domingo, 21 de julho de 2019

POEMA - Ausência (AA)

AUSÊNCIA
Alana Alencar*

Desse mal que assombra o peito... reparto-me... e saio a uivar à tua procura por todo e qualquer desvio.
Artérias, consumidas, melindram-se...
Não há dia... tudo é noite, escuridão.
Cega tateio, em vão, a ausência do teu corpo.
– Por onde andas, meu amor?
Em que som, esquecimento, me deixaste?

...
Resta o escrever infindo. O maturar distante do que renova... e do que propaga na condição de ter o tempo.
Resta o espernear delirante em silencio... o sentir sem palavras desse mal que assombra e consome e destrói e encharca e...

Repartida, calo no descansar das buscas alucinadas.


5 comentários:

  1. Minha poetisa preferida da atualidade!!! Ela escreve o que minha alma não consegue dizer!!!

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  2. Em sua poesia visceral ,profana e sacra paradoxalmente, ela psicografa o desejo de tantas almas vivas!

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  3. Em sua poesia visceral ,profana e sacra paradoxalmente, ela psicografa o desejo de tantas almas vivas!

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