segunda-feira, 10 de setembro de 2018

CRÔNICA - Aula de Urbanidade e Decência (VM)

AULA DE URBANIDADE
E DECÊNCIA
Vianney Mesquita*


O agradecimento é a memória do coração. (LAO-TSÉ).


Dês que sou partícipe de entidades culturais e científicas, já havendo, inclusive, dirigido, por dois mandatos, na qualidade de Presidente, a Academia Cearense da Língua Portuguesa – onde ocupo a Cadeira de número 37, cujo patrono é o linguista Estêvão Cruz – a melhor circunstância de satisfação e enlevo por mim experimentada sucedeu durante a Reunião Ordinária da Arcádia Nova Palmaciana, no dia inaugural deste mês.

Aquele sodalício da minha aldeia de nascimento e coração, que tem por divisa a expressão Palmam qui Meruit Ferat, é dirigido, com determinação e sabedoria, pelo árcade novo Eládio Dionísio, criptônimo do Dr. Fernão de la Roche d’Andrade Sampaio, pessoa culta e experiente – a despeito de sua juventude – o qual conduz o Instituto com o máximo zelo e sem incorrer em qualquer deslize.

Palmácia tomou-se de júbilo àquela ocasião, quando, além dos assuntos ordinários da Casa, ocorreu o lançamento de dois livros – Reminiscências e Lorotas, de colheita do árcade novo Adamastor Urano, o palmaciano Dr. José Damasceno Sampaio, atual presidente da Academia Cearense de Letras Jurídicas, e Franciscos Moradores do Céu, da lavra do árcade novo autor destes comentários, cujo criptônimo é Jovem Chronos (V.M.).

Foi aquele um instante histórico, porquanto Franciscos..., iniciante da terceira dezena de obras deste autor, é a primeira edição com selo da novel Instituição (a deusa helena Thike), com apenas dois anos de estabelecida, a cuja Sessão Ordinária acorreram 34 dos 40 árcades novos donos de cátedras do Silogeu, fato de ocorrência difícil em estabelecimentos desse jaez no Ceará, onde, recorrentemente, a comparência é, salvante exceções, sempre muito pequena.

O móvel deste escrito, no entanto, transitados já dez dias de sucedimento da Reunião, oportunidade em que os conterrâneos (boa parte residente em Fortaleza) tiveram o lance de se cumprimentar e “tirar o atraso” das conversas, descansa no intento de tornar midiática minha imensa gratidão àquela que batizou o livro, a árcade nova Iolita Polínia – Professora Lúcia Rocha Andrade Sampaio, desde criança conhecida por “Lucinha” – mãe do Presidente Eládio Dionísio (Dr. Fernão) e mulher de um dos mais refulgentes intelectuais palmacianos – o professor de Língua Portuguesa Vicente de Paulo Sampaio Rocha (in memoria aeterna erit justus).

Demonstrando extraordinária retenção de recuadas ocorrências, Iolita Polínia discorreu historicamente, sob conversa leve e profunda – prova inconteste de seu preparo intelectual e formação familiar esmerada – acerca da pessoa deste escriba, trazendo detalhamentos impressionantes a respeito da minha família ancestral, em alocução sincera e comprovada em escritos que compulsou, fato outra vez  denotativo de sua educação requintada, vazada  na urbanidade e na decência, diga-se, en passant, peculiares aos demais componentes de seu agrupamento familial.

Esta manifestação pública de reconhecimento, portanto, Professora Lucinha – árcade nova Iolita Polinia – é a lembrança perpétua do meu coração, como indica o notável filósofo chim, Lao-Tse, na sentença de abertura destas notas.

Gratíssimo ad aeternam.


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