESTRANGEIRISMOS:
Entre a Assimilação
Crítica
e a Rejeição Peremptória
Ítalo Gurgel
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COMENTÁRIOS:
1. Certamente
nada haveria a temer em incorporar ao nosso universo intelectual essa grande e
variada contribuição das outras línguas, se tal apropriação acontecesse, por
escolha (não por imposição), no domínio estrito de quem as adota, como
adornamento estilístico ou, simplesmente, como abrilhantamento cultural.
Já
começamos a ouvir (igual como em todos os meses de junho) com perfeita
naturalidade os "en avant", e "em arrier" das quadrilhas,
pois cientes de que preservam a tradição francesa, que se apropriou elevou à
condição de destaque essa contradança de origem holandesa.
Nada
de especial até aí, visto que a nossa língua, também, em algum momento, se faz
presente no âmbito de outras. Há que se temer (e deplorar), no entanto, quando
sucumbe sentimento do uso dos estrangeirismos como importação, e com ele,
também, o mínimo cuidado com a Língua-mãe. Quando é “moderno” e encomendar o
"sousplat", sem saber que é apenas o anteparo para o prato.
Releve-se,
portanto, pelo zelo, pela qualidade e pela propriedade, o texto do amigo
acadêmico da ACLP, Ítalo Gurgel, a quem saúdo com afirmação de saudade e o
melhor dos abraços.
Geraldo
Jesuino
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2. Creio
ser necessária a preservação da cultura vernácula, na medida do possível, para
que a integridade histórica, e mesmo a personalidade afetiva dos povos se
conservem, dando referenciais e variações aos diferentes modos de pensar e de
viver dos grupos sociais, ao longo do tempo, que se refletem no seu particular modo
de falar e de dizer.
Faço
uma analogia simples, de cunho estético e de cunho prático, para que fique
clara a importância de se manter as diferenças culturais, inclusive e principalmente no que
concerne aos idiomas.
O
espectro cromático que o olho humano percebe consta de apenas quatro cores – o
amarelo, o azul e o vermelho, incluindo
o branco, que é a fusão de todas elas, e sem contar o preto, que é a ausência
total de pigmento.
Ao
se combinar o amarelo com o azul se obtém outro valor – o verde, e da variegada combinação de todas as outras se compõe todo o universo visual. Então, é
importante que novos matizes se produzam, em prol da beleza e da referência
espacial – desde que as cores básicas e originais fiquem incólumes.
Um
mundo imaginário em que todas as línguas se confundam e simplifiquem numa só, e
em que todas as raças humanas se miscigenem em um mesmo padrão físico, e em que
a culinária seja igual na Noruega e no Gabão, na China e na Austrália, eu comparo
a um outro triste mundo fabular em que todas as cores se misturem e em que tudo
seja branco.
Então,
embora seja inelutável que haja contribuições idiomáticas entre os códigos
linguísticos, e que isso termine por dar origem ao marrom e ao lilás, ao
magenta e ao grená – ou seja – aos sotaques, às gírias, aos jargões, aos
dialetos, e, ao longo dos séculos, originem línguas novas, cada idioma deve sim
se restringir ao mínimo de estrangeirismos necessários, e somente aos
necessários.
Reginaldo
Vasconcelos
Certamente nada haveria a temer em incorporar ao nosso universo intelectual essa grande e variada contribuição das outras línguas, se tal apropriação acontecesse, por escolha (não por imposição), no domínio estrito de quem as adota, como adornamento estilístico ou, simplesmente, como abrilhantamento cultural. Já começamos a ouvir (igual como em todos os meses de junho) com perfeita naturalidade os "en avant", e "em arrier" das quadrilhas, pois cientes de que preservam a tradição francesa, que se apropriou elevou à condição de destaque essa contradança de origem holandesa.
ResponderExcluirNada de especial até aí, visto que a nossa língua, também, em algum momento, se faz presente no âmbito de outras.
Há que se temer (e deplorar), no entanto, quando sucumbe sentimento do uso dos estrangeirismos como importação, e com ele, também, o mínimo cuidado com a Língua-mãe. Quando é “moderno” e encomendar o "sousplat", sem saber que é apenas o anteparo para o prato.
Releve-se, portanto, pelo zelo, pela qualidade e pela propriedade, o texto do amigo acadêmico da ACLP, Ítalo Gurgel, a quem saúdo com afirmação de saudade e o melhor dos abraços.