terça-feira, 30 de agosto de 2016

CRÔNICA - Palestrando com Geneton (TL)

PALESTRANDO COM GENETON
Totonho Laprovitera*



Foi numa quinta-feira que Raimundo Fagner chegou e me perguntou se eu conhecia o Geneton Moraes Neto. Eu disse que só da televisão. Aí, o cantor pegou o telefone e ligou para o repórter.

– Geneton, estou aqui com um amigo que é seu fã. Fala com ele. E me passou o telefone.

– Alô, Geneton, é o Totonho. É um prazer falar com você.

– Ô, velho, o prazer também é meu.

– Olha, sobre o Drummond eu digo que devemos bastante ao poeta, pois ele contribuiu em muito para a virada da arquitetura brasileira, quando era chefe de gabinete do Ministro Capanema, da Cultura, na época em que o Rio de Janeiro era Capital Federal.

– Essa história está no meu livro! E contou.

Aí, o Fagner pediu para que eu brincasse com ele.

– Geneton?

– Diga.

– Como sou seu fã, posso lhe pedir um presente?

– Pode... O que seria? Desconfiado.

– Eu gostaria de receber uma pergunta sua, pode ser?

A ligação silenciou um pouco, ele riu e me inquiriu:

– Que você tem a dizer do Oscar Niemeyer?
– Oscar Niemeyer expressa a sua obra arquitetônica como a máxima de Vinícius diz: “a beleza é fundamental!”

Encerramos o assunto, nos despedimos, e passei o telefone de volta para o Fagner, que a seguir me emprestou o livro “O Dossiê Drummond”, de Geneton Moraes Neto.





NOTA DO EDITOR:

Geneton Moraes Neto foi o repórter pernambucano falecido no último 22 de agosto, aos 60 anos, o qual se notabilizou nacionalmente pelas entrevistas que obteve, principalmente para a Rede Globo de Televisão, com grandes personalidades do cenário nacional – das artes, das letras, da política – algumas publicadas em livros.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário