28
DE JUNHO DE
1960
1960
José Gusmão Bastos*
ESSA DATA, à época feriado dedicado aos mártires São Pedro e São
Paulo, me parece ter sido ontem, pois inesquecível se tornaria por assinalar
meu casamento com Maria Zita Bezerra Gonçalves. Eram oito horas quando o
Monsenhor Gerardo Ponte, contemporâneo do Seminário da Prainha, presidiu a
cerimônia de casamento com efeitos civis na Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Seguiu-se a recepção a parentes e amigos, na residência dos tios Plácido e Olívia
Gonçalves Viana. A lua-de-mel aconteceu na colônia de férias do SESC-SENAC, na
praia do Pacheco, então bastante frequentada pela nossa classe média. Viagens
ao exterior não entravam “na agenda” dos noivos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyopkTl77BkXy4rhy4uZK15JdiY-DTgHj11kKR86ttTdTRZbbPWHl0rmtjGPOTTdrKeEZJnkjyr5sPY910v7NEj9IDd55IAJ9Ry8hHZUUpq4T-2MSz2NkP-XWABlx7dvxosbg3wZI39DiZ/s320/casamento+1.jpg)
DIFÍCEIS foram os primeiros anos de casório. Havia comprado uma
casa no bairro de Fátima pela “tabela price” (oito anos de prestação fixa, sem
juros), e o salário de jornalista e advogado principiante não era suficiente
para as despesas da família, que começava a se formar. Passaria no concurso para
Promotoria de Justiça no 5º lugar, vaga surgida em fins de 1961, e então assumi
a comarca de Pacoti. Decorridos alguns anos, Zita passou em 1º lugar no concurso
para o cargo de Procuradora Autárquica Federal, e o futuro concretizou-se para
a família. Assim, com o esforço conjunto, nossos filhos estudaram em bons
colégios, compramos o primeiro automóvel e um apartamento bem localizado nas
proximidades da Praça de Imprensa; e pudemos viajar para os “States” e as “Europas”...
DEUS continuou generoso, premiando-nos com quatro filhos e seis netos,
cinco deles já formados em cursos superiores, e o caçula fazendo medicina. Se
não bastasse tanta felicidade, o primeiro bisneto surgiu: David Filho, que faz
a todos sorrir e agradecer ao Senhor dos Universos pela dádiva feliz.
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