POEMA - 2809 (AA)
Poema
2809
Alana Alencar*
A tradução das horas, livros, portas, símbolos...
impávida corrente atravessada na garganta.
Sonho acordada asas de fadiga...
o mundo enorme cansa e gira
e alcança cada letra recortada.
O tempo – templo libertário do meu corpo ausente e nu – perverso, para.
Mudo aos calafrios de um sentido qualquer enquanto as horas passam.
Rompe minha inspiração às sombras da memória exata.
Cada átomo da pele excede...
cada lágrima que desce transborda dor
(o horror de dentro)...
cada veste usada tece o esconderijo das mágoas.
Cada palavra... a súplica da minha alma aos gritos.
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