domingo, 16 de março de 2014

ARTIGO (VM)

EMPREGADO FELIZ
Vianney Mesquita*

O segredo da felicidade no trabalho está contido numa palavra: EXCELÊNCIA. Saber como fazer bem alguma coisa é desfrutá-la. (Pearl Sidenstricker ou Sai Zhen Zhu, sinologista e escritora ianque. Prêmio Pulitzer de 1932 e Nobel de Literatura de 1938. Hillsboro, VA, 20.06.1892; Danby, VE, 06.03.1973).

Experimento o agrado de deparar na estante a obra Felicidade no Trabalho, de colheita do engenheiro e professor potiguar Mário Varela Amorim, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Está ali o desdobramento da dissertação de mestrado, defendida pelo autor, sob julgamento de perita Comissão, pertencente à mencionada Academia, da qual obteve Maxima cum laude, hajam vistas suas irrepreensíveis reflexões e os dividendos das ilações, para emprego não apenas no recinto universitário, mas, também e principalmente, na ambiência das organizações, com vistas à fruição da felicidade por parte de todos os seus stakeholders.

Ao ler o escrito, depreendi o fato de que, em decorrência da evolução em importância do tema FELICIDADE na Teoria das Organizações, também a produção de textos acadêmicos de profundidade atinentes a essa matéria aumentou na ambiência dos estudos superiores e de pós-graduação no País, maiormente agora – quando ensaios científicos acerca das pessoas no locus laboral se expressam tanto mais copiosos como mais atilados sob o prisma das Ciências Administrativas e do Comportamento.

Por tal pretexto, a temática atingiu o ponto de ser moto para a realização de pesquisas como partes de programas de mestrado, doutorado e docência-livre, experimentos os mais variados, e também móvel para a edição de livros – especialmente didáticos – com o fito de maximizar a motivação para o trabalho, tendo por esteio a circunstância de bem-estar e contentamento dos empregados, shareholders e damais partícipes das relações laborais nos locus das sociedades produtivas.

Importa referir a ideia de que esse desiderato e sua resultante consecução, em todos os âmbitos da Economia, ampliam, sincronizadamente, as vantagens negociais das organizações e a satisfação de seu público interno, exatamente em virtude da hígida relação experimentada pelos praticantes de saudáveis vínculos trabalhistas.

Em particular no primeiro quartel dos Vinte e Um, com a corrente quadra evolucional da Ciência da Administração, bem assim do emprego prático e ligeiro da Psicologia e outras ordenações disciplinares, vários princípios científicos transitados pela prova asseveram a relevância do estado de pessoas felizes no concerto empresarial como confluente para o êxito das entidades produtivas, indistintamente, nos três quadrantes econômicos, inclusive no denominado Terceiro Setor.

De outra parte – e em complemento à lista de proveitos remuneradores da condição de felicidade – tem-se a robustez física e mental dos dirigentes e colaboradores diretos, próprios e terceirizados, em primeiro plano, bem como os demais circunstantes nas vinculações com os dois primeiros, em decorrência da partilha, em “efeito cascata”, dos estados de deleite.

Tal é, pois, o conjunto de assuntos dissecados pelo Prof. Amorim, o qual esquadrinha, à repleção, a influência da felicidade sob a óptica dos funcionários e executivos de uma grande organização da Cidade do Natal no sucesso de seus empreendimentos, conducente ao alargamento dos objetivos negociais e ao consentâneo progresso das pessoas na constância de conexões exercitadas em circunstância laboral, quando efetivadas em ambiente venturoso.

Na posse de listas bibliográficas clássica e atual, em escrito bastante simples de decodificar, o autor achega contribuição de relevo ao exame da motivação, pois, ao aplicar um caminho metodológico compadecido a esse estalão de ensaio, em adstrita aquiescência aos rigores do ordenamento de busca em Ciência, os achados resultam inéditos, ao passo que as comparações procedidas foram sancionadas pela literatura e as hipóteses aventadas restaram também confirmadas quando ao crivo da prova.

Estas razões conduzem-me a recomendar a leitura desse trabalho àqueles militantes no difícil terreno da Administração de Bens Humanos e em searas afins, ora editado pela Imprensa Universitária da U.F.C., casa publicadora de idoneidade comprovada desde 1956, fundada pelo Reitor Martins Filho.

*Vianney Mesquita 
 Docente da UFC; 
Acadêmico Titular da Academia Cearense da Língua Portuguesa  
Acadêmico Emérito-titular da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo; 
Escritor e Jornalista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário