SARAU VIRTUAL DA ACLJ
(08.11.2020)
A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ) promovia, nas noites de terça-feira, na casa de bebidas finas Embaixada da Cachaça, um poetry slam, consistente em um pequeno sarau de poesias, prosa poética e performances musicais acústicas ao vivo, segundo uma prática que começou nos EUA e se difundiu pelo Planeta.
Mas essa rotina cultural saudável foi interrompida pela pandemia de Covid-19, e então o grupo de habitués passou a se reunir virtualmente nas tardes de domingo, em que acadêmicos, artistas, intelectuais e poetas em geral, frequentadores daquele reduto boêmio e cultural, matam a saudade e mitigam a carência de convívio, mantendo em atividade a ACLJ, apesar do isolamento social obrigatório.
PARTICIPANTES
Estiveram reunidos na conferência virtual deste domingo, que teve duração de duas horas, 13 participantes. Compareceram o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Bibliófilo José Augusto Bezerra, o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos, o Engenheiro e ex-oficial de Marinha Humberto Ellery, o Agrônomo e Poeta Paulo Ximenes.
Também estiveram no grupo virtual o Agente de Exportação Dennis Vasconcelos, o Teólogo e Psicoterapeuta Júlio Soares, o Jurista, Professor e Procurador Federal Edmar Ribeiro, o Marchand Sávio Queiroz Costa, o Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos, o Prof. Doutor Rui Martinho Rodrigues, o Juiz de Direito Aluísio Gurgel do Amaral Júnior e o Pedagogo, Psicólogo e Penalista Edmar Santos – todos da ACLJ.
O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos manifestando o júbilo da ACLJ pela plena convalescença do poeta Luciano Maia, jurista, professor, jornalista, imortal da Academia Cearense de Letras, Cônsul da Romênia no Ceará, nosso Membro Titular, o qual recuperou a sua saúde renal após a tão ansiada cirurgia salvadora.
Em sua homenagem, Reginaldo disse o poema "Irmandade da Fala", que Luciano Maia lhe dedicou, e que trata do seu amor ao idioma nacional, à riqueza vocabular da nossa língua, à sua origem ibérica e aos seus aspectos etimológicos, lembrando os antepassados que ao longo das gerações a vieram construindo – pequena joia lírica que está postada neste Blog.
ASSUNTOS ABORDADOS
Os temas centrais desta semana foram a refundação da ACLJ, com alteração do seu Estatuto e do seu Regimento, a ampliação da sua abrangência para o âmbito nacional, os critérios para a recomposição de sua quadratura de acadêmicos – e, como não poderia deixar de ser, as eleições à Presidência dos EUA.
Tendo em vista o caráter eminentemente administrativo do primeiro tema referido, a reunião deste domingo foi composta por integrantes da sua Diretoria e da sua Decúria Diretiva, sem a participação de convidados especiais.
Quanto ao segundo tema, os nossos especialistas em política, Rui Martinho Rodrigues e Arnaldo Santos, discorreram longamente sobre a sucessão presidencial estadunidense, o primeiro mais detido na evolução histórica da política americana, até o momento atual, o segundo tratando mais do momento atual, e das suas consequências geopolíticas e econômicas.
PERFORMANCES LITERÁRIAS
José Augusto Bezerra, Membro Benemérito da ACLJ, Presidente da Associação Brasileira de Bibliófilos, trouxe, como de hábito, preciosíssimos documentos de sua vasta e valiosa coleção, que foram a publicação dos autos do processo conhecido com "A Bonifácia", considerado a primeira ação promovida no Judiciário brasileiro depois da Independência do País.
Foi uma devassa movida pelo Ministro José Bonifácio de Andrada e Silva contra o jornalista e político carioca Joaquim Gonçalves Ledo e seu grupo - tido Gonçalves Ledo como um dos articuladores da Independência do Brasil, do chamado "Dia do Fico", responsável pela convocação da Assembleia Constituinte de 1822. O processo trata dos acontecimentos do dia 30 de outubro de 1822 e a publicação é de 1824.
A segunda obra que José Augusto Bezerra apresentou é o livro "Serenata", editado por ele mesmo recentemente, com prefácio da escritora cearense Ana Miranda. A obra, que reúne poemas inéditos da grande Rachel de Queiroz (cujos originais foram descobertos pelo próprio José Augusto, que lhe fez o posfácio), teve edição de tiragem limitada.
O bibliófilo Augusto Bezerra é o legatário do acervo documental deixado por Rachel de Queiroz, do qual é o seu guardião oficial, assim distinguido pela família da grande literata cearense. Ele destinará um exemplar desse raro centifólio à ACLJ e aos componentes da reunião deste domingo.
Na sequência, apresentaram performances literárias e poéticas Edmar Ribeiro, Edmar Santos, Reginaldo Vasconcelos, Júlio Soares e Dennis Vasconcelos.
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