O CEARENSE E
DOROTHY LAMOUR
Wilson Ibiapina*

Naquele tempo, todos os jovens eram apaixonados pela
artista norte-americana, nascida em Louisiana. Ela foi Miss Nova Orleans de 1931
e sonhava em ser cantora. Virou atriz aos 22 anos. Começou a fazer sucesso
quando apareceu nas telas em trajes mínimos e sensuais, no papel de uma garota
das selvas, num filme ao estilo de Tarzan.
O papel de “Ulah” tornou-a a atriz mais
cobiçada, sex-symbol do cinema americano. Virou diva. Foi assim que ela chegou
às telas de Fortaleza. Aparecia com pouca roupa, despertando a fantasia e o
desejo dos adolescentes.

“No posto de dirigíveis criava-se aquela tradição da
menina do laranjal. Os marinheiros puseram-lhe o apelido de “Tangerine-Girl”. Talvez por causa do filme de Dorothy Lamour, pois
Dorothy Lamour é, para todas as Forças Armadas norte-americanas, o modelo do
que devem ser as moças morenas da América do Sul e das ilhas do Pacífico.
Talvez porque ela os esperava sempre entre as laranjeiras. E talvez porque o
cabelo ruivo da pequena, quando brilhava á luz da manhã, tinha um brilho de
tangerina madura”. Na mesma linha, outro cearense, Fausto Nilo, também se
encantava: “A tua cor, o teu nome / Mentira azul / Tudo passou, teu veneno / Teu
sorriso blue / Hoje eu sou / Água-viva dos mares do sul / Não quero mais chorar
/ Te rever, Dorothy Lamour”.

Dorothy Lamour – pseudônimo de Mary Leta Dorothy Slaton – morreu
aos 81 anos, em 22 de setembro de 1996. Ataque cardíaco,
enquanto dormia. Deixou os filhos Richard Thompson Howard e John Ridgely
Howard. Ficou a saudade da bela mulher que levou Fausto
Nilo a “naufragar em seus olhos de mar azul”.
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