quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

NOTA JORNALÍSTICA - Cine São Luiz


A MEMÓRIA DA CIDADE
E DE UMA GERAÇÃO
DE CEARENSES

Interessante assistir na íntegra a essa matéria jornalística cinegráfica realizada em 26 de março de 1958, na voz do célebre locutor gaúcho Heron Domigues, produzida pelo saudoso jornalista e literato cearense Hermenegildo de Sá Cavalcante, tio do Prof. Oto, fundador do Colégio Ari de Sá, e do seu irmão, o Prof. Tales, por seu turno herdeiro do Colégio Farias Brito, ambas hoje complexas instituições educacionais, incluindo faculdades, com cursos de grau superior.

O filme, que nos foi enviado pelo engenheiro ex-educador Maurílio Vasconcelos, fundador do Curso Cipan e do Colégio Integral, hoje empresário da construção civil, exibe a cobertura jornalística da inauguração do Cine São Luiz, em Fortaleza, com a presença da família do também cearense Luiz Severiano Ribeiro, na época magnata da cinematografia no Brasil, dono das principais salas de projeção das capitais brasileira.

A geração dos jovens cearenses do fim dos anos 50, até os 80, que frequentaram o Cine São Luiz de Fortaleza com as famílias, ou em duplas de namorados, chupando drops e tantas vezes interagido entre si e reagindo às cenas cine-dramatúrgicas, chorando ou emitindo sonoros gritos e risadas, certamente se deliciarão com essa bela peça da memória da Cidade.

Era o grande programa das tardes de domingo ir ao São Luiz assistir aos clássicos da cinematografia da época, experiência que marcava a meninada, a qual ingressava no cinema quando a Praça do Ferreira estava em plena  luz do sol, e saía já nos frescores da noite, às vezes encontrando molhada de chuva a cidade que horas antes estiava.

O São Luiz, que sucedeu ao Cine Diogo em importância,  era então o suprassumo da tecnologia imagética, e o ponto alto do entretenimento na Cidade, com suas sancas realizadas por artistas portugueses e italianos, seus mármores de Carrara, seus lustres de cristais da Checoslováquia, seu jogo de luzes, seu ar refrigerado, seu som estereofônico e sua tela de “cinemascope”. Hoje, a grande sala de exibição de cinema foi adquirida pelo Governo do Estado e convertida em auditório cultural e cine-teatro, arquitetonicamente preservada.


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