sábado, 17 de novembro de 2018

ARTIGO - A causa das "Jornadas de Junho" (RV)


A CAUSA DAS
“JORNADAS DE JUNHO ”
FINALMENTE REVELADA


Nas chamadas “jornadas de junho”, em 2013 – quando o povo brasileiro saiu às ruas, de repente, em massa, fazendo um protesto difuso e inespecífico – a ACLJ promoveu dois fóruns de debates, o primeiro na Fiec, o segundo na Unifor, reunindo estudantes, sociólogos, jornalistas e políticos locais, para discutir sobre aquele fenômeno inusitado.

O que era aquilo? O resultado dos dois fóruns foi absolutamente inconclusivo. Ninguém tinha uma ideia exata do que estava acontecendo, nenhuma análise lógica, nenhuma teoria satisfatória apareceu para explicar aquela convulsão, espontânea e apartidária, cujo estopim foi uma pequena majoração no preço das passagens de ônibus na Cidade de São Paulo.

A partir desse pretexto, passeatas enormes se formaram em todo o País, manifestando revolta real sobre fatos obscuros, exibindo clara insatisfação com as mais várias circunstâncias ou com toda a conjuntura nacional. A princípio de forma ordeira, depois degringolando para a baderna, o vandalismo, a violência, o quebra-quebra.

Corria o governo Dilma Rousseff, que conseguiu se reeditar mediante flagrante estelionato eleitoral, para ruir logo em seguida, obrigado a passar o cetro ao seu insuspeitado filho Brutus, que veio de déu em déu, tentando ficar sobre as próprias pernas, porém sem êxito, sofrendo ataques ferozes de todo o “sistema” corrompido.

Naquele processo de impeachment, e neste período de mandato tampão, magistrados supremos, falsos paladinos da justiça, empresários portentosos, políticos até então impolutos no conceito popular, apareceram nus de dignidade, despidos de espírito público, vestidos de parcialidade fisiológica, alguns em listras de presidiários, rotos e esfarrapados agentes do mais devasso “mundo cão”.

Finalmente, nestas eleições gerais de outubro, vieram a furo e se revelaram as razões das “jornadas de junho”, agora e somente agora, com a vitória de Jair Bolsonaro e a derrota dos “bezerros de ouro” da política nacional. Venceu a causa tácita das tais jornadas: o fim da velha política, a morte do sistema arcaico, em prol da real vontade do povo, diretamente manifestada pelas redes sociais.

De nada adiantaram o derrame de verbas públicas, as manobras espúrias, os conchavos por espaço desigual de propaganda na mídia eletrônica tradicional, a facada no candidato, as fake news, as ameaças, as tentativas de captação de sufrágio por meio de promessas demagógicas. Nada disso funcionaria mais. E nunca mais vai funcionar.

A eleição de Bolsonaro ao Palácio do Planalto, e de seus apoiadores a Governos de Estados e ao Parlamento Nacional, é a derrocada da pós-verdade  (de esquerda e de  direita), da depravação dos costumes (que fez derruir o Império Romano),  enfim, da falsa verdade popularmente difundida ou oficialmente consagrada.

Inverdades que se costumavam impor ao povo por meio de reputações manipuladas, de mitológicos preceitos “politicamente corretos”, de ademanes dos punhos de renda da política nacional. Tudo isso acabou. E o choro e ranger de dentes que ainda se escutam são apenas estertores de resistência dos carcomidos conceitos moribundos.

Em virtude dos descaminhos dos últimos governos, o Brasil vive neste momento uma crise geral sem precedentes – máquina pública inchada, déficit fiscal e previdenciário, desequilíbrio financeiro, desinvestimento, saúde pública fragilizada, descrédito internacional, desemprego, criminalidade descontrolada – de modo que será hercúlea a tarefa do Governo Bolsonaro, que mesmo não prosperando terá inaugurado uma nova realidade.

O sistema penal, as Forças Armadas, as Santas Casas de Misericórdia, as universidades públicas, os museus, os teatros, os centros de estudos e pesquisas  tudo deficitário ou até sucateado. Somente prosperam as orcrim's,  a arte popular menor, o tráfico de drogas, a grande imprensa marrom, a corrupção e a violência no futebol, pelos cartolas desonestos e pelas ditas torcidas organizadas.

O Supremo Tribunal Federal (última esperança que morre) se encontra desacreditado, em face dos dislates jurídicos que tem protagonizado. Resta a confiança do povo nas Forças Armadas, no Ministério Público (pós Janot e Miller), nos juízos de primeira instância e nos tribunais ordinários da Justiça Federal  – e, em última instância, na justiça superior pela clava mística de Deus Pai. 




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