SARAU VIRTUAL DA ACLJ
(01.11.2020)
O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos apresentando ao grupo o amigo Stênio Pimentel, que trouxe à reunião a história de seu pai, o ator e dramaturgo Silvano Serra, e a luta que empreende para resgatar a memória da obra do seu genitor no teatro cearense, com as peças “Mimosas Serranas”, “Ideal dos Coronéis”, “Meninas de Hoje”, “Eterna Mentira”, “Almas de Aço”, “Trinca de Damas”, “Tudo na Sombra”, “E a Vida Continua”, “Mentiras do Coração” – dentre outras.
Sua peça “Por Causa de Você” foi incluída no repertório do Teatro
de Amadores de Pernambuco e montada na Bolívia. Silvano é autor dos diálogos da
opereta “Valsa Proibida”, música de Paurilo Barroso. Ele foi representante da
Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, no período 1938/1941.
"Façamos ainda uma alegoria sobre a morte. Imaginemos que Deus seja um oceano de amor, e que cada uma das pessoas sejamos gotas de Deus. Se somos gotas de Deus, nós somos parcelas de Deus, assim como uma gota do oceano, não sendo completamente o oceano, tem a sua composição.
Somos gotas desse mar – umas maiores, outras menores, mais poluídas ou mais puras – mas todos nós um dia voltaremos, cada um por vez, a compor aquele manancial divino. Não importa quanto tempo isso demore. Um dia, certamente depois da morte, nos reintegraremos ao Oceano Absoluto. E tudo então voltará a ser apenas paz e harmonia".
Sobre a Morte - In Eutimia - Reginaldo Vasconcelos
“Abença”
“Abença” pai, à mãe,
ao avô...
Proteção divina do universo,
o inverso da maldade,
aquilo que afaga e contempla
o amor e o coração.
Com as mãos eu peço “abençoa”,
sempre me curvo diante dos anseios,
recebo o fruto divino
diante dos amores verdadeiros.
“Abença” pai,
mãe e ao avô.
Proteção e ternura,
sinônimo de amor...
Overdose
Açucara minha vida,
me embebeda de ternura,
afoga nos beijos que me
inundam de prazer e
expulsão a solidão.
Adoça meu mel,
sabor de café,
bala doce,
beijo bom...
Ameniza a tortura
e me alisa firme e forte.
Uma colher do teu doce mel:
é overdose,
é overdose.
Almir Gadelha
Também apresentou poesia o acadêmico João Pedro Gurgel, que leu poema de William E. Henley, sob o título "Invictus", que abaixo publicamos.
(Título Original: "Invictus")
Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu – eterno e espesso,
A qualquer deus – se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei – e ainda trago
Minha cabeça – embora em sangue – ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda – eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
Karla Karenina recitou um poema de seu livro "Era Uma Vez", intitulado "Fórmula 3".
FORMULA 3
Na pista de pouso dos meus sonhos, aterrisso sem freios.Continuo voando, plainando, deixando o corpo inerte.Flutuo, deixo-me levar leve, bem leve. Estou no ar... Fantásticos desejos.Tão meus! Tão seus também.Estou nos braços do Pai,Do Filho e do Espirito Santos.Amém!
DEDICATÓRIA
A sessão virtual da ACLJ realizada neste domingo, dia 01 de novembro, foi dedicada ao Professor Paulo Bonavides, um dos maiores juristas brasileiros contemporâneos, que nos deixou nesta semana aos 95 anos, e ao saudoso ator e dramaturgo pernambucano, radicado no Ceará desde a infância, Silvano Serra, autor de dezenas de peças de teatro – ambos objeto dos assuntos desta reunião.
Dá gosto participar e ler o relatório de nossas reuniões! Quanta riqueza partilhar desses momentos com vocês!!!
ResponderExcluirSempre é um momento enriquecedor participar desse encontro!
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