segunda-feira, 17 de abril de 2017

ARTIGO - O Papel da Mulher (GS)


O PAPEL DA MULHER
Gabriela Santos*



Historicamente, o papel feminino sempre foi subestimado e desvalorizado, visto que as mulheres não tinham o direito de votar e nem de participar socialmente. Nesse viés, o machismo cresceu progressivamente e consequentemente isso naturalizou os atos de violência contra a mulher.

A sociedade ainda vive dentro do sistema machista. Dessa forma, a mulher é objetificada e ensinada desde cedo a se tornar submissa ao homem, propagando o medo de denunciar agressões para a polícia. O estigma do patriarcado ainda é comum e persistente no âmbito social, facilitando o aumento do número de agressões domésticas que podem ser praticadas por pais, irmãos e amantes. Assim, aumentando a dificuldade de reportar o crime, que muitos consideram assunto particular.  

A Lei Maria da Penha, que penaliza os crimes de feminicídio, resultado da sociedade conservadora e injusta em que vivemos. Vale ressaltar que a violência c0ntra a mulher não está apenas no feminicídio, pois também se revela em agressões verbais, em piadas e músicas que fazem sucesso.

Portanto, para acabar com a violência contra a mulher é essencial que a mídia use sua força de influência para organizar campanhas de denúncia. Cabe ao Poder Jurídico endurecer leis, como a Lei Maria da Penha, e condenar qualquer tipo de violência, seja física ou moral.


 
*Maria Gabriela Andrade Santos
Tem 13 anos de idade
É Estudante do Ensino Fundamental em Fortaleza
É filha do Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos
(e da Médica Ana Paula Caetano de Andrade) 



COMENTÁRIO:

A jovem articulista Gabriela é filha do jornalista, sociólogo, empresário e acadêmico de letras Arnaldo Santos, e, como diz a sabedoria popular, “quem sai aos seus não degenera”.

É surpreendente a lucidez de seu texto, a coordenação de suas ideias, expressadas em redação escolar, de onde foi compilada, sem que sequer o nervosismo e a pressa naturais de uma “prova” a tenham embotado o raciocínio.

Interessante é que na produção de seu texto, em que defende a mulher na sociedade, tão jovem com é, ela mesma demonstra que o ser feminino já conquistou espaço para encarar os mais ousados desafios, bem como evidencia seu descortino nas reflexões mais elaboradas.

Acho apenas que ela produziu uma peça pessimista quanto à atual posição da mulher na sociedade, pois esta não é mais tão coisificada como foi no passado, e conta hoje com larga legislação protetiva, como o “feminicídio”, um novíssimo tipo penal,  e a Lei Maria da Penha, dispositivos jurídicos que ela mesma cita e louva.

Claro que ainda há abusos e injustiças contra mulheres, e também contra homens, no mundo todo, e talvez sempre haja, pois nos dois sexos, como nas variantes genéricas que vêm conquistando seu espaço, há pessoas boas, mas também pessoas más, capazes de violentar os mais fracos, seja física, seja psíquica, seja socialmente. Porém, do ponto de vista jurídico, ainda bem, hoje todos são iguais.

Reginaldo Vasconcelos
   

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