segunda-feira, 5 de maio de 2014

CRÔNICA (WI)

MÚSICA DOCE PARA OS OUVIDOS
Wilson Ibiapina*

Hoje é o dia da Língua Portuguesa. Foi chamada por Olavo Bilac, no Soneto da Língua Portuguesa, de a “última flor do Lácio”, por ser a última língua derivada do latim que surgiu na região italiana do Lácio. Ana Paula Lisboa escreveu no Correio Brasilense que a nossa língua, “irmã do espanhol, do galego, do francês e do italiano saiu de muitos cruzamentos no século V e começou a ser usada em documentos no século IX”.


Dizem que já foi usada como código quando ainda era pouco conhecida. Hoje, se expande pela África, Ásia e América do Sul. É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos (Angola, Goa, Moçambique, Guiné, Timor, Cabo Verde, Portugal e Brasil). Duzentos e oitenta milhões de pessoas fazem do português a quinta língua mais falada do mundo, a terceira mais falada do ocidente e a mais falada do hemisfério sul.


É conhecida como a língua cantada, pois soa como música. Um dia, estava num restaurante nos Estados Unidos com minha mulher e um grupo de amigos, bebendo uísque e conversando alto. De repente, uma americana, numa mesa ao lado, levanta e vem em nossa direção. Achamos que ela vinha reclamar da nossa algazarra. Que nada. Queria só saber que “língua doce é essa que vocês estão falando? É russo?”


*Wilson Ibiapina
Jornalista
Diretor da Sucursal do Sistema Verdes Mares de Comunicação
em Brasília - DF
Titular da Cadeira de nº 39 da ACLJ


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