FUMAÇA BRANCA:
HABEMUS PRAESES
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Pareceria romanceado demais fosse enredo de novela da teledramaturgia mexicana, entretanto esse roteiro fático foi sendo absorvido pelos coetâneos como algo corriqueiro, que, sem o distanciamento histórico necessário a uma completa análise crítica, vai entrando no cotidiano e sendo naturalizado pelo povo.
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Em seus dois primeiros governos o ex-presidente criou, muito habilidosamente, uma bolha de prosperidade, que lhe propiciou a reeleição (a despeito de um grande escândalo de corrupção em seu entorno, o chamado “mensalão”), bolha essa que foi explodir no colo de sua adocrática sucessora, tudo convergindo para uma devassa policial-federal, a Operação Lava Jato, que resultou em inquéritos e em processos judiciais, com a deposição de Dilma e prisões de políticos e empresários.
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Eis que surgiu do nada o seu pretenso antípoda na corrida eleitoral, um veterano deputado sudestino do baixo-clero, sem recursos e sem respaldo político das agremiações da velha política, mas com um imenso patrimônio midiático obtido através das redes sociais, propondo o seu nome à Presidência da República.
Capitão da Reserva, ex-paraquedista do Exército, evangélico convertido, veio prometendo moralizar a Administração Pública, restaurar a instituição da família, fortalecer a religiosidade do povo, combater o crime organizado, recuperar a economia combalida e, enfim, regularizar a vida nacional.
O horário gratuito de televisão, no segundo turno, virou então um gládio sangrento no campo das agressões verbais – com inquinação de crimes, exumação de fatos antigos e declarações registradas no passado de parte de cada um dos candidatos.
Ao candidato de esquerda se atribuíam todos os delitos de sua agremiação política, e ao candidato ex-militar a pecha de fascista e de antidemocrático, em face de pronunciamentos moralistas que gravou na sua infância política, bem como de apoio aos métodos repressivos adotados durante os governos militares.
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Houve ainda promessas quiméricas do candidato Haddad de aumento substancioso no benefício do Bolsa-Família e redução vertiginosa no preço do gás de cozinha, tudo impulsionado pela má-vontade de setores da grande imprensa contra o seu adversário.
Tudo isso reduziu a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad, de dezoito para apenas nove pontos percentuais, nas intenções de votos levantadas nas pesquisas – até em face das limitações que a facada impôs ao candidato direitista, que lhe dificultavam fazer corpo-a-corpo na campanha e refutar as invectivas.
Todavia, venceu as eleições presidenciais o candidato Jair Messias Bolsonaro, e com ele um grande número dos políticos de seu partido, ou simpáticos ao seu discurso vitorioso, que concorriam ao Parlamento e aos Governos Estaduais.
Resta-nos trabalhar pela reconciliação do País em torno do novo Presidente da República, eleito pela via democrática, tendo em vista que a repulsa de uns ao desgastado partido esquerdista, e de outros ao deputado de extrema direita, tão depreciado pela companha adversária, dividiu famílias, afastou amigos, agastou colegas de trabalho.
A propósito, sendo politicamente laica, porém jornalisticamente ativa, antes do primeiro turno a ACLJ fez uma pesquisa interna, por meio de sufrágio secreto, sobre quem, por maioria, a instituição preferiria.
Para não influenciar votos, somente agora a Decúria Diretiva revela que, já no primeiro turno, os acadêmicos manifestaram intenção de votos no candidato Bolsonaro em maioria de oitenta e cinco por cento.
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Então, como Jair Bolsonaro revelou durante a sua campanha ser grande admirador de Winston Churchill, o célebre primeiro-ministro do Reino Unido nos anos 40, para refrear as expectativas do povo brasileiro sobre a solução dos seus problemas, vale lembrar agora o que este disse ao povo britânico, após a primeira batalha vencida na II Grande Guerra: “Isso não é o fim, nem o princípio do fim. Talvez seja o fim do princípio”.
COMENTÁRIO
Gostei da afirmativa: “A
propósito, sendo politicamente laica, porém jornalisticamente ativa...”
Avila Ramos
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